domingo, 24 de novembro
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A liberdade resultante de ser entediantemente bíblico

“Venha ver meu pastor pelado”.

Era o que dizia a faixa ao longo da estrada. Quando as pessoas voltavam do trabalho, deixavam os filhos no treino de futebol, corriam ao supermercado ou visitavam suas vovós no final de semana, eram seduzidas por uma igreja local. O método? Aparentemente, esta igreja empregou um homem nu como seu pastor. O anúncio provocativo promovia uma nova série de sermões durante os quais o pastor seria honesto sobre sua vida e os desafios que enfrentou. Isso deveria ajudar as pessoas a se relacionarem com ele e, por associação, com a igreja, para que se sentissem confortáveis ​​e quisessem voltar.

Eu gostaria de poder dizer-lhe que essa é uma história fictícia. Afinal, os pastores não são conhecidos por suas ilustrações inventadas? Mas é verdade.

Embora esta história possa forçar a barra para a maioria dos evangelistas progressistas, ela demonstra até onde algumas igrejas e seus líderes estão dispostos a ir para “alcançar” as pessoas. Da promessa de animais vivos em presépios e entregas de ovos de Páscoa de helicóptero a iPads gratuitos, algumas igrejas fazem de tudo para tornar os convites difíceis de negar.

Você pode se perguntar: esses esforços não são bons? Afinal, a igreja é chamada a se comprometer com o evangelismo.

NÃO TÃO RÁPIDO

Antes de se inscrever para outra conferência que promete uma porção dobrada de bênçãos de poder evangelístico ou de se culpar por não ser tão criativo quanto outras igrejas ao seu redor, pare e faça algumas perguntas fundamentais. Como Deus quer que sejam os cultos da sua igreja? Pode ser fundamentalmente reduzido ao evangelismo ou devemos estar atentos a outras prioridades? Você, como pastor, foi chamado para ser o CEO vanguardista? Ou você é chamado para ser um pastor que deve prestar contas a Deus por aqueles que ele colocou sob seus cuidados?

Precisamos lembrar que a igreja visível é uma reunião de cristãos em uma assembleia local para adorar ao Senhor. Não mais oferecendo animais em altares, oferecemos nossas vidas como sacrifício vivo ao nosso grande Deus e Rei que nos amou quando ainda éramos pecadores e enviou seu Filho para morrer por nós (Romanos 12.2; 5.8). Nós nos reunimos em primeiro lugar para adorar a Deus por nos redimir em Cristo. Problemas surgirão em nossas reuniões se desviarmos nosso olhar do Salvador ressurreto para o pecador perdido. Na melhor das hipóteses, estaremos distraídos. Na pior, distorceremos a noiva de Cristo que está sendo preparada para seu retorno (Apocalipse 19.7).

Isso não significa que devemos ignorar os não-cristãos em nossas reuniões, e que não devamos convidá-los para vir (1 Coríntios 14.23). Mas, pastores, faríamos bem em renovar nossos votos ao chamado, ou seja, “aperfeiçoar os santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4.12). Não somos chamados a liderar uma igreja baseada em técnicas, cheia de truques e guiada pelos sentidos com todas as velas e aromatizadores que nossas alergias podem aguentar. Somos chamados a liderar nossas igrejas com os meios comuns de graça, a saber, a Palavra, a oração e as ordenanças do batismo e da Ceia do Senhor. Cantamos canções de lamento porque conhecemos em primeira mão os efeitos de um mundo pecaminoso e cantamos canções de louvor enquanto nos confortamos em um Deus triunfante e soberano que está coordenando todas as coisas para o nosso bem e sua glória (Romanos 8.28).

Isso é um chamado para uma reunião chata e sem vida? De maneira alguma! É um chamado para toda a extensão da experiência humana. Leva-se em conta a revelação que Deus nos deu por meio de sua Palavra.

PARA ONDE FORAM TODAS AS BÍBLIAS?

