Desde os meados da década de 1960, temos sido sistematicamente doutrinados na filosofia da “revolução sexual”. Tem havido uma implacável investida contra as práticas tradicionais da ética judaico-cristã, em especial no âmbito da moralidade sexual. Ainda mais importante: na sociedade americana, da qual faz parte este autor, tem existido uma determinação para apartá-la de sua vigorosa consciência a respeito do pecado, instilada pelos seus antepassados puritanos e pela maneira sábia como eles utilizaram os Dez Mandamentos.
Infelizmente, muitas igrejas e pregadores tem colaborado de maneira deliberada para este esforço, por sua falha em não oferecer aos seus ouvintes uma explicação clara e detalhada dos Dez Mandamentos.
De qualquer maneira, como nação temos aceitado a idéia de que a atividade sexual antes do casamento é uma atitude adulta normal ou mesmo um hábito juvenil; e a infidelidade conjugal, como uma questão de direito pessoal e um privilégio.
No entanto, talvez a evidência mais nítida de quão longe nos afastamos se encontra na crescente aceitação que tributamos àqueles que decidem praticar o homossexualismo. Condicionados pelo recorrente assunto dos direitos pessoais irrestritos, no âmbito da conduta sexual, adquirimos o conceito de que a homossexualidade é, afinal de contas, uma alternativa aceitável às relações heterossexuais praticadas por todas as sociedades da história, desde a antiguidade, até ao presente. “Temos evoluído bastante, amigo”, ecoa se o slogan.
É bastante oportuno que gastemos tempo e esforço para avaliar o preço da revolução sexual. Qual a sua contribuição à unidade básica de nossa sociedade, a família? A revolução sexual tem produzido caos e, em muitos casos, ruína.
Cada vez mais, famílias normais que possuem pai e mãe vivendo e trabalhando juntos na criação de seus filhos são exceções, ao invés de normalidade. Milhões de jovens confusos estão crescendo e atingindo a maturidade sem a influência de pais que agem como pessoas maduras, responsáveis, líderes amáveis e exemplos em seu lar. Um dos resultados dessa situação é que uma elevada porcentagem de crimes são cometidos por jovens que não foram abençoados por pais que cumprem sua devida função.
O que podemos dizer a respeito da felicidade pessoal, o objetivo principal da ética americana — a revolução sexual tem outorgado a felicidade pessoal que sempre prometeu? Pense no elevado número de pessoas que praticam a promiscuidade e também são viciadas em álcool e drogas, e você obterá a resposta. Considere a proliferação de doenças sexualmente transmitidas, na miséria pessoal e na astronômica quantia que ela tem extirpado de toda a sociedade, por causa dessas doenças; e você terá a resposta.
A revolução sexual está começando a provar seu verdadeiro valor. E, amigos, estamos apenas contemplando o topo do iceberg. Como um povo, temos nos tornado endurecidos de coração para aprender a lição, mas o fato é que Deus não se deixa escarnecer — o que as pessoas semeiam (quer como indivíduos, quer como nação) elas colherão. A providência e a justiça divinas se encarregarão disso.
Oh! que líderes em todas as camadas da sociedade recebam corações que amem a justiça, desta se tornem exemplos e exponham seus louvores. Oh! que pastores novamente proclamem todo o conselho da Palavra de Deus, não somente as coisas básicas do glorioso evangelho, mas também a bendita Lei de Deus, que faz resplandecer a beleza do evangelho de maneira intensa para aqueles que dele necessitam. Oh! que os responsáveis por nossas comunidades sejam ousados em defender as leis que prevalecem contra o flagrante pecado sexual e façam tudo que puderem, no legítimo âmbito de sua autoridade, para assegurar um ambiente saudável para o desenvolvimento moral dos jovens. Oh! que pessoas de influência se tornem apegados à verdade de que os fomentadores do pecado são realmente culpados diante do todo-poderoso Juiz do universo (Rm 1.32).
Veremos um amplo retorno a alguma coisa que se aproxima das normas bíblicas de justiça prevalecendo em nossa sociedade? Somente Deus o sabe. Entretanto, é seguro dizer que não temos qualquer garantia para esperar tal coisa, a menos que os cristãos professos se arrependam de seus pecados, invoquem a Deus com humildade e fervor de coração e, novamente, mantenham com ousadia o padrão da verdade de Deus a respeito do pecado e da justiça.