sexta-feira, 19 de abril

Ansiando por avivamento

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Muito do que distingue a cultura norte americana – o culto da celebridade, da juventude e da inovação – nasceu na trilha de serragem dos avivalistas. O culto da Próxima Grande Coisa – quer fosse uma nova banda de rock, modismo de dieta, movimento político ou explosão espiritual ou cruzada religiosa – não é resultado simplesmente de nosso cativeiro à cultura; o fenômeno cultural mais amplo talvez nunca tivesse surgido não fosse os avivamentos. Numa sociedade anterior à televisão, os avivamentos não eram apenas influenciados pela cultura pop. Eram a cultura popular.

Há duas maneiras de entender os avivamentos. A primeira é ver o avivamento como uma “surpreendente obra de Deus”, uma “bênção extraordinária de Deus sobre seus meios ordinários de graça”. Foi assim que Jonathan Edwards via, conforme Ian Murray sumariza.[1] Deus é totalmente livre para impedir ou enviar o avivamento conforme ele deseja.

A segunda abordagem vê o avivamento como algo dentro de nosso controle – algo que pode ser encenado e gerenciado com resultados previsíveis. Se seguir os passos certos, você consegue os resultados certos. Basicamente, esta é uma abordagem tecnológica à religião. Como um gênio da garrafa, até Deus está sujeito às leis de causa e efeito. Nas palavras do evangelista do século Dezenove, Charles Finney (principal promotor desse segundo ponto de vista): “Um avivamento não é milagre nem depende em qualquer sentido de um milagre. É simplesmente o resultado filosófico do uso correto dos meios como qualquer outro efeito”. O impulso radical protestante por evidências extraordinárias e métodos extraordinários tornou-se especialmente marcante com Charles Finney. Finney definiu suas “novas medidas” como “induções suficientes para converter os pecadores”.[2]

Ironicamente, sob o verniz do derramamento do Espírito, essa espécie de avivamento era mais como o deísmo: Deus estabeleceu estas leis e agora depende de nós. Sinto a mesma espécie de coisa quando me deparo com evangelistas da prosperidade. Por mais que se fale em milagres, essas maravilhas acabam sendo totalmente naturais. Siga os passos que mando e você conseguirá o seu milagre. Será que Deus realmente é necessário nesse esquema, exceto como arquiteto original que estabeleceu tudo desse jeito?

Era feita constante pressão sobre a engenhosidade do evangelista para manter a temperatura emocional. Não era necessário somente a experiência inicial de conversão, mas uma perpétua experiência de tremedeira e abalos. “O avivamento pode diminuir ou acabar”, advertia Finney, “a não ser que os cristãos sejam frequentemente reconvertidos”.[3] Um avivamento podia ser planejado, encenado e manejado. A Grande Comissão dizia apenas “Ide”, de acordo com Finney.

Ela não prescrevia fórmulas. Não as admitia… e o objetivo dos discípulos era tornar conhecido o evangelho da maneira mais efetiva… a fim de obter a atenção do maior número possível. Ninguém pode encontrar qualquer forma de fazer isso estabelecida na Bíblia.[4]

Assim como o novo nascimento está inteiramente nas mãos do indivíduo, por meio de quaisquer “excitamentos” propensos a “induzir o arrependimento”, a igreja é concebida principalmente como uma sociedade de reformadores da moral. Em uma carta sobre avivamento, Finney escreveu o seguinte: “Ora, a grande empreitada da igreja é reformar o mundo – acabar com toda espécie de pecado. A igreja de Cristo foi originalmente organizada como corpo de reformadores… para reformar as pessoas individuais, comunidades e governos”. Se as igrejas não querem seguir isso, elas terão simplesmente de ser deixadas para trás.[5] Noutras palavras, têm de pensar como um movimento e não uma igreja.

John Williamson Nevin, contemporâneo reformado de Finney, contrastou o que chamou de “sistema do banco” (precursor do chamado ao altar) e o “sistema do catecismo”:

A antiga fé presbiteriana em que eu nasci, foi baseada na ideia de uma religião familiar do pacto, ser membro da igreja por meio do ato santo de Deus no batismo, e seguir a isso num treinamento catequético regular dos jovens, com referência direta a eles virem à mesa do Senhor. Numa palavra, tudo procedia sobre a teoria de religião sacramental e educativa.[6]

Esses dois sistemas, concluiu Nevin, “no fundo envolvem duas teorias da religião diferentes”.

