sexta-feira, 21 de fevereiro
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A autoridade do pastor

O exercício da liderança e da instrução

Autoridade carrega um sentido amplo, evocando várias respostas e reações. Para os que vivem sob uma ditadura, a autoridade expressa poder absoluto de vida e morte. De maneira bem diferente, para aqueles que elegem os governantes regularmente, a autoridade tem limites controlados por uma constituição e pelas eleições. Podemos reclamar do abuso de autoridade, por exemplo, o que não é permitido em uma ditadura. Ditadores abusam da autoridade em uma escala totalmente diferente.

O abuso de autoridade recebe atenção suficiente para estimular reclamações sobre toda autoridade. No entanto, isso não leva em conta que todos os aspectos da vida comunitária, pública e privada, devem ter alguma medida de autoridade para continuar a existir. Níveis de autoridade permanecem necessários à paz, à produtividade, à disciplina e à ordem na sociedade. A administração da empresa exerce autoridade para manter seus objetivos e a produtividade dos funcionários. Os administradores da escola têm autoridade sobre os alunos e funcionários, de forma a manter um ambiente de aprendizagem seguro. Mesmo um jogo de basquete na quadra do bairro deve ter alguém no comando — e, portanto, exercendo autoridade —, para manter a rotatividade das equipes de maneira justa.

Não é surpresa que uma igreja precise de um nível de autoridade para manter sua membresia e o foco em sua missão, para administrar seus ministérios e atividades e para assegurar sua contínua maturidade espiritual e unidade. No entanto, como essa autoridade funciona na vida da igreja? Como os que são nomeados como pastores e presbíteros exercem autoridade? Investigaremos esse assunto examinando as implicações textuais da autoridade pastoral, o significado da autoridade delegada e o uso da autoridade.

Implicações textuais da autoridade pastoral/presbiterial

Onde encontramos garantia bíblica para a autoridade pastoral? Um rei israelita e o pastor da igreja local têm pouco em comum, exceto a fidelidade a Deus na esfera de seu chamado. Mesmo a autoridade que Jesus deu aos Doze e aos Setenta não constitui a base para entendermos a amplitude e os limites da autoridade pastoral (Lc 9.1-11; 10.1-20). Jesus edificou a igreja sobre os apóstolos e profetas, que exerciam a autoridade que lhes fora outorgada para anunciar as verdades fundamentais da fé cristã (Mt 16.17-19; 1Co 3.5-11; Ef 2.19-22; 3.1-13). Aprendemos com eles sobre confiar em Cristo durante nossa missão, mas nos privamos de reivindicar a autoridade singular que receberam por um tempo. Benjamin Merkle corretamente aponta: “O Novo Testamento não explicita quanta autoridade os presbíteros [pastores] de uma igreja local devem ter.”[i] Isso nos leva a considerar a extensão e os limites da autoridade pastoral sugeridos por alguns textos bíblicos.

1. Cuidar, gerenciar, governar (1Ts 5.12-13; 1Tm 3.4-5; 5.17)

Paulo escreve em 1 Tessalonicenses: “Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor [prohistēmi] e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração…” (5.12-13). A NVI assim traduz a frase-chave: “que os lideram no Senhor”. O título de presbítero, supervisor ou pastor não é usado nessa primeira epístola paulina,[ii] pois os títulos de líderes da igreja ainda não haviam sido elaborados.[iii] Anos depois, em 1 Timóteo 3.4-5, Paulo compara o ato de um presbítero liderar (prohístēmí) sua casa com o de ele cuidar da (epimeleomai)[iv] casa de Deus. Assim como um pai administra sua casa liderando a família e cuidando dela, os presbíteros/pastores farão o mesmo com a família de Deus. Dada a ampla gama de prohístēmí na língua grega, Paulo usa os termos como sinônimos, a fim de enfatizar que a liderança e a gestão pastorais se concentram em cuidar daqueles sob sua responsabilidade.

