quinta-feira, 12 de dezembro
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10 versículos-chave da Bíblia sobre a força que Deus nos oferece

Quando estamos rendidos pelo cansaço precisamos nos lembrar da força que Deus nos oferece, Deus é a nossa força. Nesse artigo vamos explorar o que a Palavra de Deus nos diz sobre esse importante tema frequentemente ensinado nas escrituras. Separamos 10 versículos-chave sobre o ensino da Bíblia com comentários adaptados da nossa Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância.

  1. Salmo 46.1-7

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza,

socorro bem-presente nas tribulações.

Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne

e os montes se abalem no seio dos mares;

ainda que as águas tumultuem e espumejem

e na sua fúria os montes se estremeçam.

Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus,

o santuário das moradas do Altíssimo.

Deus está no meio dela; jamais será abalada;

Deus a ajudará desde antemanhã.

Bramam nações, reinos se abalam;

ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.

O Senhor dos Exércitos está conosco;

o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”

Este salmo tem algumas afinidades com os Salmos 48, 76, 84, 87, os quais são denominados “Cânticos de Sião”. Embora não se mencione especificamente Sião, a cidade é citada nos versículos 4 e 5. O tema do salmo é a confiança em Deus em face das intensas tribulações, e o salmo se move do colapso cósmico (vv. 1-3) para o tumulto político (vv. 4-7) e, em seguida, para a intervenção divina (vv. 8-11). Martinho Lutero sentiu-se movido por este salmo a escrever o famoso hino “Castelo Forte É o Nosso Deus”.

Ensina o povo de Deus a não temer, mesmo quando o mundo entra em colapso.

Aqui, descreve-se um terremoto violento “montes… mares”; pode ser que o antigo Oriente Próximo retrate a violência cósmica empregada aqui. Deus vence o mar para a realização de seus propósitos (cf. 18; 74; 77; Na 1).

Os versículos 4-7 deslocam o foco do colapso cósmico para o tumulto político.

Literalmente, Jerusalém não possui rio. Houve um rio no Éden (Gn 2.10), e haverá um “rio da vida” na Nova Jerusalém (Ap 22.1, 2). O “rio” de Salmos 46.4 é explicado no versículo 5: “Deus está no meio dela”. De modo semelhante, João 7.38, 39 conecta os “rios de água viva” com o Espírito de Deus.

O santuário ou a santa habitação. Quando os israelitas olhavam para o templo, sentiam-se seguros no símbolo da proteção de Deus. Mais tarde em sua história, o povo passaria a considerar o templo uma espécie de ídolo que o salvaria dos babilônios (Jr 7). Nesse salmo, contudo, sua confiança é fiel e obediente, prefigurando a segurança desfrutada pelo povo de Deus na cidade eterna que viria (Ap 22.3).

De fato, a antiga Jerusalém caiu nas mãos dos babilônios em 586 a.C. A Nova Jerusalém permanecerá “pelos séculos dos séculos” (Ap 22.5) jamais será abalada.

Nas antigas campanhas militares, a luta começava à primeira luz do dia. O socorro de Deus não será lento.

Diante da voz de Deus, o tumulto dos rebeldes é aplacado para sempre.

O refrão (v. 7 e outra vez no v. 11) reflete a consolação do povo de Deus, que conta com sua proteção.

  1. Josué 1.9

“Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; o não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.”

Essas promessas são dirigidas a Josué individualmente, como o sucessor de Moisés. A seção (vs. 5-9) começa e termina com a promessa de Deus de estar com ele. E termina com a exortação para ele ser forte e corajoso. No centro, está o mandamento de guardar as instruções de Deus, juntamente com a promessa de sucesso se ele o cumprir. No capítulo 23, Josué aplica essas ideias a todo o povo de Israel, à luz da fidelidade de Deus, proclamada em todo o livro.

  1. Isaias 40.28–31

“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor,

o Criador dos fins da terra,

nem se cansa, nem se fatiga?

Não se pode esquadrinhar o seu entendimento.

Faz forte ao cansado

e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.

Os jovens se cansam e se fatigam,

e os moços de exaustos caem,

mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças,

sobem com asas m como águias,

correm e não se cansam,

caminham e não se fatigam.”

O Criador – eterno Deus – é soberano sobre o tempo e o espaço (9.6; 40.22).

A expressão “nem se fatiga” significa que Deus não desistiu de seu povo, como os exilados temiam.

Toda a força humana tem limites, mas o poder do Senhor é ilimitado.

O verbos “sobem… correm… caminham” oferecem um quadro vívido da transformação espiritual que vem por meio da fé, a infusão sobrenatural de pessoas com o poder do Senhor, para que, como ele, não desanimem, nem se cansem. Essas boas notícias podem dar ao povo do Senhor a coragem para esperar pacientemente pela salvação

do Senhor.

  1. Filipenses 4.13

“Tudo posso naquele que me fortalece.”

