domingo, 1 de dezembro
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10 versículos-chave da Bíblia sobre inveja

Aqui estão selecionados alguns versos bíblicos que nos ensinam sobre a inveja. Quanto mais conhecemos as Escrituras mais habilitados estaremos para tratarmos o pecado da inveja. Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.

  • Êxodo 20.17

Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.

  • Salmo 37.1–3

Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Pois eles dentro em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde. Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade.

Ver a prosperidade dos perversos, e não dos justos, pode levar alguém à indignação, especialmente diante das promessas de passagens como a do Salmo 1. Esse salmo mostra que os justos devem aguardar até os novos céus e a nova terra, para que as promessas feitas a eles se concretizem em sua plenitude. Até então, muitos perversos desfrutarão prosperidade exterior. Mesmo quando os justos às vezes são abençoados do lado de cá da glória, haverá momentos em que a prosperidade não se manifestará e eles terão de aguardar pelo Senhor (v. 7).

A metáfora “relva” é adequada. Em Israel, a relva cresce e floresce no inverno, mas no verão ela murcha com o sol.

Confia, a prosperidade dos perversos nos incita a andar pela fé, e não pela visão.

  • Provérbios 23.17–18

Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, no temor do Senhor perseverarás todo dia. Porque deveras haverá bom futuro; não será frustrada a tua esperança.

O temor do Senhor. O tema principal de Provérbios e a contribuição decisiva do antigo Israel para a busca humana por conhecimento e entendimento. O temor do Senhor é a única base do verdadeiro conhecimento. Esse temor não é um terror desconfiado de Deus, mas, em vez disso, é o temor reverente e a resposta de fé em adoração ao Deus que se revela como o Criador, o Salvador e o Juiz. Embora o relacionamento pactual de Israel com Deus receba pouca atenção em Provérbios, o uso do nome divino associado à aliança, “Senhor” (do hebraico Yahweh; cf. Êx 3.15; 6.3 e notas), é significativo. Indica que a aliança redentora de Deus com seu povo e a revelação especial que o acompanha são fundamentais para a verdadeira sabedoria. Em Deuteronômio, “temer o Senhor” significa viver segundo as estipulações do pacto em resposta agradecida à graça redentora de Deus (Dt 6.2, 24). O templo construído por Salomão tornou-se, posteriormente, a expressão visível da relação pactual de Israel com o Senhor, que é novamente descrita como o “temor” do Senhor (1Rs 8.40, 43). Há uma ligação importante, por meio de Salomão e do templo, entre a sabedoria bíblica e a teologia pactual que se encontra no Antigo Testamento.

“Futuro” pode ser uma referência a uma esperança de vida e vindicação após a morte. Mais provavelmente, porém, refere-se a uma vida longa e plena. Cf. Jeremias 29.11.

  • 1 Coríntios 3.3

Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?

Esses comportamentos – ciúmes e contendas – caracterizam a vida na carne ou deste presente tempo mau (cf. as obras da carne em contraste com o fruto do Espírito em Gl 5.19-23).

  • Eclesiastes 4.4

Então, vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo. Também isto é a vaidade e correr atrás do vento.

Esses versículos ensinam que o contentamento é melhor do que a agitação da inveja.

  • Tiago 4.2–3

Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.

“Porque não pedis” ou seja, “não pedis” a “Deus, que a todos dá liberalmente” (1.5). Inveja é um pecado contra Deus. Procede de uma falta de gratidão para com Deus, que dá dons ao seu povo. Também resulta de alguém buscar no mundo seus próprios dons, e não buscá-los em Deus.

Deus recusa atender às nossas petições – pedis mal – quando procedem de desejos maus. Orar com motivos errados é não orar com fé (Rm 14.23; Hb 11.6).

  • Tiago 3.14

Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade.

Inveja amargurada e sentimento faccioso. Inveja e cobiça envenenam o espírito. Estão ligadas à ambição egocêntrica e autossatisfatória. Esses erros cegam a pessoa para os verdadeiros entendimento e sabedoria, e são contrários ao amor ao próximo.

  • 1 João 2.15–17

Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.

A admoestação moral para não amar o mundo é também um conselho prático aplicável, pois já está claro que o mundo passa (v. 17). Como no Evangelho de João, o “mundo” é o sistema de rebelião e orgulho que procura substituir Deus e seu domínio. É esse sistema, e não a própria ordem criada, que “não procede do Pai” e que já foi marcado para julgamento e destruição (Jo 12.31). Aqueles que não são do mundo recebem de Jesus a revelação do Pai (Jo 17.14) e mostram, por meio de sua resposta a essa revelação, que foram escolhidos para a salvação e a vida eterna.

  • 2 Coríntios 10.12

Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, revelam insensatez.

“Classificar-nos ou comparar-nos” – agora transparece o problema que levou Paulo a defender tão vigorosamente seu apostolado. Encorajados pelos “apóstolos” rivais, alguns coríntios influentes começaram a comparar esses recém-chegados a Paulo — resultando em Paulo como o perdedor. Ele foi julgado como um orador deficiente (v. 10; 11.5), fraco em seu relacionamento com a igreja (hesitando entre ousadia, quando ausente, e timidez, quando presente — vv. 10, 11), insensível para com eles (ao recusar uma oferta financeira que, na visão deles, os reputava como inferiores — 11.7-11; 12.14-18) e deficiente em certas experiências religiosas de “poder” (12.1-5 e notas). Mas Paulo se recusa a se comparar aos seus oponentes nos termos repugnantes de vanglória e autopromoção deles. Quando Paulo faz concessão e se vangloria para com eles (11.16-18), faz isso de forma irônica, usando a comparação, mas sempre recusando os falsos valores deles.

  • Jó 5.2

Porque a ira do louco o destrói, o zelo do tolo o mata.

Uma intensa reação emocional – ira – às circunstâncias, como aquelas demonstradas por Jó no capítulo 3. A “inveja”, ou cobiça da sorte alheia, talvez reflita o desejo que Jó nutre de ter sido um natimorto (3.16). Embora Elifaz esteja falando em termos gerais, não há dúvida de que está alegando que o comportamento de Jó é o do “louco” ou do “tolo”, linguagem de sabedoria para aqueles a quem falta visão espiritual.

Este artigo faz parte da série Versículos-chave.

Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.


Autor: Editorial online do Ministério Fiel

Ministério: Editora Fiel

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A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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