Em 1 Tessalonicenses 5.12, Paulo identifica os pastores como aqueles que trabalham diligentemente em meio aos crentes, exercendo liderança e os instruindo. A palavra prohístēmí, traduzida por “presidir”, transmite a ideia de “pôr, colocar ou ficar diante de”[v], indicando um nível de autoridade que serve a um determinado propósito dentro de um grupo. Embora, metaforicamente, o termo implique liderança, certamente indica alguém que está diante da igreja para instruí-la na Palavra de Deus. Muito do cuidado demonstrado pelos pastores se dará pelo exercício da autoridade de proclamar a Palavra de Deus. Essa autoridade não reside no pastor em si, mas na verdade que ele proclama. J. L. Dagg deixa claro: “A única regra que eles [pastores] têm o direito de aplicar é a da Palavra de Deus, e a única obediência que eles têm o direito de demandar é voluntária.”[vi]

A tradução da NVI, que traz o verbo “liderar”, também caracteriza essa autoridade que serve uma congregação por meio de seu pastoreio. Silva escreve: “Mas ‘estar diante de’ também pode implicar em proteção e ajuda, de sorte que o verbo assume significados como ‘ajudar, apoiar, guardar, cuidar’.”[vii] Sem contradição nos sentidos — já que esse antigo verbo grego era usado nos campos militares e políticos em referência a alguém que chefiava, liderava ou dirigia outros —, Silva conclui sobre 1 Tessalonicenses 5.12: “O apóstolo claramente faz referência a um grupo que exerce liderança na igreja.”[viii]

A mesma ideia relevante aparece no uso de prohístēmí em 1 Timóteo 5.17: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e na doutrina.”[ix] Alguns presbíteros lideravam com mais eficiência, particularmente por meio do ministério de pregação e ensino. A autoridade indicada por “presidem” não significa que os presbíteros tivessem poderes ditatoriais sobre a congregação. Antes, como explica John Hammett,

A maneira como os líderes exercem sua autoridade no Novo Testamento nunca é ditatorial, e sim humilde, aberta a contribuições, buscando ‘conduzir a igreja a um consenso espiritualmente consciente’.[x]

Prohistēmi expressa a autoridade exercida para o cuidado, proteção e nutrição da igreja.

2. Liderança, liderar (Hb 13.7,17,24)

Os escritores do Novo Testamento frequentemente usam hēgeomai com dois significados. Primeiro, o termo pode expressar “respeitar”, “considerar” e “contar”,[xi] indicando uma forma de pensar. Segundo, reforçar esse contexto determina o significado das palavras; a palavra pode identificar alguém “que lidera” ou “governa”, indicando autoridade. Em Mateus 2.6, o uso tanto plural quanto singular de hēgeomai indica os “líderes de Judá” (NASB) e “o Guia que há de apascentar [poimēn, pastorear] a meu povo, Israel”. Quando Jesus resolveu uma disputa com os discípulos sobre quem devia ser considerado o maior entre eles, declarou: “o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve” (Lc 22.26). A combinação de líder com servo mantém a ênfase encontrada em prohístēmí — um líder atento ao cuidado com os outros.[xii]

Com implicação pastoral, o escritor de Hebreus usa o termo três vezes — traduzido como “guias” (Hb 13.7, 17, 24). Emprestada do mundo civil e militar, a palavra significa “ter autoridade de supervisão; liderar, guiar”.[xiii] O escritor repete a mesma estrutura verbal, traduzida mais ou menos como “aqueles que continuam a liderar”.[xiv] Cada ocorrência identifica uma pluralidade de líderes espirituais que trabalhavam entre eles. O que esse trabalho envolveu? Eles se engajaram na liderança, ensinaram a Palavra de Deus, deram exemplo de fidelidade a Cristo e zelaram pela vida espiritual da congregação (13.7, 17). Por seu encargo diante de Deus, prestariam contas ao “grande Pastor das ovelhas” (13.17, 20). Ao responder à liderança deles, a congregação tinha de se lembrar de seu ensino, imitar-lhes o exemplo de fé, obedecer a eles e submeter-se ao cuidado que tinham de sua alma, além de fazer tudo sem queixa ou rebelião (13.7, 17).

