sexta-feira, 1 de agosto
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10 versículos-chave da Bíblia sobre Anjos

A Bíblia apresenta os anjos como servos poderosos a serviço de Deus e de seu povo. Neste artigo, exploramos 10 textos centrais que revelam seu papel na adoração, no julgamento, na proteção e na execução da vontade divina. Para ajudar você, nosso querido leitor, a compreender melhor sobr quem são esses ministros angelicais, separamos 10 versículos-chave com comentários adaptados da nossa Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância.

Hebreus 1.13–14

Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés?

Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?

A posição de autoridade celestial do Filho (v. 3; 8.1) contrasta com o papel dos anjos como ministros que servem “a favor dos que hão de herdar a salvação” (ou seja, aqueles que compartilham, como coerdeiros, os direitos do Filho como herdeiro; vv. 2, 5; 2.10; 6.12; cf. Rm 8.17, 29). Os anjos são servos de Cristo, mas também de seu povo, que herda a salvação por meio da união com ele. Nisso, o povo de Cristo é privilegiado acima dos anjos (2.16; cf. 1Co 6.3).

Isaías 6.1–3

No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.

Uzias havendo sofrido de lepra (2Cr 26.16-21), ele morreu em 740 a.C., sinalizando o fim de um longo período de considerável paz e prosperidade.

Isaías descreve uma “teofania”, uma manifestação visível de Deus. A vinda de Deus é acompanhada frequentemente de fenômenos como terremotos, fumaça, fogo e relâmpagos (13.3, nota; 29.6; 30.27-31; Êx 19.18, 19; Sl 18.7-15; 50.3; 97.2; Mq 1.3, 4; Na 1.3-8; Hc 3.3-15).

O Senhor, Adonai, literalmente, “Soberano”. Cf. nota em 1.2.

O Senhor governa os céus e a terra a partir de seu trono. A morte do rei terreno não afetou o destino supremo do universo. O coro de serafins (6.2, nota) e o esplendor da santidade de Deus inspiraram o profeta em todo o seu ministério.

A própria borda da veste de Deus era maior do que o templo.

O templo celestial, que serviu de modelo para o templo em Jerusalém (cf. Ap 4.1-8).

Serafins é uma palavra hebraica que provavelmente significa “ardentes” (cf. as serpentes abrasadoras em Nm 21.6). Representações de criaturas angelicais com seis asas foram descobertas por arqueólogos no Oriente Próximo.

Os serafins não têm glória alguma para se comparar à glória de Deus e não podem nem mesmo olhar diretamente para ele.

A palavra “pés” pode também ser traduzida por “pernas”. Isso pode ser uma indicação de modéstia.

O serafim faz a soberana vontade de Deus. Aqui, essa vontade é louvar a Deus.

Santo, santo, santo é uma repetição tripla é o tipo mais forte de superlativo. Esse é o único atributo de Deus que é repetido dessa maneira. Nada é tão santo quanto Deus. Ver nota em 1.4.

Originalmente Senhor dos Exércitos é um título militar, sua abrangência é estendida para denotar controle sobre toda a ordem criada. Ver nota em 1.9.

Esse anúncio explica a perspectiva cósmica do profeta. Deus é Rei do mundo, e sua salvação e seu julgamento se estendem a todas as nações (11.4, 9, 12; 42.1, 4, 5; 65.17; 66.1; cf. Lc 2.14).

Ver nota em 4.2, “de glória”. A glória de Deus enchia o tabernáculo e o templo terreno nos momentos cruciais das cerimônias de dedicação, representando, de modo simbólico, o Senhor tomando residência ali (Êx 40.35; 1 Rs 8.11). Toda a terra está cheia da glória de Deus porque ele habita todo o cosmos, não somente um pequeno edifício no monte Sião.

Apocalipse 12.7–9

Houve peleja no céu. Miguel e os sseus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.

A vitória de Cristo (v. 5) resulta em consequências abrangentes, que começam com a expulsão de Satanás por Miguel, o qual funciona como um agente de Cristo. A passagem não fala da queda de Satanás no tempo da Criação, mas da derrota de Satanás no céu por ocasião da crucificação e da ressurreição de Cristo (v. 12; Jo 12.31; Cl 2.15).

Salmos 148.1–6

Aleluia!

Louvai ao Senhor do alto s dos céus,

louvai-o nas alturas.

Louvai-o, todos os seus anjos;

louvai-o, todas as suas legiões celestes.

Louvai-o, sol e lua;

louvai-o, todas as estrelas luzentes.

Louvai-o, v céus dos céus

e as águas que estão acima do firmamento.

Louvem o nome do Senhor,

pois mandou ele, e foram criados.

E os estabeleceu para todo o sempre;

fixou-lhes uma ordem que não passará.

Louvor ao Senhor dos céus. Normalmente, os céus são descritos como contendo diferentes níveis, embora os detalhes nunca sejam compreendidos na Bíblia (cf. 2Co 12.2). Os céus mais elevados não podem conter a Deus (1Rs 8.27), mostrando, assim, que sua transcendência não pode ser medida.

 Anjos… legiões celestes são os habitantes animados dos céus.

O sol… lua… estrelas, veja nota no versículo 2.

As águas que estão acima. Ver Gênesis 1.7.

Ser criado acarreta a responsabilidade de louvar o Criador.

Apocalipse 22.8–9

Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo. Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.

Adorá-lo. Ver 19.10.

O testemunho de Jesus é o espírito da profecia. Os anjos são conservos dos profetas (22.9). João tinha o espírito de profecia (22.6). Ele recebeu o testemunho que Jesus lhe deu e o apresentou à Igreja (1.2; 6.9). O ministério de João se compara ao dos anjos.

Mateus 24.29–31

Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, raparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.

