Enquanto escrevo este artigo, a chuva está caindo lá fora, e o vento redemoinha com grande intensidade. Uma frente fria se aproxima de nossa região, ameaçando agravar o clima e prometendo diminuir significativamente a temperatura. Nós, que residimos no Estado da Carolina do Norte, prestamos mais atenção à chuva agora, desde que há algumas semanas o furacão Floyd nos trouxe enchentes terríveis. Era difícil acreditar no que víamos — as águas na altura das luzes dos postes, os homens em barcos, abaixando e levantando a cabeça rapidamente, a fim de passar pelos cabos de energia elétrica. Nosso estado jamais vira uma devastação tão grande, causada por enchentes.
Em conexão com tudo isso, fazia-se menção freqüente à força e fúria da “Mãe Natureza” e à terrível “sorte” dos habitantes do Leste dos Estados Unidos. A idéia parecia ser de que uma força aleatória e impessoal, que age por acaso, foi responsável por esse fenômeno. A Palavra de Deus apresenta uma explicação diferente. Considere estas afirmativas:
“O Senhor fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus. Fazendo ele ribombar o trovão, logo há tumulto de águas no céu, e sobem os vapores das extremidades da terra; ele cria os relâmpagos para a chuva e dos seus depósitos faz sair o vento” (Jr 10.12-13).
“O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés” (Na 1.3).
Deus deseja que entendamos que Ele criou e controla o universo, incluindo o clima da terra. Portanto, enquanto observações cuidadosas nos capacitam a entender como as nuvens de tempestade se formam e intensificam, não podemos explicar por que se formam em determinadas ocasiões e lugares ou por que os ventos as conduzem em uma direção específica. Não podemos predizer ou assegurar o lugar exato em que o relâmpago brilhará ou onde passará o furacão. Todas essas coisas são obras de Deus. Ele reivindica a responsabilidade por elas e nos ordena reconhecê-las e respeitá-las.
Além disso, o profeta Naum declara que Deus utiliza os fenômenos climáticos para exercer julgamento. Isto significa que nossos amigos do Leste são mais pecadores do que nós? É claro que não. Mas enchentes, furacões, terremotos e tempestades, que trazem tantos prejuízos e mortes em muitos lugares da terra, afirmam claramente que Deus está atento à conduta moral e espiritual de nossa geração. Ele está irado com o desenfreado homicídio (em especial, o aborto). Ele contempla a profanação do casamento, que acontece por meio da fornicação, adultério e homossexualidade; ouve as mentiras abundantes com as quais as pessoas O descrevem erroneamente e utilizam em seus relacionamentos e negócios. Deus não abandonou seu trono como Supremo Juiz de toda a terra.
A humanidade gosta de ensinar a si mesma que Deus é um papai-noel celestial que somente abençoa e nunca amaldiçoa. A Palavra de Deus fala de maneira diferente. O clima afirma o contrário. Seríamos sábios se parássemos de ouvir conjecturas sem fundamentos e entrássemos em harmonia com Aquele que é o Deus vivo, que governa sobre tudo, com poder, justiça e santidade. As tempestades na verdade são atos de misericórdia avisando-nos que um julgamento infinitamente maior está por vir e chamando-nos a arrepender-nos de nossos pecados e crer em Jesus Cristo. Ele suportou a ira de Deus na cruz, a fim de providenciar uma proteção invencível para todos os que confiam nEle.
Não é a “Mãe natureza”. É o nosso Criador, chamando-nos ao arrependimento e à fé em seu Filho. Nós ouviremos essa chamada?