domingo, 28 de abril
páscoa

10 versículos-chave da Bíblia sobre a Páscoa

Este artigo faz parte da série Versículos-chave.
Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.

Êxodo 12.11

Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do Senhor. 

A história chegou ao seu momento culminante, e os hebreus devem estar prontos para fugir imediatamente. Suas roupas, que se assemelham a camisas desabotoadas, tinham de estar atadas – lombos cingidos, em preparação para uma partida apressada.

A observância pascal é a mais antiga das festas judaicas e é celebrada ao crepúsculo do décimo quarto dia do primeiro mês (12.6). É descrita em muitos textos-chave do AT em adição ao capítulo 12 (cf. 34.25; Lv 23.5-8; Nm 9.1-14; 28.16-25; 2Cr 30.1-9). É imediatamente seguida pela Festa dos Pães Asmos, a qual ocorre nos sete dias seguintes (do dia 15 ao 21). Devido à partida apressada dos israelitas do Egito, somente a Páscoa é observada nesse evento inaugural. Mais tarde, os participantes se vestem para a viagem, a fim de celebrar a saída de Israel do Egito, em meio à pressa e à ansiedade. A prática de perguntas rituais formuladas pelos filhos durante a celebração da Páscoa é um desenvolvimento posterior, que é embasado nos vv. 26 e 27.

O NT estabelece uma conexão redentora direta entre a Páscoa e a morte de Jesus, o supremo Cordeiro pascal que foi sacrificado pelos que creem (1Co 5.7).

Números 28.16

No primeiro mês, aos catorze dias do mês, é a Páscoa do Senhor.

Na preparação para entrar na terra, são sumariadas as instruções para o sacrifício e a celebração regulares outrora apresentados (ver referências cruzadas). Começando com o dia a dia (28.1-8), o sábado (28.9, 10) e as ofertas mensais (28.11-15) e, então, com a celebração das festas anuais (28.16–29.40), o sumário mostra claramente como a vida israelita na terra tem de girar em torno do culto e do serviço ao Senhor.

Deuteronômio 16.1 

Guarda o mês de abibe e celebra a Páscoa do Senhor, teu Deus; porque, no mês de abibe, o Senhor, teu Deus, te tirou do Egito, de noite.

Em Êxodo, a Páscoa – no mês de abibe – (Êx 12.1-14) e a Festa dos Pães Asmos (Êx 12.15-20) foram instituídas no “primeiro mês” (Êx 12.2, 18), também chamado o mês de abibe, um dos nomes do mês cananeu (Êx 13.4; 23.15). O nome babilônico do primeiro mês é nisã, e os nomes do mês babilônico aparecem no AT dos períodos exílicos e pós-exílicos (p. ex., Et 3.7).

A Páscoa simboliza claramente substituição, visto que o cordeiro é morto no lugar do primogênito. Embora o sangue de animais não possa, por si só, redimir os seres humanos, o cordeiro pascal aponta para o eficiente sacrifício de Cristo (Hb 10.1-14). E, assim, Paulo é plenamente justificado ao dizer: “Cristo, nosso cordeiro pascal, foi sacrificado” (1Co 5.7; cf. Jo 19.31-36).

2 Reis 23.21-23

Deu ordem o rei a todo o povo, dizendo: Celebrai a Páscoa ao Senhor, vosso Deus, como está escrito neste Livro da Aliança. Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram Israel, nem durante os dias dos reis de Israel, nem nos dias dos reis de Judá. Corria o ano décimo oitavo do rei Josias, quando esta Páscoa se celebrou ao Senhor, em Jerusalém.

Josias reinstitui a Páscoa. 

Neste livro da aliança refere-se a Deuteronômio, especialmente 16.1-8, que autoriza comer a Páscoa somente no santuário central. A primeira Páscoa no Egito foi observada em um cenário familiar (Êx 12.1-28, 43-49).

A Páscoa é mencionada anteriormente nos livros históricos – desde os dias dos juízes – e em Josué 5.10-12.

Josias está com 26 anos no décimo oitavo ano.

2 Crônicas 30.1

Depois disto, Ezequias enviou mensageiros por todo o Israel e Judá; escreveu também cartas a Efraim e a Manassés para que viessem à Casa do Senhor, em Jerusalém, para celebrarem a Páscoa ao Senhor, Deus de Israel.

Reis enfatiza a Páscoa sob Josias (2Rs 23.21-23) sem discutir a celebração organizada por Ezequias. O Cronista exalta essa celebração, que reúne as tribos do norte e do sul no culto do templo. Essa reunião está registrada por causa de sua notável relevância para os que labutam pela restauração de Israel no período imediatamente posterior ao retorno dos exilados da Babilônia.

Esdras 6.21

Assim, comeram a Páscoa os filhos de Israel que tinham voltado do exílio e todos os que, unindo-se a eles, se haviam separado da imundícia dos gentios da terra, para buscarem o Senhor, Deus de Israel.

