Este artigo faz parte da série Versículos-chave.
Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.
O Céu
Assim como não há situações terrenas comparáveis com as misérias do inferno, não há alegrias terrenas convenientes que sirvam de analogia exata para as maravilhas do céu. Ao mesmo tempo que encontramos na Bíblia imagens horríveis e tristes do inferno, também encontramos imagens felizes e promissoras do céu. O céu é ligado ao paraíso, ao seio de Abraão e à gloriosa cidade que desce da parte de Deus. A Nova Jerusalém é descrita em termos de ruas de ouro transluzentes, um lugar com muralhas de pedras preciosas e um ambiente de alegria perpétua e eterna. O que torna o céu mais admirável são tanto as coisas ali presentes como as coisas ausentes. Coisas que estarão ausentes incluem: (1) lágrimas, (2) tristeza, (3) morte, (4) dor, (5) trevas, (6) pessoas ímpias, (7) pecado, (8) templos, (9) o sol e a lua e (10) a maldição do pecado de Adão (ver Gn 3.14-19). O que estará presente no céu inclui: (1) os santos, (2) o rio da água da vida, (3) o fruto que cura, (4) o Cordeiro de Deus, (5) adoração, (6) as bodas do Cordeiro e sua esposa, (7) a face de Deus e (8) o sol da justiça. O céu é onde Cristo está. É a bênção eterna da comunhão com o Deus-homem. Jonathan Edwards, ao tentar expressar a alegria que os crentes terão no céu, escreveu que os santos navegarão no oceano de amor e serão eternamente banhados nos infinitamente brilhantes, agradáveis e brandos raios de amor divino, recebendo eternamente a luz, sendo eternamente cheios dela, eternamente cercados por ela e refletindo-a eternamente de volta à sua fonte. Ainda que os santos se deleitem na comunhão com seu Deus e Salvador, não há razão alguma para crer que eles não reconhecerão e não terão comunhão com os santos que conheceram na terra. O céu é a habitação de todas as coisas boas. Haverá graus de bem-aventurança no céu. Paulo usa uma metáfora das estrelas de brilhos diferentes no mesmo céu para descrever isso. Existem, porém, vários esclarecimentos que precisam ser feitos. Primeiro, todas as estrelas brilharão. Isso quer dizer que não há infelicidade no céu. Todos são abençoados além do que nossa imaginação possa conceber. Segundo, a obra expiatória de Cristo tem a mesma eficácia salvadora para todos os santos. Por fim, as “obras” do crente, que “merecem” maior ou menor bem-aventurança, não são boas em si mesmas. Em vez disso, é o soberano prazer de Deus que considera essas obras meritórias. Ele faz isso somente por causa de Cristo. Embora o maior horror do inferno seja sua eternidade, uma das maiores alegrias do céu é a segurança de que ele nunca acabará. O último inimigo, a morte, não mais existirá. Lucas 20.34-38 garante ao crente que essa recompensa é eterna. A maior alegria do céu é a visão gloriosa: ver a face de Deus. Mas essa alegria indizível vem por meio dos olhos da alma. Deus é espírito; e em espírito os eleitos o verão. Essa é a recompensa, ganha por Cristo, que os filhos de Deus desfrutarão.
- Apocalipse 21.1-4
Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar
já não existe. Vi também a acidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da
parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
As visões finais de Apocalipse entretecem, numa linda unidade, uma diversidade de temas bíblicos. Observe os temas de Criação (v. 1), a santa cidade de Jerusalém, a comunhão com Deus expressa pelas imagens de casamento (v. 2), a habitação de Deus, incluindo o tabernáculo e o templo (4.1–5.14, nota), os santos como o povo de Deus (v. 3), o fim do sofrimento e da morte (v. 4), novas realizações de salvação, confiança na Palavra de Deus (v. 5), água viva (v. 6), tornar-se filho de Deus (v. 7), advertências à fidelidade e ao julgamento (v. 8). Especificamente, a passagem de 21.1–22.5 retrata os novos céus e a nova terra como uma cidade (21.2, 10, 14-16, 18) na forma de um templo (21.3, 22) ou do Santo dos Santos (21.16), assemelhando-se a um jardim (22.1, 2). O objetivo disso é sintetizar as esperanças do Antigo Testamento em relação a uma Nova Jerusalém, à reversão da Queda no primeiro jardim-santuário e a um novo templo do fim dos tempos. Essas três esperanças se sobrepõem
A voz de Deus anuncia a descida da nova Jerusalém contra o pano de fundo de renovação total – um novo céu e uma nova terra. Deus é o Alfa (1.8, nota), o Criador cujos propósitos foram expressos desde o começo, e o Ômega, o Consumador que traz seus propósitos à realização final. A glória, o poder e a beleza de Deus na esfera do céu (cap. 4) se estendem agora a todo o seu povo (v. 3). A dor e o mal são abolidos na nova criação, em contraste com a dor, o sofrimento e as lutas que permeiam as partes anteriores de Apocalipse. As promessas feitas aos vencedores se cumprem agora (2.7, nota).
