A cultura nos diz que o remédio para nosso esgotamento é ter mais tempo para si. O que precisamos é de mais descanso. Mais momentos de silêncio sozinhas. Um veículo de luxo mais agradável que possa bloquear o estresse do mundo. Possivelmente uma babá e uma faxineira para nos ajudar a equilibrar tudo. Mais vinho. Mais café. Terapia, medicina. Mais reflexão. Encontre sua tribo, seu povo, sua máfia das mães para lembrá-la de que você é suficiente e de que consegue fazer isso.
Mas eu acredito que precisamos voltar ao início. Precisamos nos lembrar de quem nós somos e a quem pertencemos. Como fomos criadas e por quem? Para que propósito fomos criadas? Com que tipo de energia estamos destinadas a funcionar?
Nosso remédio está na recuperação de nossa cosmovisão. Está em rejeitar o movimento de autoajuda que nos criou e em reorientar-nos de volta para o Deus que nos fez. A cura deve acontecer em nossas almas. Nossa saúde virá quando nos enraizarmos no que é verdadeiro.
Encaremos isto: fomos enganadas pela cultura que nos criou. As ideias em que mergulhamos estão causando estragos. Ao confrontá-las com as verdades bíblicas do evangelho, vemos como elas soam ocas.
Como as criaturas sedutoras, mas destrutivas da mitologia grega, o eu é uma sereia. De fato, somos atraídas por nós mesmas. Mas o enraizamento em nós mesmas nos levou à nossa ruína. A reflexão do ‘eu consigo fazer isso’ e a construção de nós mesmas a partir do interior nos esgotou. Vemos agora que não há descanso para aquela que depende de si mesma para tudo.
Nossa atual condição de crise não é a que o doador da vida pretendia. Ele nos criou de uma maneira específica, para um propósito específico. E ele pretendia que fôssemos energizadas e cheias de alegria em um relacionamento com ele.
Admitamos que não somos suficientes, e nos voltemos para o Deus que é.
Artigo adaptado do livro Que Eu Diminua, de Jen Oshman. Publicado pela Editora Fiel.