“Todos os que, unindo-se a eles” – mesmo que isso inclua os gentios (ver Nm 9.14), é mais provável que o escritor, aqui, esteja se referindo às pessoas de Judá (e, possivelmente, do antigo reino do norte) que nunca foram deportadas e permaneceram na terra desde a época em que o restante da população foi para o exílio. Em grande medida, eles assimilaram as práticas pagãs, mas se arrependeram e se separaram (uma questão-chave para o povo santo; ver Introdução: Teologia de Esdras), razão pela qual são incorporados na comunidade pactual e admitidos na participação em seu culto. para buscarem o Senhor. Essa é a forma literal da expressão. Eles haviam renunciado às práticas pagãs e, agora, buscam assegurar-se da vontade de Deus a fim de viver toda a sua vida de acordo com ela. “Buscar a Deus” é um termo técnico para o adorador verdadeiro e para o seguidor diligente do Senhor.

Marcos 14.1 

Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o matariam. 

Marcos situa a trama dos principais sacerdotes e escribas na quarta-feira da Semana da Paixão. A Páscoa é uma das festas judaicas mais importantes, visto que celebra o livramento do Egito, quando o anjo da morte “passou sobre” os lares do povo de Israel (Êx 12.1-30). Nos dias de Jesus, a Páscoa era celebrada no décimo quarto dia do primeiro mês do calendário judaico (Nisã, que corresponde a final de março e início de abril). Era observado o último dia antes da primeira lua cheia após o equinócio da primavera. Naquele dia, quando os cordeiros pascais eram mortos e comidos, todo fermento (simbolizando o pecado) tinha de ser removido da casa, e somente pão sem levedo podia ser consumido durante os sete dias após a Páscoa. Toda a observância dos oito dias, a começar pela tarde de Páscoa, era abrangentemente chamada a “Festa dos Pães Asmos” (14.12; Êx 12.15-20). 

Lucas 22.8-12

Jesus, pois, enviou Pedro e João, dizendo: Ide preparar-nos a Páscoa para que a comamos. Eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? Então, lhes explicou Jesus: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem com um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar e dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde é o aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? Ele vos mostrará dum espaçoso cenáculo mobilado; ali fazei os preparativos.

Jesus está pronto para morrer, mas na hora de sua escolha. Essa pode ser a razão para a maneira como Jesus faz os arranjos para a festa. Nenhum de seus discípulos sabe onde eles comerão.

Um homem carregando um jarro de água se sobressai, pois, nos dias de Jesus, os jarros são usados somente por mulheres; os homens carregam água em odres. Como se deu com o jumentinho no qual Jesus entrou montado em Jerusalém poucos dias antes (19.29-34), a maneira como ele direciona seus discípulos à sala para a observância da Páscoa talvez vise ensinar a onisciência de Jesus.

João 13.1

Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.

Esse é o primeiro dos cinco capítulos que relembram o ministério de Jesus aos discípulos no cenáculo, ministério que se fez acompanhar de uma refeição. Os outros evangelhos indicam que a Ceia do Senhor foi instituída nessa ocasião; João, porém, não faz essa citação, talvez porque considerasse a instituição suficientemente coberta nos outros três evangelhos. A relação entre os relatos sinóticos e o evangelho de João tem sido extensamente discutida por muitos comentaristas. Os Evangelhos Sinóticos, todos eles, declaram que a refeição aludida em 13.2 era a refeição pascal (Mt 26.17-30; Mc 14.12-26; Lc 22.7-23). Por outro lado, alguns têm entendido que João registra que a refeição ocorreu na tarde antes daquela em que a liderança e o povo judaicos de Jerusalém observassem a Páscoa, e que Jesus morreu no exato instante em que os cordeiros pascais estavam sendo mortos (13.1, 29; 18.28; 19.14, 31, 42). Entre os estudiosos que aceitam a fidedignidade de João e dos Evangelhos Sinóticos, várias soluções possíveis têm sido propostas. Ver notas em 19.14 e Mateus 26.17.

Coloca-se forte ênfase nos capítulos 13–17 sobre o amor de Cristo. Esse amor é ilustrado na comovente cena do lava-pés, na qual o Filho de Deus não desdenha realizar as tarefas mais degradantes de um servo (Mc 10.45; Fp 2.7,8). Sobre a noção da “hora” do fim dos tempos, que começa com a grande tribulação, ver nota em João 12.23.

Hebreus 11.28 

Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas.

Moisés instruiu que o sangue marcasse os umbrais das casas de Israel, antecipando a destruição vindoura dos filhos primogênitos da terra e o livramento das famílias israelitas desse evento horrível (Êx 12.7, 12, 13). Esse foi outro ato de confiança no que ainda não era visto.


Autor: Editorial online do Ministério Fiel

Ministério: Editora Fiel

Editora Fiel
A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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