Alguns pensam que o novo universo – novo céu e nova terra – será um mundo totalmente novo, sem qualquer conexão com o velho. Mas Isaías 65.17-25 e Romanos 8.21-23 indicam que uma transfiguração do mundo antigo está em vista, à semelhança de como nosso corpo será a transfiguração do velho (1Co 15.35-57). Tudo é novo (v. 5), o que indica a inteireza da transfiguração, mas o resultado é redenção, e não abolição do antigo. Ver nota teológica “Céu”.
- João 14.2-4
Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou.
Embora a estrada seja estreita e apertada a porta que conduz à vida (Mt 7.14), também é verdadeiro que o número dos filhos de Abraão é como a areia nas praias e as estrelas no céu (Gn 22.17), “grande multidão que ninguém podia enumerar” (Ap 7.9). A palavra grega traduzida por “cômodos” poderia ser entendida como “moradas”, já que se relaciona com o verbo “morar”, um tema abrangente nesse discurso (14.10, 17, 25; 15.4-10; ver 14.23). Como a explanação adicional de Jesus deixa claro, a casa do Pai está no céu (e, eventualmente, os novos céus e terra); todavia, a habitação mútua dos crentes em Cristo, bem como a do Pai e do Filho nos crentes, oferece uma antecipação de nosso destino final.
Cristo prepara o lugar no céu para os seus – preparar-vos lugar –, e o Espírito Santo prepara os redimidos na terra para seu lugar no céu (cf. 1Pe 1.4, 5).
Em 1.51, Jesus comparou a si mesmo a uma escada entre o céu e a terra – vos receberei para mim mesmo. Ele é aquele que leva seu povo para o céu.
- Mateus 6.19-21
Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
“Ferrugem” refere-se não só à corrosão de materiais, mas também a mofo e apodrecimento da madeira, e coisas afins. Toda coisa material está sujeita a deterioração e perda.
- Apocalipse 21.22-27
Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada. As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória. As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque, nela, não haverá noite. E lhe trarão a glória e a honra das nações. Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.
Referente a santuário ver a nota:
Nota 4.1–5.14 Deus aparece numa linda cena de adoração, como o Rei do céu e da terra. Ele está cercado de cortesões angelicais (1Rs 22.19; Jó 1.6; 2.1; Sl 89.6, 7; Ez 1; Dn 7.9, 10). Esses dois capítulos — baseados em Ezequiel e, em especial, Daniel 7.19-27 — retratam o cumprimento inicial do governo escatológico do Filho do Homem (ou seja, o Cordeiro) e seus santos.
O governo de Deus foi estabelecido na Criação (4.11), é exercido no panorama da história (6.1–22.5), é trazido ao cumprimento por meio do Cordeiro (cap. 5; 22.1) e celebrado em cânticos de louvor (1.6, nota).
Apocalipse é predominantemente um livro sobre Deus e sua grandeza. Os segredos da história e do conflito espiritual se centralizam em Deus mesmo.
Todo o universo está destinado a ser cheio da glória (21.22, 23), da bondade (22.1-5) e do louvor de Deus
Por isso, o padrão para o resultado final da história é revelado em miniatura aqui (Mt 6.10).
Quando o povo de Deus é cercado por tentação ou perseguição, uma revelação do caráter e da glória de Deus é o melhor remédio. O poder de Deus garante a vitória final; sua justiça garante a vindicação dos justos; sua bondade e sua magnificência garantem bênção e consolo. O sangue do Cordeiro demonstra que a redenção já foi realizada.
Nem do sol, nem da lua é o cumprimento de Isaías 60.19, 20.
A expressão “As nações” indica a humanidade redimida em toda a sua diversidade cultural (5.9, nota; cf. Is 60.3-12).
“As portas nunca jamais se fecharão” as portas de uma cidade antiga precisavam
ser fechadas em caso de ataque. As portas da Nova Jerusalém nunca precisarão ser fechadas,
porque, na criação redimida, não haverá ameaça ao povo de Deus. Aqui está o cumprimento de Isaías 60.11.
- Salmo 16.11
Tu me farás ver os c caminhos da vida;
na tua presença há plenitude de alegria,
na tua destra, e delícias perpetuamente.
O termo “delícias” é um trocadilho com a palavra Éden.
- Lucas 23.42-43
E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
Esse pedido: “no teu reino” aponta para alguma medida de confiança. O homem crê que Jesus não será aniquilado na morte, mas que está indo para o reino celestial.
Se o criminoso penitente visualiza a ressurreição física em um distante reino futuro, ele não está errado, porém Jesus promete comunhão mais imediata com ele – hoje, mesmo no intervalo entre a morte física e o retorno de Cristo e a ressurreição final. Ver nota teológica “O Estado Intermediário”, na p. 2109.
“Paraíso” – a palavra persa para “jardim”, a qual veio a significar “o lugar dos mortos justos” (2Co 12.3; Ap 2.7).
- Apocalipse 22.1-5
Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, ade uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.