Felizmente, nossa decodificação do algoritmo do Instagram, nosso trabalho pioneiro no Tik-Tok ou nosso conteúdo de streaming na Twitch não serão o ingrediente secreto sobre o qual construímos. Nossas igrejas deveriam depositar sua esperança na proclamação não diluída da Palavra de Deus por pastores não distraídos (2 Timóteo 4.2). A Palavra de Deus é poderosa, mais afiada do que qualquer espada de dois gumes (Hebreus 4.12).

Pastores, vocês acreditam nisso?

Aqui está um teste para nós no próximo domingo: quanto seu povo precisará de suas Bíblias para entender e navegar pelo que está sendo cantado, lido, orado ou ensinado a eles? Haverá um “aceno” para o Criador e uma citação passageira de sua Palavra? A pregação é mais marcada pela emoção do que pela exposição, pelas frases de efeito da cultura popular do que pela aplicação direcionada? Ou você vai cortar tanto a carne da Palavra de Deus que as pessoas precisarão “embalar para a viagem” para levar para casa? Seus corações estarão cheios da Palavra de Deus cantada, orada, lida e pregada? Será que eles terão muito sobre o que refletir e falar com os outros nos próximos dias, tanto cristãos como não cristãos?

A DEUS SEJA A GLÓRIA

Um dos meus vizinhos dirige uma pequena companhia de circo (pense em uma versão em miniatura do Cirque du Soleil). Quando soube que eu era pastor, ele me disse que um de seus clientes era uma igreja local que contratou sua empresa para entrar e fazer parte de sua série de sermões, com trapezistas e tudo mais. Eu fiquei sem palavras. Eu queria expressar minha gratidão por sua empresa estar indo bem financeiramente, mas também fiquei triste ao ouvir sobre uma igreja que deveria ser a coluna e o sustentáculo da verdade recorrendo a tais artifícios (1 Timóteo 3.15).

Pastor, há liberdade em uma filosofia simples de ministério. Deus não o chamou para a criatividade ou para superar as expectativas. Ele o chamou para um ministério de proclamação onde você prega a Palavra de Deus sem reservas ou hesitações. Ele o chamou para um ministério de pastoreio e lhe disse que você prestará contas a Deus pelas vidas que ele confiou a você. Ele o chamou para um ministério de intercessão, no qual você pede que a vontade de Deus seja feita na vida de seu povo.

Seja no aconselhamento privado ou na proclamação pública, os pastores são chamados a colocar as glórias de Cristo diante de seu povo, mesmo quando as tragédias deste mundo e o pecado em seus corações tentam enganá-los a acreditar nas mentiras do Maligno. Pastor, você é chamado para pregar e pastorear, cuidar e ser um modelo, amar e perdoar. Você é chamado para lembrá-los da fé que eles expressaram em seu batismo público e para renovar essa fé vindo regularmente à mesa do Senhor.

Esses são os requisitos da sua posição. Leia novamente e depois vá para a cama e durma bem. Descanse na verdade de que você tem sido fiel ao que o Senhor o chamou para fazer hoje. Deixe Deus ser Deus. Tudo o que ele faz a partir do seu trabalho é obra dele – e é tudo pela graça.

 

Por: Eric Bancroft. ©️ 9Marks. Website: 9marks.org. Traduzido com permissão. Fonte: The Freedom that Comes from Being Boringly Biblical : 9Marks
©️ Ministério Fiel. Website: ministériofiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradutor: Carlos Roberto Parra. Editor e revisor: Vinicius Lima.


Autor: Eric Bancroft

Eric Bancroft é o pastor da Grace Church (Igreja Graça), uma igreja nova em Miami, Flórida.

Parceiro: 9Marks

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O ministério 9Marks tem como objetivo equipar a igreja e seus líderes com conteúdo bíblico que apoie seu ministério.

Ministério: Ministério Fiel

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Ministério Fiel: Apoiando a Igreja de Deus.

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