segunda-feira, 31 de março
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10 versículos-chave da Bíblia sobre gentileza

Como imitadores de Cristo, devemos buscar a gentileza como um estilo de vida. A seguir encontramos na Palavra de Deus as bases para sermos essas pessoas gentis. Neste artigo, separamos 10 versículos-chave sobre o ensino da Bíblia acerca da gentileza com comentários adaptados da nossa Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância.

Efésios 4.1–3

“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno o da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.”

Na segunda metade desta carta, Paulo desenvolve o “andar”, ou a vida das boas obras, cuja primeira menção foi em 2.10 e, depois, outra vez, em 4.17, 5.2 e 5.15. Essa figura de linguagem com referência à conduta moral é comum na Escritura.

Paulo falou antes de uma esperança para a qual os crentes são chamados (1.18; 4.4); agora focaliza a vida para a qual eles são chamados – vocação. Paulo

já dera fortes indícios da forma e do significado dessa vida (1.4; 2.10). O chamado de Deus é tanto soberano como gracioso (1Co 1.26-31); e, nas instruções éticas e relacionais seguintes, Paulo fundamenta, repetidas vezes, suas exortações nas verdades do evangelho já expostas nos capítulos 1–3.

O Espírito de Deus uniu os crentes ao trazê-los ao Pai por meio da fé em seu Filho e ao habitar neles como um novo templo (2.18, 21, 22). Os cristãos têm a responsabilidade de manter e expressar sua unidade por meio do fruto do Espírito, que inclui humildade, paciência e amor (v. 2; Gl 5.22-23).

2. Gálatas 5.22–23

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.”

Paulo usa a metáfora de fruto para descrever a conduta do crente em Romanos 6.22; Efésios 5.9 e Filipenses 1.11. João Batista afirmou, de modo semelhante, que o verdadeiro arrependimento produziria o “fruto” de um comportamento ético concreto (Mt 3.8; Lc 3.8), e Jesus prometeu que os crentes que obtêm vida dele, como ramos unidos à videira, produzirão fruto que glorifica seu Pai (Jo 15.1-8). O amor produzido pelo Espírito é semelhante ao amor de Cristo. Vai muito além de desempenho de justiça própria legalista (Lc 10.25-37).

3. Tito 3.1–2

“Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra, não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens.”

Havendo dado instruções para grupos específicos, Paulo agora dá a Tito um conselho geral, centrado em outra meditação sobre a graça de Deus, a respeito de encorajar as pessoas as fazerem “toda boa obra” (v. 1).

Quanto a submissão crista as autoridades que exercem governo, ver Romanos 13.1-7; 1 Pedro 2.13-17; cf. 1 Timóteo 2.2.

4. Provérbios 15.4

“A língua serena é árvore de vida, mas a perversa quebranta o espírito.”

Uma língua conciliadora – serena – restaura relacionamentos (v. 2; 12.18).

Quanto a árvore de vida ver 3.18 e nota.

Ver nota sobre – perversa – em 11.3. 

“Quebranta o espírito” tem o sentido de ser aquela que destrói o ânimo e a autoestima.

5. Isaías 40.11

“Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente.”

As expressões “rebanho… levará” são as expressões do cuidado amoroso e pastoral do Rei divino (Sl 23.1-4; 78.52; 80.1; Jr 31.10; Ez 34.11-16; Mq 2.12; Jo 10.11).

6. Mateus 11.29

“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.”

Tomai sobre vós o meu jugo…meu jugo é suave. O jugo, colocado sobre os ombros de animais e humanos que puxam arados e carroças, simboliza submissão e serviço humilde (Gn 27.40; Is 10.27; Os 11.4). As fontes judaicas falavam do jugo da lei e da sabedoria. Ainda que a lei fosse a boa dádiva de Deus para seu povo, as tradições orais dos escribas e a incapacidade da humanidade pecadora converteram a lei em um fardo intolerável (12.2, nota; 15.2; 23.2-4; At 15.10). Quando a lei foi entendida como um caminho de salvação meritória, tornou-se um “jugo de servidão” (Gl 5.1). Em contrapartida, o jugo de Jesus, enquanto demanda, é “suave”, porque procede daquele que é “manso e humilde de coração”

Ele cumpriu perfeitamente a justa demanda da lei por seu povo (Mt 3.15; Gl 4.4, 5; 2Co 5.21), e seu Espírito capacita sua grata obediência (Rm 8.2-4). Portanto, ele é o único que pode prover verdadeiro descanso para a alma.

7. 1 Timóteo 6.11–12

“Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.”

Como fizera antes, agora Paulo prossegue em seus comentários sobre os falsos mestres com exortações pessoais dirigidas a Timóteo, concluindo com uma doxologia maravilhosa.

Combate o bom combate da fé é uma metáfora da vida cristã considerada em relação à fidelidade a Cristo (2Tm 4.7). Toma posse da vida eterna. Ou seja, não se torne complacente. Embora a fé em Cristo dê início a uma nova vida (4.8), o alvo da vida cristã é sempre futuro (v. 19; 1.16, nota; Fp 3.12; 2Tm 4.8).

A vida eterna não é algo que escolhemos de modo natural, mas algo para o qual Deus nos chama sobrenaturalmente (Rm 8.30).

A “boa confissão perante muitas testemunhas” refere-se, provavelmente, ao batismo de Timóteo. A “boa confissão” de que alguém chegou à fé em Cristo leva, naturalmente, ao “bom combate” de buscar uma vida de fidelidade a ele.

8. 1 Pedro 3.3–4

“Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus.”

Não é uma proibição total de adornamento modesto, mas uma advertência contra a preocupação com as aparências exteriores (1Tm 2.9, 10). Excesso nessa área é bem comprovado na literatura e na arte pagã do século I. O princípio ordenado nesse versículo é a modéstia.

9. Provérbios 15.1

“A resposta branda desvia o furor, mas a e palavra dura suscita a ira.”

O poder das palavras para edificar ou para destruir é enfatizado aqui e nos vv. 2, 4, 7, 14 e 23.

10. 1 Pedro 3.15

“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.”

Prontidão para confessar a Cristo é um aspecto importante de santificá-lo como Senhor.

A palavra (do grego apologia) pode sugerir resposta a inquirições abusivas ou desdenhosas por parte de pessoas hostis. Essa resposta inclui uma explicação dos principais pontos do cristianismo.


Este artigo faz parte da série Versículos-chave.

Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.


Autor: Editorial online do Ministério Fiel

Ministério: Editora Fiel

Editora Fiel
A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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