Alegria
Todos buscam a alegria, para alguns ela é uma lembrança da infância, para outros um dia memorável de um evento esperado, mas aqueles que creem no Senhor têm a alegria estável e eterna da comunhão e amizade do Senhor. Destacamos versículos selecionados da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância para seu conhecimento e alegria.
Alegre-se sempre no Senhor.
1. Neemias 8.10
Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e i enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força.
Os que têm comida em abundância devem partilhar com os que não têm (ver Sl 22.26). Esse incidente fornece uma ilustração para se compreender o pecado em 1 Coríntios 11.17-34.
O povo se regozija na salvação e na bênção que o Senhor lhes estendeu. Continuar em jubiloso reconhecimento de sua dependência dele é uma fonte contínua de força para a comunidade quando o Senhor abençoa sua lealdade a ele.
2. João 15.10 –11
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também leu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.
Permanecer no amor de Jesus não é meramente um desfrute subjetivo de seu amor para conosco, mas também uma expressão contínua no comportamento observável de nosso amor para com ele, respondendo a esse amor e capacitando-nos por seu amor.
Muitos imaginam que a obediência a Cristo é algo enfadonho, porque requer rendição e serviço autossacrificial (Rm 12.1, 2). Jesus ensina o oposto, associando obediência a alegria.
3. Salmo 100.2
Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico.
Deus não é um rei despótico que força seu povo a servir a ele. O serviço amoroso – “com alegria” – é uma grata resposta à graça de Deus.
4. 2 Coríntios 9.7
Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque x Deus ama a quem dá com alegria.
Deus ama a quem dá com alegria. O ato de dar pode e deve ser praticado com alegria, como a disposição dos macedônios mostrou (8.1-5).
5. Gálatas 5.22–23
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
Uma das oito ocorrências da expressão “reino de Deus” nas epístolas de Paulo (também Rm 14.17; 1Co 4.20; 6.9, 10; 15.50; Cl 4.11; 2Ts 1.4; mas cf. “reino de Cristo e de Deus” em Ef 5.5). O ensino de Paulo é que aquele que não exibe as graças do Espírito (v. 22) em sua vida não terá parte no reino eterno de Deus.
Paulo usa a metáfora de fruto para descrever a conduta do crente em Romanos 6.22; Efésios 5.9 e Filipenses 1.11. João Batista afirmou, de modo semelhante, que o verdadeiro arrependimento produziria o “fruto” de um comportamento ético concreto (Mt 3.8; Lc 3.8), e Jesus prometeu que os crentes que obtêm vida dele, como ramos unidos à videira, produzirão fruto que glorifica seu Pai (Jo 15.1-8). O amor produzido pelo Espírito é semelhante ao amor de Cristo. Vai muito além de desempenho de justiça própria legalista (Lc 10.25-37).
6. Tiago 1.2–3
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
Crentes irmãos aos quais Tiago se dirige em termos familiares, como convém àqueles que têm Deus como seu Pai.
“Tende por motivo de toda alegria” é um chamado a entender o sofrimento pelo ângulo da confiança na soberania de Deus. O que se diz em seguida exige pensamento cuidadoso por uma perspectiva teológica.
Vários tipos de circunstâncias inquietantes, frequentemente relacionadas à perseguição, como aquela que os cristãos primitivos enfrentaram.
Provações podem ser consideradas alegria pura somente quando há o conhecimento de que são designadas por Deus para cumprir um propósito. São testes de fé dados a fim de se desenvolver a perseverança. A perseverança, por sua vez, produz um caráter cristão maduro (Rm 5.3).
7. Habacuque 3.17–18
Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação.
Mesmo quando as colheitas e os rebanhos não produzirem (um pensamento horrível no contexto de uma economia agrícola) e a sociedade vivenciar a fome e a pobreza, a esperança confiante de Habacuque não será abalada. Esperança e confiança transformam seu temor do futuro no desejo de se regozijar sempre em Deus, seu Salvador. (Rm 8.35-39)
8. João 16.24
Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.
“Até agora” suas orações são por demais tímidas à luz da salvação, que logo haverão de conhecer.
9. Hebreus 12.1–2
Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, ao qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
Os leitores estão realmente correndo diante de uma grande multidão de pessoas que já terminaram a corrida com honrarias. Essas pessoas – “grande nuvem de testemunhas” – que já terminaram são aquelas mencionadas no capítulo 11. O exemplo deles encoraja os leitores e os admoesta, caso venham a tropeçar.
de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia. Entre os fardos a serem lançados fora, estão o medo que retrocede diante do sofrimento (10.38, 39), a amargura que contamina os outros (v. 15) e a sensualidade que busca satisfação imediata (v. 16).
As competições esportivas dos gregos eram uma analogia comum no Novo Testamento sobre a vida cristã (1Co 9.24-27; Fp 2.16; 2Tm 2.5; 4.7, 8). Tal qual um velocista – “corramos… a carreira” –, o cristão deve estar em constante movimento rumo ao alvo, apesar da oposição que sofre. Isso exige esforço e persistência tenazes, que são aprendidos por meio de disciplina constante.
A nuvem de testemunhas do Antigo Testamento nos inspira, mas nosso principal encorajamento se encontra na pessoa e na obra de Cristo, que foi adiante de nós como o “Autor e Consumador” de nossa fé, sendo também, na corrida, o supremo exemplo de fé (v. 3).
Como “consumador”, Jesus tem levado a fé de todos os que se aproximam de Deus, por meio dele, ao seu alvo tencionado: adoração grata e aceitável a Deus, apresentada em sua presença (10.14; 11.40; 12.28).
em troca da alegria que lhe estava proposta. Jesus suportou a cruz ao antever a alegria de ser o Salvador de seu povo, quando o sofrimento necessário acabasse. Assim como Moisés olhou para seu galardão (11.26), também Jesus estava ciente de sua própria recompensa. Outra interpretação possível, embora menos provável, é a tradução “em lugar da alegria que lhe estava proposta”. Nessa tradução, Jesus escolheu sofrer no lugar da alegria que teria sido sua caso tivesse se recusado a morrer, permanecendo, em vez disso, no céu (Fp 2.6), ou se, pelo menos, tivesse evitado a cruz na terra (Jo 10.17, 18; 12.27). não fazendo caso da ignomínia. A crucificação era uma forma tão vergonhosa de execução que era proibido aplicá-la aos cidadãos romanos. Além disso, os judeus acreditavam que todo indivíduo que fosse “pendurado em madeiro” era maldito por Deus (Gl 3.13; cf. Dt 21.23).
10. 1 Peter 1.8–9
A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.
Os crentes devem viver pela fé, e não pelo que veem – o “a quem, não havendo visto, amais” (2Co 5.7). Devemos amar aquele a quem nunca vimos (cf. Jo 20.29).
Os crentes já desfrutam de certos elementos essenciais da salvação do último tempo (e.g., nova vida de ressurreição [v. 3], paz [v. 2] e comunhão com Deus [v. 8]), mas a possessão completa aguarda o retorno de Cristo (v. 5).
Este artigo faz parte da série Versículos-chave.
Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.