Este mundo é um lugar mágico. Eis o veredito de Deus sobre o mundo dele: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). É um mundo de coisas maravilhosas. Vivemos num mundo de carvalhais, mil variedades de arroz, romances de Jane Austen, luzes neon, pretéritos perfeitos, sondas espaciais, caracóis, curry. Agarre qualquer coisa — qualquer coisa — e você terá em sua mão algo digno de maravilhar-se!
Pense sobre um copo d’água. Nada pode ser mais simples, contudo toda a vida depende dele. Bebemos água. Lavamos nela. Nadamos nela. Brincamos com ela. Você pode travar batalhas com ela. Vivemos num mundo de pistolas d’água. Por quê? Apenas por diversão. E ela chove em você. Vivemos num mundo em que água simplesmente cai do céu. Não é isso uma coisa extraordinária? Não se queixe de um dia chuvoso. Quem de nós teria projetado um mundo no qual água cai do céu?
Não temos nenhuma razão para ficarmos entediados — não no mundo de Deus. Vivemos num mundo em que há excesso de beleza, uma redundância de beleza.
Pense sobre folhas. Cada folha é única. Deus poderia ter criado um mundo em que todas as folhas fossem iguais. Isso lhe teria poupado muita preocupação. Ele poderia ter criado um mundo em que folhas fossem como copos de plástico, produzidas em série com o mesmo formato. Mas cada folha é feita à mão. E cada folha é algo de primorosa beleza. A maneira como os vasos serpenteiam sob a sua superfície, quando a olhamos contra a luz. E mais ainda, a cada ano, uma parte delas se transforma de um verde translúcido em vermelhos, marrons e amarelos vivos e profundos. E então pense numa floresta! Há milhões de folhas, cada uma única e cada uma de ímpar beleza. Se você viajasse até uma floresta próxima e tentasse apreciar cada folha, isso lhe tomaria a vida inteira. Contudo, a cada primavera Deus inicia todo o processo mais uma vez. Ele diz para si mesmo: “Isso foi ótimo! Vamos fazer de novo!”.
Cada folha é diferente. Cada floco de neve é diferente. Cada impressão digital é diferente. Deus pinta redemoinhos em cada impressão digital e cada um deles é único. Por quê? Não faz nenhum sentido. A esmagadora maioria dessa beleza não é percebida nem notada nem apreciada. Exceto por Deus. Ele o faz para seu próprio prazer e para sua própria glória. Deus está festejando consigo mesmo. Em Provérbios 8.30,31, a Sabedoria fala como se fosse uma pessoa. Este é Jesus, nossa verdadeira Sabedoria. Enquanto Deus estava criando o mundo, Jesus diz: “Então, eu estava com ele e era seu arquiteto, dia após dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo; regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens”. Os dias dele são cheios de delícias à medida que ele desfruta da beleza de cada folha e de cada vida.
No livro A fantástica fábrica de chocolate, Willy Wonka distribui cinco bilhetes dourados para que cinco sortudos premiados entrem em sua maravilhosa fábrica de chocolate. Deus distribuiu pelo menos sete bilhões de bilhetes dourados e você é um dos sortudos ganhadores. Você foi escolhido para entrar no fantástico mundo de Deus.
- Um mundo em que água cai do céu.
- Um mundo em que formigas constroem montanhas.
- Um mundo em que água derrete, goteja, congela outra vez e forma estalactites — gênio!
- Um mundo com polos magnéticos nos quais a bússola sempre aponta ao norte.
- Um mundo em que uma corda soa uma nota e então, ao diminuir-se o comprimento da corda pela metade, ela soa a mesma nota, só que uma perfeita oitava acima — qual a probabilidade?
- Um mundo em que você pode fazer uma pedra deslizar por sobre as águas — é mágico!
- Um mundo de trocadilhos e rimas e ritmos e aliterações — um mundo no qual as palavras são divertidas.
- Um mundo em que a música pode fazer você chorar.
Você não tem nenhuma razão para ficar entediado no mundo de Deus.
Artigo adaptado do livro Experimentando mais de Deus, de Tim Chester.