Confiando no poder de Cristo (1.19; 2.12-13) e seguindo seu exemplo (2.5; 3.10), Paulo é capaz de enfrentar todas as circunstâncias com contentamento. Ele quer incutir a mesma lição em seus leitores (vv. 6, 7, 19).

  1. 2 Coríntios 12.9–10

“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.”

Deus cumprirá seus propósitos sem tirar de seu servo o espinho que parece atrapalhá- -lo. Apesar da fraqueza humana, a graça de Deus realiza seus propósitos em um mundo caído. Sem dúvida, essa promessa de Deus outorgou a Paulo força e coragem nos sofrimentos subsequentes. Paulo liga o princípio geral à sua fonte — a cruz de Cristo (13.4). Toda a resposta de Paulo aos ataques contra sua autoridade apostólica é padronizada conscientemente em Cristo, e este crucificado, e não no falso “Jesus” nem no “evangelho” diferente que seus oponentes impunham aos coríntios equivocados (11.4, nota).

A percepção espiritual de Paulo é tão clara que ele pode ver seus sofrimentos como razão para se regozijar, porque sabe que todo o poder de Cristo está em operação neles.

  1. Neemias 8.10

“Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força.”

Os que têm comida em abundância devem partilhar com os que não têm (ver Sl 22.26). Esse incidente fornece uma ilustração para se compreender o pecado em 1 Coríntios 11.17-34.

O povo se regozija na salvação e na bênção que o Senhor lhes estendeu. Continuar em jubiloso reconhecimento de sua dependência é uma fonte contínua de força para a comunidade quando o Senhor abençoa sua lealdade a ele.

  1. Êxodo 15.2

“O Senhor é a minha força e o meu cântico;

ele me foi por salvação;

este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei;

ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei.”

Moisés e Israel cantam por livramento e esperança. O poema dos vv. 1-18, único no AT, é um cântico de vitória expresso na primeira pessoa do singular, entoado por Moisés e por todo o povo. Celebra o majestoso poder do Senhor em salvar Israel no mar (vv. 1-13) e reivindica seu poder em plantar Israel na terra (vv. 14-18). As muitas expressões arcaicas no cântico apontam para a origem no período mosaico.

  1. Efésios 6.10–13

“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra nas forças espirituais do mal, o nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.”

Paulo usa a expressão “na força do seu poder” também em 1.19, a fim de descrever o poder que ressuscitou Jesus dos mortos. Não somos encorajados a enfrentar as hostes malignas das trevas com nossa própria força, e sim com a força do Espírito Santo, que ressuscitou Jesus e os crentes com ele (2.4-6; 3.16-19). Essa mesma expressão usada em Efésios 1.19 e 6.10 se encontra em Isaías 40.26, com referência ao poder de Deus em manter a existência contínua dos céus estrelados.

Revesti-vos de toda a armadura de Deus. O novo conjunto de vestes (4.22-24, nota)

torna-se, agora, um equipamento de guerra (Cl 3.10-12, notas). As alusões no Antigo Testamento, segundo a descrição de Paulo acerca das várias peças de armadura, mostram que os crentes são agora equipados com o mesmo arsenal que o Senhor e seu Messias usaram para travar guerra em favor de seu povo. Em outra passagem, Paulo instrui os crentes a se revestirem “das armas da luz” e, depois, explica a metáfora: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13.12-14).

O termo “ficar firmes” é um tema repetido três vezes, nos vv. 11, 13 e 14 (o termo relacionado “resistir” tem o mesmo significado). A imagem de “andar” dos capítulos 4 e 5 (4.1, nota) dá lugar à imagem de um soldado que permanece firme na batalha (cf. Fp 1.27-28).

Todos os termos – “principados… forças espirituais” – referem-se a seres espirituais poderosos que constituem a “potestade do ar” (2.2) governada por Satanás.

Paulo combina as armas de um soldado de infantaria romano com várias outras imagens de Deus ou do Messias, no Antigo Testamento, como um guerreiro (ver, em especial, Is 11.1-5). De forma admirável, o que é dito de Deus e do Messias no Antigo Testamento é aplicado aos crentes.

  1. Habacuque 3.19

“O Senhor Deus é a minha fortaleza,

e faz os meus pés como os da corça,

e me faz andar altaneiramente.”

A total dependência do soberano Senhor da aliança é o segredo da vida de Habacuque.

A figura impressionante – “meus pés como os da corça… andar altaneiramente” – descreve a força e a confiança que o Senhor transmite aos justos (Is 40.29-31).

  1. Deuteronômio 6.5

“e Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.”

No hebraico “de toda a tua força” expressa totalidade. Por essa razão, algumas vezes o NT traduz como “mente e força” (Mc 12.30). Essa é a linguagem de devoção. Deus não exige mera obediência externa aos seus mandamentos, mas também amor profundo e compromisso pleno da pessoa inteira (Pv 23.26).


Este artigo faz parte da série Versículos-chave.

Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.


Autor: Editorial online do Ministério Fiel

Ministério: Editora Fiel

Editora Fiel
A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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