O chamado a “obedecer” (peithō) e a “submeter-se” (hupeíkō) a esses líderes espirituais tem a ver com o campo do cuidado e da vigilância espiritual, e não com controle ou domínio sobre o rebanho.[xv] Dagg observa: “… os governantes espirituais sob Cristo não têm poder coercitivo sobre as pessoas, nem propriedade dos que estão sob sua autoridade.”[xvi] A autoridade deles existe por meio da proclamação da Palavra de Deus. Eles validam essa autoridade por meio de caráter e conduta exemplares, demonstrados enquanto cuidam da saúde espiritual da igreja.

3. Presbítero, bispo e pastor (Tt 1.5-9; 1Tm 3.1-7; Ef 4.11)

Os títulos “presbítero”, “bispo” e “pastor” identificam o mesmo ofício da igreja local, ao mesmo tempo que enfatizam aspectos particulares de seu papel e autoridade na igreja.[xvii] Um ancião (presbíteros) na antiga sociedade judaica tinha autoridade sobre uma família ou clã. Ele os representava nas reuniões mais importantes da tribo. A sabedoria que vinha com a idade e com a experiência lhe outorgava o respeito daqueles que liderava. A ênfase na liderança, respeito, maturidade e sabedoria é estendida ao termo em si quando utilizado pela igreja do NT, reconhecido especialmente pelas qualidades de caráter necessárias para o ofício, junto aos dons de ensino (1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).

Caráter e sabedoria, e não idade, parecem mais importantes no uso do termo no NT.[xviii]

Os bispos (episkopos) surgiram da vida grega. O conceito de seus deveres foi construído sobre uma palavra que significa “aquele que vigia”. O termo foi desenvolvido para identificar os que vigiam ou lideram grupos civis, militares e religiosos.[xix] Lucas, Paulo e Pedro, escritores do NT, usam os termos “bispo” e “presbítero” de forma intercambiável, indicando que se referem ao mesmo ofício da igreja (At 20.17-31; Lucas também usa a forma verbal de pastor em 20.28; cf. Tt 1.5-9; 1Pe 5.1-4 — Pedro usa formas verbais de bispo e pastor). Jesus é chamado de “Bispo da vossa alma” (1Pe 2.25), o que indica vigilância no ofício.[xx]

Pastor (poimēn), o termo mais familiar para o ofício de liderança na igreja local, pode ser encontrado em forma nominal (Ef 4.11) e verbal (At 20.28; 1Pe 5.2) como referência ao ofício neotestamentário. Em outros lugares, o NT traduz o termo como “pastor de ovelhas”, indicando que, assim como o Senhor, sendo nosso Pastor, cuida de nós espiritualmente, aqueles que ele nomeia para esse ofício fazem o mesmo em seu nome (Jo 10). O pastor alimenta, nutre e protege o rebanho.[xxi]

Cada termo — presbítero, bispo e pastor — carrega a ideia de autoridade; porém, liderar, nutrir e proteger a igreja, bem como zelar por ela, só pode ocorrer quando a congregação reconhece a autoridade pastoral estabelecida pelo Senhor da igreja.

Os três grupos de termos transmitem um nível de autoridade pastoral focado no ministério da Palavra e no cuidado espiritual da igreja. A reivindicação de uma autoridade mais ampla não pode ser validada pelas Escrituras e, portanto, não deve ser praticada na igreja.