A conclusão de Nevin tem sido provada pela história subsequente. Perto do final de seu ministério, ao considerar a condição de muitos que haviam experimentado os seus avivamentos, o próprio Finney indagava se esse anseio infindo por experiências cada vez maiores poderia conduzir à exaustão espiritual.[7] De fato, sua preocupação era justificada. A região onde os avivamentos de Finney eram especialmente dominantes hoje é referida por historiadores como “distrito queimado e apagado”, um berço de desilusão e proliferação de seitas esotéricas.[8]

Eventualmente, o ideal de uma experiência de conversão mensurável não apenas aumentou, como também era posta em oposição ao crescimento constante e real, o qual não se podia fazer uma fórmula padronizada de medidas. Havia passos e sinais óbvios que eram marcas verificáveis do fato de uma pessoa realmente estar “por dentro”. A rotina dos procedimentos de conversão acabaram sendo – como os das fábricas na Revolução Industrial – calculada, medida e reproduzida. Foi isto que aconteceu ao avivamentismo anglo-americano.

Cada despertamento sucessivo ou novo avivamento dizia ser radical, dispensando a bagagem do passado que pesa em sobrecarga à missão. Em relação à história da igreja, esses movimentos são, na verdade, radicais. Contudo, não tem sido nada contraculturais, especialmente no contexto americano. Os valores da democracia e da livre empresa – fundamentados na escolha individual – tornaram-se o próprio evangelho no Segundo Grande Despertamento.

O movimento de crescimento da igreja era tão culturalmente (e até mesmo politicamente) atado quanto seus críticos têm argumentado. No entanto, um dos mais alardeados críticos do movimento – o movimento emergente – não parece menos preso aos modismos culturais. Mais uma vez ouvimos as mensagens usuais de “entre nessa ou seja deixado para trás”. Temos de começar tudo de novo, dizem, com igrejas de ministérios comuns comparados a telefones públicos: ainda existem, mas ninguém os utiliza. Como na maioria das rebeliões, isso reflete reações sem discernimento para com o que identifica, quem sabe legitimamente, como sendo consumismo impensado. É fácil simplesmente mudar de partido político. Não requer esforço determinar nossas convicções doutrinárias, simpatias culturais e morais, e práticas eclesiais simplesmente por antíteses. “Tudo tem de mudar!” Acabem com os pastores que pregam sermões; vamos fazer um diálogo com a Bíblia como um dos parceiros da conversa. Compartilhamos nossa jornada. Em qualquer caso, não se trata de frequentar a igreja e sim de ser igreja, não sobre ouvir o evangelho, mas ser o evangelho. O discernimento informado é algo de que o evangelicalismo, através de todas as suas “tribos”, agora parece carecer desesperadamente.

Há muitos hoje que pensam como Edwards, mas agem como Finney. Em Head and Heart (Cabeça e Coração), o historiador católico Garry Wills observa:

A reunião no acampamento marcou o modelo para o credenciamento dos ministros evangélicos. Eram validados pela reação da multidão. O credenciamento organizacional, a pureza doutrinária e a educação pessoal eram inúteis aqui – de fato, alguns ministros mais cultos tinham até de fingir ignorância. O pastor era ordenado pelo seu inferior, pelos convertidos que ele conseguia. Isso era um procedimento ainda mais democrático do que a política eleitoral, onde um candidato representava um ofício e gastava algum tempo fazendo campanha. Esta era uma proclamação espontânea e instantânea realizada pelo Espírito. Essa religião faça você mesmo pedia um ministério “realize por você mesmo”.[9]

Wills repete a conclusão de Richard Hofstadter de que “o sistema de estrelas não nasceu em Hollywood, mas na trilha de serragem dos avivalistas”.[10]

Existem numerosas instruções no Novo Testamento sobre ofícios da igreja e as qualificações dos oficias, pregação, os sacramentos, oração pública e disciplina. Em marcante contraste, não há instruções sobre avivamentos – nem mesmo exemplos. Encontramos no livro de Atos o relato da obra extraordinária do Espírito por meio dos apóstolos. Por todo o relato de Lucas, encontramos a expressão, “E se espalhava a Palavra de Deus”. Era assim que o jardim de Deus crescia. O ministério deles, junto com os sinais e maravilhas que o certificavam, permanecem como as marcas indeléveis da verdade da sua mensagem para nós hoje. Como a Sexta-feira Santa e a Páscoa, Pentecostes foi um evento não repetível na história da redenção, e é um presente que continua frutificando, por meio do ministério corriqueiro.

