O trecho abaixo foi retirado e adaptado com permissão do livro Renovadas, de Jen Wilkin, Editora Fiel.
Para o crente que deseja conhecer a vontade de Deus em sua vida, a primeira pergunta não é “O que devo fazer?”, mas “Quem devo ser?”.
Talvez você já tenha tentado usar a Bíblia para responder à pergunta “O que devo fazer?”. Ao enfrentar uma decisão difícil, talvez tenha refletido por algumas horas a respeito de um salmo ou de uma história nos Evangelhos, pedindo que Deus mostre como isso dialoga com seu problema atual. Talvez você se tenha frustrado ao ter apenas o silêncio como resposta, ou pior, ao agir movido por um sinal ou uma “indicação” que, mais tarde, veio a descobrir não ser realmente a vontade do Senhor. Por experiência própria, conheço essa situação melhor do que desejo admitir, e também conheço a vergonha que a acompanha — a sensação de que sou surda à voz do Espírito Santo e de que sou péssima em descobrir a vontade de Deus.
Porém, Deus não esconde sua vontade dos filhos. Na condição de mãe terrena, não costumo dizer a meus filhos: “Há um jeito de me agradar. Vamos ver se vocês conseguem descobrir”. E, se eu não escondo minha vontade de meus filhos aqui na terra, menos ainda nosso Pai Celestial vai esconder sua vontade de seus filhos. A vontade de Deus não precisa ser descoberta — ela é e está plenamente visível. E, para enxergá-la, precisamos perguntar aquilo que é sua principal preocupação: “Quem devo ser?”.
Comece com o coração
Obviamente, as perguntas “O que devo fazer?” e “Quem devo ser?” estão relacionadas. Mas a ordem em que fazemos essas perguntas é muito importante. Se focarmos em nossas ações sem nos importarmos com nossos corações, podemos acabar nos comportando como melhores amantes de nós mesmas.
Pense nisso. O que adianta eu escolher o melhor emprego se ainda estiver consumida pelo egocentrismo? O que adianta eu escolher a casa ou o cônjuge certos se ainda estiver dominada pela cobiça? Que proveito há em fazer a escolha certa se eu ainda for a pessoa errada? É possível uma pessoa ímpia fazer “boas escolhas”. Mas somente a pessoa habitada pelo Espírito Santo fará uma boa escolha com o propósito de glorificar a Deus.