Autoridade delegada

Pedro lembra seus companheiros presbíteros de que eles servem ao “Sumo Pastor” em seu ofício pastoral, e não a si mesmos (1Pe 5.1-4). Paulo orientou os presbíteros efésios para que cumprissem os deveres pastorais com a consciência de que a igreja não pertencia a eles, e sim a Cristo, que a comprou com seu próprio sangue (At 20.28). Mesmo a obediência e a submissão devidas a esses líderes espirituais vem com o entendimento de que eles prestarão contas do modo como pastoreiam o rebanho de Deus e cuidam dele (Hb 13.17). Esses limites inerentes à autoridade pastoral devem humilhar os que servem no cargo, ao mesmo tempo que geram confiança na igreja para considerar a autoridade deles. “A autoridade deles deriva da Palavra de Deus”, observa Merkle, “e, quando eles se desviam da Palavra, abandonam a autoridade que lhes foi dada por Deus”.[xxii] Como líderes-servos, exercem tarefas com vistas a reportar-se ao Supremo Pastor. Jesus, portanto, deu-lhes autoridade, sob sua responsabilidade vigilante, para pastorearem seu povo. A Palavra de Deus, então, limita a obediência e a submissão da igreja aos seus pastores/presbíteros. Pastores não têm espaço, sob o disfarce da autoridade pastoral, para manipular, coagir ou usar táticas de culpa para levar a igreja a agir ou segui-los. Isso não é autoridade; é abuso. “Toda coerção é inconsistente com a natureza da autoridade que lhes foi confiada”, como Dagg explica.[xxiii] Em última análise, a igreja obedece a Cristo, e não a meros homens.[xxiv]

Mas as igrejas devem reconhecer esse ofício dado por Deus de cuidado de suas almas. Enquanto aguardam o aparecimento do Pastor (Tt 2.13-14; 1Pe 5.4), seus subpastores dão atenção ao treinamento, aprimoramento, ensino, guarda e cuidado do rebanho. Desprezá-los em seu ministério da Palavra equivale a desprezar o Bom Pastor, que os nomeou para servirem a igreja até que volte.[xxv] Em lugar de temer a autoridade pastoral, a igreja deve regozijar-se nela como um dom de Deus.

Uso de autoridade

Algumas orientações sobre o exercício da autoridade pastoral podem ajudar os pastores a fazer uso sábio da autoridade e a aliviar o medo da autoridade na congregação.

1. Autoridade sob a autoridade da congregação

Pastores/presbíteros não devem se ver como detentores de autoridade máxima na igreja. Até mesmo a nomeação ao cargo dá-se por recomendação e aprovação da igreja (At 14.23).[xxvi] Em caso de negligência no cargo, a congregação pode removê-los. Paulo lembra as congregações de que não devem aceitar acusações injustificadas contra os presbíteros, ao passo que também adverte os presbíteros que “continuam no pecado” de que são passíveis de disciplina pública diante da autoridade humana suprema — a igreja (1Tm 5.19-20; Mt 18.15-20).

2. Autoridade exercida na pregação e no ensino

As principais passagens que indicam a autoridade pastoral também enfatizam que ela acontece principalmente por meio do ministério da Palavra (1Ts 5.12-13; 1Tm 5.17; Hb 13.7). Merkle escreve: “A autoridade que os presbíteros possuem não é tanto derivada de seu ofício, mas dos deveres que desempenham”[xxvii] (e.g., pregar, ensinar e pastorear).

3. Autoridade demonstrada na liderança espiritual

Aqueles que são chamados a cuidar do rebanho, vigiá-lo, exortá-lo, repreendê-lo, corrigi-lo e orientá-lo fazem-no como líderes espirituais (Hb 13.7, 17). O Senhor da igreja confia o cuidado de seu povo aos que são nomeados como presbíteros/pastores. Esse tipo de autoridade — no campo delimitado da liderança espiritual, e nunca no controle da vida — vem de Cristo.

4. Autoridade demonstrada no serviço humilde

Assim como Jesus veio para servir humildemente seus discípulos e as massas, os pastores devem fazer o mesmo (Mt 20.28; Lc 22.26; Jo 13; Fp 2.5-8). A autoridade pastoral encontra aceitação por intermédio de seu serviço humilde.