Muitas das razões que damos para a necessidade de avivamento (letargia no evangelismo e missões, falta de uma experiência genuína da graça de Deus, frieza na oração, aumento dos vícios e da infidelidade, dos males sociais, etc.) são problemas que o ministério comum precisa tratar a cada semana. O anseio por avivamento não somente pode levar-nos a tratar esse ministério como inócuo; pode sutilmente justificar um estado inaceitável no ínterim. Outra questão é a extensão à qual um anseio por avivamento tem sido entretecido na religião civil. O antídoto ao nervo moral decaído e ao fervor patriótico é o avivamento. Entre outros problemas, isso transforma o evangelho em meio para se atingir um fim. A missão da igreja não é mais entregar a Cristo com todos os seus benefícios salvíficos aos pecadores; é principalmente agir como “alma da nação”, conduzi-la adiante e para cima até seu destino excepcional.

Este tem sido o ciclo vicioso do avivalismo evangélico desde então: um pêndulo que oscila entre entusiasmo e desilusão, ao invés de manter firme maturidade em Cristo mediante a participação na vida ordinária da comunidade do pacto. A pregação regular de Cristo a partir de toda a Escritura, Batismo, Santa Ceia, orações de confissão e louvor, e todos os demais aspectos da comunhão cristã ordinária são vistos como comuns demais. Se concordamos com isso depende em grande parte se cremos que é Deus que salva os pecadores ou se achamos que salvamos a nós mesmos com a ajuda de Deus.

Impelidos para lá e para cá com todo vento de doutrina e muitas vezes nenhuma doutrina, aqueles que foram criados no evangelicalismo se acostumaram ao super e a eventos cataclísmicos de intensa experiência espiritual que, no entanto, se desgastam. Quando as experiências acabam, frequentemente existe muito pouco para impedi-los de tentar formas diferentes de terapias espirituais ou de caírem totalmente fora da corrida religiosa.

Não será surpresa que eu prefira a primeira abordagem: avivamento como uma bênção extraordinária de Deus sobre seus meios ordinários de graça. Olhando em retrospectiva para a história da igreja, vemos alguns momentos notáveis em que – contra todas as condições humanas – o Espírito abençoou o ministério de sua Palavra de maneiras extraordinárias. Se o Senhor for enviar outra bênção dessa espécie, devemos nos deleitar em sua surpreendente graça.

Os pregadores de avivamento do passado, mais notavelmente Edwards e Whitefield – e em grande extensão João Wesley – ainda acreditavam que o avivamento era uma bênção extraordinária sobre os meios ordinários da graça de Deus. No livro de Atos encontramos muitos exemplos de experiências óbvias de conversão – frequentemente associadas a fenômenos extraordinários. Porém, é sempre mediante o ministério da Palavra. Mesmo quando um anjo apareceu ao centurião romano, Cornélio, em Atos 10, a mensagem era mandar chamar a Pedro para que ele viesse pregar o evangelho a ele, à sua casa e aos seus soldados. Ouvindo a mensagem, Cornélio e muitos outros creram e foram batizados. Assim, mesmo na era do extraordinário ministério dos apóstolos, os meios ordinários da graça estão na frente e no centro.

Porém, mesmo que seja visto como obra gratuita de Deus e que não tenhamos o direito de exigir nem o poder para controlar, será que o foco no avivamento não contribui para nossa insatisfação com as bênçãos ordinárias de Deus em seus meios ordinários? Estou inclinado a pensar que este é – e tem sido o caso. Observamos esse perigo até mesmo no primeiro Grande Despertamento. Tem sido dito que George Whitefield foi a primeira celebridade dos Estados Unidos. Isso não denigre o seu caráter. De muitas formas, Whitefield demonstrou notável humildade. Para cima e para baixo pela costa Atlântica, porém, os seus eventos de avivamento dividiam as igrejas. Questionar os métodos inovadores que estavam sendo empregados seria apagar o Espírito. Denúncias de diversos pastores como sendo não convertidos, simplesmente por eles terem questionado o avivamento, dividiam até os calvinistas coloniais.

Assim, enquanto temos toda razão ao destacar avivamentos como entendiam Edwards e Whitefield, em contraste ao avivamentalismo que veio a ser identificado com Finney e o Segundo Grande Despertamento, quero insistir na questão mais profunda: Será que o anseio intenso por avivamento é, em si mesmo, parte do problema, alimentando a expectação febril pelo Próximo Grande Evento? Já não é suficientemente notável que o próprio Jesus Cristo fale conosco sempre que a sua Palavra é pregada a cada semana? Não é milagre bastante que um jardim viçoso esteja florescendo no deserto dessa presente época do mal? Não basta a maravilha de que o Espírito ainda esteja ressuscitando aqueles que estão espiritualmente mortos para a vida, mediante essa pregação do evangelho? Será o batismo de água um compromisso externo, o qual fazemos em resposta a uma decisão que nós fizemos de nascer de novo? Ou não seria um meio da graça milagrosa de Deus? Não é suficiente que os que pertencem a Cristo estejam crescendo na graça e no conhecimento de sua Palavra, fortalecidos na fé pela administração regular da Ceia, comunhão na doutrina, oração e louvor, dirigidos por presbíteros e servidos por diáconos? Não tende esse anseio por avivamento a dar a impressão de que entre os avivamentos há calmarias em que o Espírito não está ativo, pelo menos no mesmo poder ou grau de poder através desses meios que Cristo designou?