Alguns têm entendido esses versículos como representativos da derrota das forças de Satanás, a vingança do Filho do Homem; e a difusão do evangelho ao mundo inteiro, como tendo ocorrido simbolicamente na destruição de Jerusalém. Mas a linguagem do v. 31 forma um paralelo com passagens como 13.41; 16.27; 25.31; 1Co 15.52; 1Ts 4.14-17. Mais naturalmente, a passagem se refere à segunda vinda. Com base nessa redação, “Logo depois” não visa estabelecer uma data para a vinda do Filho do Homem (o que contradiria 24.36), mas, sim, indicar que a destruição de Jerusalém está estreitamente ligada à segunda vinda nos propósitos de Deus, embora a distância temporal entre elas não possa ser discernida pelos seres humanos.

Judas 5–6

Quero, pois, lembrar-vos, embora já estejais cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram; e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia.

Três exemplos da história antiga mostram que as pessoas que abusam dos privilégios dados por Deus receberão, no final, punição e destruição da parte de Deus. Os israelitas que desfrutaram a libertação da escravidão egípcia, no êxodo, pereceram depois no deserto, porque não creram que Deus poderia capacitá-los a conquistar nações pagãs que habitavam a Terra Prometida (Nm 14.27-34). Anjos que ocupavam posições privilegiadas de autoridade se rebelaram contra seu Criador e estão agora aprisionados em trevas, esperando a destruição no julgamento final. Judas não menciona a pujança de Sodoma e Gomorra e arredores (de acordo com Gn 13.10: “toda bem-regada… como o jardim do Senhor”), mas talvez tenha presumido que seus leitores se lembrariam do que atraíra Ló para aquelas cidades. A perversão sexual daquelas cidades causou sua destruição por fogo (Gn 18.16–19.29). 

Vários manuscritos contêm a redação “Jesus, tendo libertado”, que reflete o texto mais provável. De forma admirável, Judas usa o nome humano conferido ao Filho encarnado, em seu nascimento, para se referir ao livramento de Israel realizado por ele, no êxodo, antes da encarnação. Judas deixa claro o que outros autores do Novo Testamento também ensinam, que o eterno Filho de Deus, que se tornou homem, na plenitude do tempo, existia pessoalmente antes de sua encarnação e esteve ativo como aquele por meio de quem Deus criou o universo (Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2) e por intermédio de quem Deus redimiu seu povo (Êx 3.14; Jo 8.58).

Deus julgou Israel com quarenta anos de peregrinação no deserto por causa de incredulidade, quando se recusaram a entrar em Canaã, depois do relato dos espias (Nm 14.27-34; Hb 3.16-19). Assim como o julgamento recaiu sobre os israelitas apóstatas, depois de seu livramento do Egito, também recairá sobre os membros de Igreja que apostatam (Hb 4.1, 2).

Anjos. Ver nota em 2 Pedro 2.4. 

“Não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio.” Os anjos em questão se rebelaram contra as responsabilidades dadas por Deus e abandonaram suas áreas de ministério ou residência. Alguns entendem isso como significando que eles deixaram o céu e vieram para a terra. Pode referir-se a uma queda primordial de anjos, no tempo em que Satanás se rebelou contra o Senhor.

O grande Dia é o dia de julgamento na segunda vinda de Cristo.

Mateus 18.10–11

Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste. [Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.]

A Escritura ensina que os anjos guardam e ministram ao povo de Deus (Sl 91.11; At 12.15; Hb 1.14), e que esses seres espirituais podem ser designados a áreas específicas de responsabilidade (Dn 12.1). O cuidado que Deus tem com seu povo por intermédio dos anjos deveria ser um grande estímulo para os cristãos.

Gênesis 16.7–10

Tendo-a achado o Anjo do Senhor junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur, disse-lhe: Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais? Ela respondeu: Fujo da presença de Sarai, minha senhora. Então, lhe disse o Anjo do Senhor: Volta para a tua senhora e humilha-te sob suas mãos. Disse-lhe mais o Anjo do Senhor: Multiplicarei sobremodo a tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada.

A identidade do anjo do Senhor é muito discutida. Segundo alguns estudiosos, o anjo do Senhor, com frequência, parece ser uma teofania, uma manifestação visual do próprio Deus (p. ex., 18.1-33; 22.11-18; 32.24-30; Êx 3.2-6), ainda que o anjo do Senhor algumas vezes seja distinto de Deus em outros casos (p. ex., 21.17). As observações de Agar no v. 13 implicam que ela viu Deus. No entanto, outros notam que “anjo” significa “mensageiro”. Concordam que, assim como os mensageiros seculares são plenamente igualados com aqueles que os enviam (Jz 11.13; 2Sm 3.12, 13; 1Rs 20.2-4), o anjo de Deus é identificado com ele (ver também Gn 21.17; 31.11; Êx 14.19; 23.20; 32.34). Seja como for, nesse texto, Deus se comunica com Agar por intermédio do anjo.

O nome Sur significa “muro”, uma referência aos fortes das fronteiras egípcias (cf. v. 1).

“Multiplicarei… a tua descendência.” Abraão gera muitos descendentes. Não são os meros filhos naturais que finalmente herdam a promessa (Rm 9.8). Inclusive a descendência física de Abraão pode perseguir os filhos da promessa (21.9; Gl 4.29, 30).

Apocalipse 5.11–12

Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.

Os louvores que começaram nos círculos mais íntimos de adoração ao redor do trono agora se estendem para fora, até encherem o universo.

Edição por Renata Gandolfo.


Este artigo faz parte da série Versículos-chave.

Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.


Autor: Editorial online do Ministério Fiel

Ministério: Editora Fiel

Editora Fiel
A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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