5. Autoridade humildemente aceita, não exigida

Os pastores não têm motivos para exigir que uma igreja se submeta a eles. Se eles se enquadrarem nesse padrão, o serviço humilde não será encontrado em lugar algum de seu ministério. Pastoreando o rebanho de boa vontade e com afinco, “demonstrando que são exemplos para o rebanho”, gradualmente os pastores receberão autoridade das pessoas a quem servem (1Pe 5.2-3).

6. Autoridade focada na saúde, maturidade e missão da igreja

A autoridade pastoral não é um beco sem saída; ela deve ser canalizada. Ela se concentra em levar a igreja a ter uma maturidade saudável como povo engajado no serviço mútuo e na missão de espalhar o Evangelho pelo mundo (Mt 20.19-20; Ef 4.11-16).

7. Autoridade sempre operando em pluralidade

O orgulho e a falsidade podem levar um pastor ao abuso de autoridade. Mas, quando o pastor serve em meio a uma pluralidade de pastores/presbíteros, como fica evidente na prática do NT, o mau uso potencial da autoridade é superado pela prestação de contas aos irmãos, os quais, unidos, servem humildemente o rebanho de Cristo (At 14.23; Tt 1.5).[xxviii]

8. Autoridade antecipa o dia da prestação de contas

A autoridade delegada, não derivada do próprio indivíduo, significa que aquele que a delegou exigirá prestação de contas. Jesus Cristo delega autoridade pastoral e também responsabiliza os pastores pelo modo como a usam para servir o rebanho (Hb 13.17; 1Pe 5.4).

CONCLUSÃO

Visto que “autoridade” é uma palavra delicada em nossa cultura, os pastores devem encarar seu uso com humildade e coração servil, como aqueles que pregam e ensinam fielmente a Palavra de Deus. Reconhecendo a igreja como autoridade suprema humanamente falando,[xxix] pastores pregam para ela, lideram-na e cuidam dela com uma autoridade entregue pelo Senhor. As passagens bíblicas sobre líderes espirituais da igreja estabelecem os limites e a extensão da autoridade oriunda do ofício pastoral.

A autoridade deve sempre ser medida pela consciência de que haverá prestação de contas ao Senhor por seu uso.

Este artigo é um trecho adaptado e retirado com permissão do livro Introdução à prática pastora, de Phil A. Newton, Editora Fiel (em breve)

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[i] Benjamin L. Merkle, “The Biblical Role of Elders”, em Mark Dever & Jonathan Leeman, orgs., Baptíst Fouлdatíoлs: Church Goverлmeлt for aл Aлtí-Iлstítutíoлal Age (Nashville: B&H Academic, 2015), p. 276. Veja também Benjamin L. Merkle, 40 Questíoлs About Elders aлd Deacoлs (Grand Rapids: Kregel Academic, 2008),  p. 95-100.

[ii] Charles A. Wannamaker, Commentary oл 1 and 2 Ressalonians (Grand Rap- ids: Eerdmans, 1990), p. 38.

[iii] Lucas identifica “presbíteros” em Atos 11.30 e 14.23, mas isso teria sido escrito após a primeira prisão de Paulo, pelo menos dez ou 11 anos depois que o apóstolo escreveu 1 Tessalonicenses em Corinto.

[iv] Jesus usou o mesmo termo para descrever o cuidado do samaritano com o homem ferido (Lc 10.34-35); (BDAG, p. 375).

[v] O prefixo pro, que significa “antes”, junta-se ao verbo , “colocar, pôr, ficar”.

[vi] J. L. Dagg, Manual de Eclesiologia (Rio de Janeiro: Pro Nobis, 2022), p. 357.

[vii] NIDNTTE, proisthmi, 4:140.

[viii] NIDNTTE, proisthmi, 4:140-41. Por “grupo” ele se refere à liderança plural.

[ix] A TB expressa o significado ao oferecer a seguinte tradução: “Os presbíteros que cumprem bem com os seus deveres sejam tidos por dignos de dobrada honra”. A suavização ocasionada pela substituição de “presidir” por “cumprir bem seus deveres” não muda o significado em nada.