O acesso às bênçãos de Deus outorgadoras de vida – “árvore da vida”, impedido depois da Queda, é aqui renovado (vv. 14, 19; 2.7; Gn 2.9; 3.22-24; Ez 47.12).
- Hebreus 11.14-16
Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, g teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.
Os crentes do Antigo Testamento compreendiam que a esperança e as promessas pelas quais aguardavam com fé eram celestiais – “uma pátria superior” –, e não meramente físicas. Essas promessas devem ser cumpridas plenamente no novo céu e na nova terra.
- 2 Coríntios 5.1-8
Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial; se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus. 4 Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito. Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; visto que sandamos por fé e não pelo que vemos. Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.
Nosso corpo físico – tabernáculo –. Embora os sofrimentos de Paulo e de outros crentes devam levar à morte física, algo muito maior os aguarda.
‘Casa… nos céus” isso provavelmente se refere ao nosso corpo de ressurreição, embora alguns tenham argumentado que signifique o lugar celestial que Deus preparou para nós. Paulo descreve o Cristo ressurreto e exaltado como o “homem celestial” (1Co 15.48-49), a fim de mostrar que a origem do corpo de ressurreição está em Deus, que, por meio de Cristo, começou e consumará uma nova criação.
Suspirando – gememos – com frustração em face das limitações da vida presente, com seu pecado, fraqueza e corrupção (Rm 8.22, 23).
Sem corpo – nus –.
Paulo anseia pelo corpo de ressurreição, livre da fraqueza e das imperfeições desta vida.
Diferentemente do dualismo platônico, neoplatônico e gnóstico, a esperança cristã não tem em vista o escape da existência corporal, mas, sim, o próprio corpo presente, o “tabernáculo” no qual “gememos”, que será substituído pelo corpo de ressurreição.
Nosso corpo físico em seu estado e sua condição presente.
A nova vida celestial, vindoura, absorverá nossa existência presente. Ver nota teológica “A Ressurreição Final”, na p. 2040.
A obra do Espírito Santo em nós, em renovação e fortalecimento espiritual diário (3.18; 4.16), é tanto a prelibação como a garantia da conclusão futura dessa obra nos corpos de ressurreição e santificação completa. Ver nota em 1.22.
A percepção da realidade por parte do crente não é confinada ao “que vemos” — a ordem presente que é vista e transiente —, mas, em vez disso, é instruída pela “fé”, confiando nas promessas salvíficas de Deus, que já começamos a desfrutar em Cristo, mas ainda não experimentamos em plenitude.
A doutrina do estado intermediário entre nossa morte e o retorno de Cristo ensina que, quando os crente morrem, eles (ou seja, sua alma) vão imediatamente para a presença de Cristo, “habitar com o Senhor”, enquanto seus corpos permanecem aqui, depositados no sepulcro, embora ainda unidos com Cristo (Lc 23.43; Fp 1.23). Quando Cristo retornar, os corpos dos crentes serão ressuscitados, glorificados e reunidos para sempre com seu espírito (1Co 15.22, 23; 1Ts 4.14, 16). Ver nota teológica “O Estado Intermediário”, na p. 2109.
- Isaías 65.17-25
Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor. Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque o morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e p quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado. Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos. Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque u são a posteridade bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com eles. E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.
Essa profecia – novos céus e nova terra – aguarda a segunda vinda de Cristo (2Pe 3.13; Ap 21.1).
Enquanto isso, por meio da fé, os santos experimentam em parte a bênção da era vindoura (42.9; 43.19 e notas).
As adversidades e a desgraça trazidas pelo pecado – novos céus e nova terra –, especialmente o julgamento do exílio (41.22, nota).
Jerusalém será totalmente nova, sem a lembrança dos pecados da velha cidade (Ap 21.1, 2), realizando, assim, o propósito de Deus para ela no princípio (ver Sl 48.1).
Aqui, as bênçãos dos novos céus e da nova terra são descritas em termos pictóricos como o gozo das bênçãos prometidas por obediência à aliança do Sinai, tais como vida longa, liberdade de invasões e segurança em relação a animais selvagens (cf. Dt 28.30).
A morte prematura de crianças ou de pessoas no meio de sua vida profissional pode levar ao pensamento de que a vida não tem significado. Tal morte prematura, bem como a transferência da recompensa de uma pessoa para outra que não a mereceu (v. 22), faz parte do julgamento de Deus sobre o pecado. Deus promete remover essa maldição do meio de seu povo (Am 5.11, nota). Isso é possível porque Cristo veio e cumpriu os termos da lei, merecendo as bênçãos da lei para si mesmo e para todos os que estão nele.
No Salmo 1, os justos são comparados a uma árvore bem regada, enquanto os ímpios são dispersos pelo vento como palha (ver 64.6).
O lobo e o cordeiro. As imagens não são apenas sobre o futuro dos animais, mas também sobre o futuro da humanidade, indicando que pessoas não mais oprimirão umas às outras, como faziam no passado (ver 59.14, 15).
Pó será a comida da serpente, alude a Gênesis 3.14. A maldição trazida por Satanás é removida, resultando em bênçãos para a humanidade redimida.