Há muita coisa sendo dita sobre os pobres. Dizem, ou pelo menos sugerem, que deveríamos estar envolvidos neste ou naquele projeto, se não somos desinteressados e cruéis. Quando você lê, muito disso é escrito como “eles e nós”. A história mostra claramente que grande parte disso rapidamente é abalado no evangelho, se eles forem claros sobre o evangelho em primeiro lugar.
Onde está a autoridade para falar sobre estas questões e como é que tudo isso se parece na base?
Jesus não foi paternalista com os pobres; ele era pobre.
Jesus, em quem há inescrutáveis ??riquezas; Jesus, que agora tem toda autoridade e poder; Jesus, para quem toda a criação existe — era pobre.
Sua mãe esteve perto da desgraça quando estava grávida. Ele nasceu em um estábulo e teve que se contentar com panos em vez de roupas adequadas para um bebê. Seu berço era um lugar para alimentação de animais. Outros levavam um cordeiro para sacrificar na circuncisão do filho. Na sua circuncisão, sua mãe só conseguiu pagar uma pomba. Ele era um refugiado. Ele cresceu em uma região de onde nada de bom veio.
Quando ele se tornou um homem ficou sem teto, sem um lugar para reclinar a cabeça. Ele teve que depender da caridade de outros.
Ele morreu nu, sem dinheiro e foi enterrado em uma sepultura emprestada.
Quando você vê pessoas necessitadas, não pense que você compreende, mas Jesus, Jesus Cristo, o Filho de Deus, as entende. Ele foi tentado em todos os sentidos como eles são, mas sem pecado.
O que ele diz sobre os pobres? Ele lhes prega o evangelho. Se os pobres creem, Jesus os adota em sua família. Ele orgulhosamente os chama de irmãos. Seu Pai se torna o Pai deles; eles são coerdeiros em Cristo. Ele veio a este mundo para tirar os pobres dos seus pecados, para que sejam herdeiros com Deus e coerdeiros com Jesus. Assim, Jesus não tem vergonha de chamá-los de irmãos — exatamente do mesmo modo que faz com todos os outros.
Seus profetas e apóstolos não eram melhores. João Batista não tinha morada certa e tinha pouco para gastar em alimentação e roupas. Pedro e João confessaram não ter prata nem ouro e Paulo conheceu a fome, a sede e muitas vezes ficou sem comida. Às vezes, ele conheceu o frio e a nudez. Eles conheciam a pobreza, mas pregavam a Cristo crucificado e amavam toda igreja que o pregava, porque Cristo era a cabeça e havia esperança para todos, de todos os tipos. Na igreja, os escravos podiam ser considerados no mesmo nível que os mestres.
Ignoremos aqueles que são paternalistas com os pobres e sigamos a Cristo e aqueles enviados por ele, levando os pobres a Jesus — que nenhuma outra questão fique no caminho. Se eles são salvos, eles são irmãos e irmãs em Cristo, coerdeiros em Cristo, membros do seu corpo, que é a igreja.
No Pentecostes, vemos como isso se parece. Isso é operado não por escritores ou acadêmicos, mas por todos os cristãos na vida diária da igreja. Mesmo que isso signifique vender tudo o que você tem, ninguém deve se sentir desprezado enquanto passamos tempo uns com os outros domingo após domingo, servindo uns aos outros, amando uns aos outros e nos relacionando uns com os outros. Ouça Paulo falando sobre a vida da igreja: “no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos”. Somente Jesus Cristo pode fazer isso. Ele nos fez filhos de Deus.
Então, como podemos ajudar os pobres? Ouça apenas Jesus. Somente ele tem toda a autoridade e poder; isso significa que não devemos torcer as suas palavras. Ouçam, obedeçam, preguem a Cristo, e façam parte de uma igreja onde essa unidade é demonstrada. Sirvam na igreja dele, a qual o reflete, fazendo todos os esforços para manter a unidade do Espírito.
“Ninguém, a não ser Jesus, pode fazer o bem a pecadores desesperados”; e que bem incrível ele pode fazer. Que incrível bem ele pode fazer a todos nós.
Orem pelas igrejas, porque é nelas que há ação real.
Tradução: Camila Rebeca Teixeira
Revisão: André Aloísio Oliveira da Silva