domingo, 17 de novembro
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João 3.16 implica em três aspectos da pregação do evangelho

Na América do Norte contemporânea, é comum ver pessoas em eventos esportivos segurando um cartaz com “João 3.16” escrito em letras grandes. Conquanto essa possa não ser a estratégia evangelística mais eficaz, ela testemunha uma verdade importante. Nenhuma passagem na Bíblia sustenta com mais poder o imperativo bíblico para anunciar a boa notícia a respeito de Jesus Cristo a todos os pecadores do que essa. Mesmo se o Cristo ressuscitado nunca tivesse dado à igreja a Grande Comissão, João 3.16 seria suficiente para conduzir os crentes a dizer a todo o mundo do grande amor de Deus que ele demonstrou dando seu Filho unigênito, convidando homens e mulheres em todos os lugares a crer em Jesus Cristo para que sejam salvos de perecer.

As implicações de João 3.16 para o imperativo bíblico de pregar o evangelho a todas as pessoas podem ser expressas em três temas: a mensagem do evangelho, a proclamação do evangelho, e a “bem-intencionada” oferta do evangelho.

Em primeiro lugar, a mensagem do evangelho. De uma perspectiva, pode parecer estranho dizer que João 3.16 é um poderoso incentivo para proclamar o evangelho até os confins da terra. Nada é expressamente indicado neste verso sobre a necessidade de ir e dizer aos outros o que ele afirma. O João 3.16 não exige de seus leitores que façam coisa alguma, pelo menos não com tantas palavras.

O que João 3.16 faz, no entanto, é lembrar-nos de que o evangelho não consiste de um “conselho piedoso”. A primeira e principal palavra que nos é dita no evangelho não é que nós precisamos fazer algo para sermos salvos. Como uma notícia que fala do que alguém fez, o evangelho fala o que o Deus vivo e verdadeiro fez por um mundo caído. Tão grande é o amor de Deus e tão rica é a sua misericórdia que ele veio nos salvar através da obra de seu próprio Filho, o Verbo que se fez carne. E ele fez isso com a finalidade expressa de que nós não pereçamos, mas tenhamos a vida eterna.

Em segundo lugar, a proclamação do evangelho. No relato de Lucas sobre o nascimento de Cristo, somos informados de que os pastores, depois que foram e viram a criança que nascera, “divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino” (Lucas 2.17). Esses pastores não puderam se conter. Uma vez que confirmaram a verdade do que se dissera, eles foram e o fizeram saber a todos que encontraram. O mesmo deve ser verdade para todos os que ouvem a boa notícia anunciada tão lindamente em João 3.16. Como alguém poderia ouvir e crer nesta notícia e ainda permanecer em silêncio? Este é o tipo de notícia que deve ser divulgado ao mundo inteiro, anunciado no cume das montanhas, publicado a todos os povos.

De fato, o Novo Testamento está repleto de imperativos que chamam todos os crentes a anunciar essas boas novas. No final do evangelho de Mateus, o evangelista registra as palavras do Cristo ressuscitado: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19). Semelhantemente, Lucas encerra seu evangelho com as palavras do Senhor: “que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas” (24.47-48). Em Atos 17.30, lemos que Deus “notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam”.

Em terceiro lugar, a bem-intencionada oferta do evangelho. Quando crentes testemunham a boa notícia de que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu próprio Filho, eles devem sem hesitar declarar a todos: “crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo”. A linguagem de João 3.16, “para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, requer a proclamação do evangelho a toda e qualquer pessoa. Com urgência e sinceridade, todos os crentes devem convidar os pecadores a crer neste evangelho. E eles podem fazê-lo com a plena confiança de que quem vem a Cristo com fé não será lançado fora (João 6.37).

Na história da igreja, alguns crentes têm hesitado em afirmar a justeza dessa bem-intencionada oferta do evangelho, indiscriminadamente estendida a todos os pecadores. Alguns são perturbados por questões como: Como posso saber que Deus escolheu salvar este pecador particular com quem estou falando? Como posso ter certeza de que Cristo morreu pelos pecados dessa pessoa?

Mas por que eu teria de saber a resposta a estas perguntas antes de estender graciosamente o convite do evangelho a qualquer pecador? Certamente, João 3.16 nos fornece uma base segura para uma oferta livre e bem-intencionada do evangelho a todos os pecadores. Esta passagem nos diz tudo o que precisamos saber para convidar os pecadores a crerem em Jesus Cristo para a salvação. Ela fala de um amor tão grande que levou Deus a dar nada menos do que seu Filho. E isso nos lembra que o mundo que Deus amou, e pelo qual deu o seu próprio Filho, era um mundo perdido, que não o merecia. Com clareza inconfundível, ele declara que “todo o que nele crê” será salvo. O que mais eu preciso saber para poder dizer sinceramente a qualquer pecador: “crê em Cristo e serás salvo”? Afinal, temos a Palavra de Deus quanto a isso.


Autor: Cornelis Venema

Dr. Cornelis P. Venema é presidente e professor de estudos doutrinários no Mid-America Reformed Seminary e pastor associado da Redeemer United Reformed Church em Dyer, Indiana.

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Ministério Fiel: Apoiando a Igreja de Deus.

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