[x] D. A. Carson, “Church, Authority in the”, em EDT, p. 72; citado em John S. Hammett, Biblical Foundatíoлs for Baptíst Churches: a Contemporary Ecclesiology (Grand Rapids: Kregel Academic, 2019), p. 193-94.

[xi] At 26.2; 2Co 9.5; Fp 2.3, 6, 25; 3.7, 8; 1Ts 3.15; 1Tm 6.1; Hb 10.29; 11.11, 26; Tg

1.2; 2Pe 1.13; 2.13; 3.9, 15.

[xii] Hēgeomai (hgeomai) é traduzido como “rei do Egito” em Atos 7.10 e “principal portador da palavra” em Atos 14.12. Judas e Silas foram chamados de “homens notáveis entre os irmãos” (At 15.22).

[xiii] BDAG, hgeomai, p. 434.

[xiv] Presente do particípio médio, terceira pessoa do plural; a voz média enfatiza a ação do sujeito. Assim, ele enfatiza o ato de continuar liderando o rebanho.

[xv] Merkle ressalta: “A palavra esperada para ‘obedecer’ ou ‘sujeitar-se’ é hupotassō, que é uma palavra mais forte. Embora o verbo peithō exija obediência, ela é ‘a obediência que se conquista por meio de uma conversa persuasiva’. O segundo comando, ‘submeter’ (hupeikō), é encontrado apenas aqui no Novo Testamento e significa ‘submeter-se a autoridade’” (“Biblical Role of the Elders”, p. 276). Ele cita William L. Lane, Hebreus 9–13 (Dallas: Word, 1991), p. 554.

[xvi] Dagg, Manual de Eclesiologia, p. 356.

[xvii] Para a consideração de presbítero e bispo como um ofício, veja Benjamin L. Merkle, Re Elder and Overseer: One Office ín the Early Church (Nova York: Peter Lang, 2003). Ele explica que o termo “presbítero” descreve o caráter do ofício e “bispo”, a função (p. 156).

[xviii] Veja NIDNTTE, presbuteroV, 4:127-35; Phil A. Newton & Matt Schmucker, Equipe Pastoral: Fundamento e Implementação (São José dos Campos: Editora Fiel, 2023), p. 47-48.

[xix] NIDNTTE, episkopoV, 2:248-52.

[xx] Newton & Schmucker, Equipe Pastoral, p. 51.

[xxi] Ibid., p. 52.

[xxii] Merkle, 40 Questíons About Elders and Deacons, p. 97.

[xxiii] Dagg, Manual de Eclesiologia, p. 357.

[xxiv] Martin Bucer, Concerníng the True Care of Souls (edição original: 1538; Edimburgo: Banner of Truth Trust, 2009), p. 209 [Remédios Preciosos contra as Artimanhas do Diabo: a Verdadeira Batalha Espiritual (São Paulo: Dordt, 2020)].

[xxv] Bucer, True Care of Souls, p. 202.

[xxvi] Simon Kistemaker escreve: “O termo traduzido por ‘nomear’ significa, na verdade, ‘aprovar mostrando as mãos em uma reunião congregacional’” (Acts, NTC [Grand Rapids: Baker, 1990], p. 525).

[xxvii] Merkle, “Biblical Role of Elders”, p. 279.

[xxviii] Newton & Schmucker, Equipe Pastoral, p. 55.

[xxix] Hammett, Biblical Foundations, p. 157.


Autor: Phil Newton

Pr. Phil Newton é pastor da Igreja Batista Southwoods em Memphis, TN, EUA. Possui Mestrado em Divindade pelo New Orleans Baptist Theological Seminary e Doutorado em Ministério pelo Fuller Theological Seminary. É membro do Conselho do ministério pelo Fuller Theological Seminary. É membro do Conselho do ministério Founders, nos EUA. É autor de vários artigos teológicos e livros, um deles publicado em português pela Editora Fiel: Pastoreando a Igreja de Deus. É casado com Karen; o casal tem 5 filhos e 3 netas.

Ministério: Editora Fiel

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A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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