Da perspectiva do Novo Testamento, o que acontece todo dia nas igrejas através da América e por todo o mundo é o que realmente importa em termos de arrependimento e fé. O problema é que muitas igrejas que anseiam o avivamento querem isso para consertar nossos males espirituais como nação, mas, sem saber, são propagadores da secularização das pessoas nos bancos das igrejas a cada semana. Não é apenas este ou aquele avivamento, a meu ver, mas o próprio anseio por avivamento que trabalha contra o meio paciente, difícil, frequentemente entediante, no entanto, maravilhosamente efetivo que Deus ordenou para a expansão de seu reino.  O pragmatismo passa a ser a norma. Passado e presente têm de ser esquecidos. Deus está fazendo algo completamente novo entre nós, que não pode ser limitado a vasos antigos. É este modo de pensar que nos tira da pregação fiel, da administração dos sacramentos, e da responsabilidade mútua pela vida e doutrina na comunhão dos santos.

Notas:

[1] Ian Murray, Revival and Revivalism: The Making and Marring of American Evangelicalism, 1750 – 1850 (Edinburgh: Banner of Truth, 1994). Acho persuasiva e útil sua distinção entre avivamento e avivamentismo. No entanto, fica aberta e pergunta se a ênfase anterior também não prejudicou o ministério ordinário.
[2] Ironicamente, Finney tinha ponto de vista ex opere operato das próprias novas medidas que jamais permitiram o batismo e Ceia, Quanto à carga pelagiana, a Systematic Theology (Minneapolis: Bethany, 1976) de Finney nega explicitamente o pecado original e insiste em que o poder da regeneração está nas mãos do próprio pecador, rejeitando qualquer noção substitutiva da expiação em favor das teorias de influência moral e governo moral, considerando a doutrina da justificação por justiça de outrem como sendo “impossível e absurdo. Na verdade, Roger Olson, em sua defesa do Arminianismo, vê a teologia de Finney como estando muito além do âmbito arminiano (Arminian Theology [Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2006], 27). É assim ainda mais notável que Finney tenha ocupado lugar tão distinto entre os evangélicos, como ilustra o tributo a ele no Centro Billy Graham (em Wheaton, Illinois). Não nos admira que a religião norte-americana pareceu a Bonhoeffer como sendo “Protestantismo sem a Reforma”.
[3] Charles G. Finney, Revivals of Religion (Old Tappan, NJ: Revell, n.d.), 321.
[4] Citado por Michael Pasquarello III, Christian Preaching: Trinitarian Theology of Proclamation (Grand Rapids: Baker Academic, 2007), 24.
[5] Charles Finney, Lectures on Revival (2nd ed.; New York: Leavitt, Lord, 1835), 184 – 204. “Lei, recompensas e castigos – essas coisas e afins estão no coração e alma da persuasão moral… Meus irmãos, se os corpos eclesiásticos, faculdades, e seminários apenas avançassem – quem não lhes desejaria a bênção de Deus? Mas se eles não progridem – se nós não ouvimos deles nada senão queixas, denúncias, repreensões com respeito a quase todos os ramos de reforma, o que poderá ser feito?”
[6] John Williamson Nevin, The Anxious Bench (London: Taylor & Francis, 1987), 2 – 5.
[7] Veja Keith J. Hardman, Charles Grandison Finney: Revivalist and Reformer (Grand Rapids, Baker, 1990), 380 – 94
[8] Veja, por exemplo, Whitney R. Cross, The Burned-Over District: The Social and Intellectual History of Enthusiastic Religion in Western New York, 1800 – 1850 (Ithaca, NY: Cornell University Press, 1982).
[9] Garry Wills, Head and Heart: American Christianities (New York: Penguin, 2007), 294.
[10] Ibid., 302.

 

Este artigo é um trecho do livro Simplesmente Crente, lançamento de Março/2016 da Editora Fiel.


Autor: Michael Horton

Michael Horton é professor de Apologética e Teologia Sistemática na Westminster Seminary California (EUA). É formado pela Biola University, mestre pelo Westminster Seminary California e obteve seu pós-doutorado pela Universidade de Coventry e Wycliffe Hall, em Oxford. Horton é autor de vários livros, incluindo O Cristão e a Cultura e Face a Face com Deus (CEP).

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