terça-feira, 30 de abril

10 versículos-chave da Bíblia sobre o Natal

Deus tem um plano maravilhoso para resgatar o ser humano de sua condição de pecado e culpa. Cristo Jesus, o Deus encarnado, veio para nos salvar. Jesus é a Luz do mundo. O natal de Jesus é comemorado entre os homens que creem no plano divino de salvação. Destacamos versículos selecionados da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância e seus comentários para relembrarmos e nos aprofundarmos na natividade do Deus-Homem.

Miquéias 5.2

“E você, Belém-Efrata, que é pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de você me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”

Contrasta o governante vindouro com o atual e humilhado representante da linhagem de Davi, referido no v. 1.

Belém-Efrata significa literalmente, “casa de pão, frutífera”.

A outrora insignificante cidade em que Davi nasceu (1Sm 16.1-13), situada oito quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Embora a linhagem de reis davídicos tenha cessado temporariamente (v. 3), Deus levantaria um governante da família de Davi para reinar eternamente — o próprio Jesus Cristo (2Sm 7.12-17; Mt 2.6).

Tudo acontece para dar prosseguimento ao plano divino.

A expressão “desde os tempos antigos” é traduzida como “desde a eternidade” em Habacuque 1.12, aplicando-se ao próprio Deus (“cf. “Deus eterno” — Dt 33.27). Miqueias aprendeu certamente que a origem do governante era muito anterior à sua futura vinda profetizada.

Uma pessoa mais que humana estava envolvida.

João 1.9–10

A saber, na verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.

Nesse evangelho, os termos “verdade” e “verdadeiro” são empregados com frequência para significar o que é eterno ou celestial, em oposição ao meramente temporal ou terreno. Ver notas em 4.24; 6.32.

Mateus 1.18-25

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.

Nos dias de José, o noivado era quase tão obrigatório quanto o casamento, e a infidelidade durante o noivado tornava o divórcio virtualmente obrigatório.

Deus comunicou a José uma revelação especial através de sonho (também 2.13, 19, 22), aos magos (2.12) e à esposa de Pôncio Pilatos (27.19), como fez a personagens do AT, tais como José, filho de Jacó (Gn 37.5-11; 40.5-19; 41.1-36).

Jesus é o equivalente grego a “Josué”, que significa “Javé é a salvação”, ou “Javé salva”. Às vezes, uma forma abreviada do nome de Deus é usada em nomes (p. ex., em Elias, Isaías, Josué).

A concepção de Jesus por uma virgem (ver nota em Isaías 7.14) é miraculosa, anunciando que Deus está presente com seu povo e logo os redimirá. Essa citação é a primeira das muitas referências ao AT usadas por Mateus para mostrar que Jesus cumpre o AT (2.6, 15, 18.23 e notas). Em todo o evangelho, há doze fórmulas desse cumprimento, e mais de cinquenta citações do AT. Ver nota teológica “O Nascimento Virginal”, na p. 1782.

Lucas 1.26–33

No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.

Ser desposada é mais forte que um compromisso moderno, ou seja, praticamente uma forma de casamento. O casal não vive junto nem consuma sua união, mas se faz necessário um divórcio para a interrupção da relação. Ver Mateus 1.18, 19 e nota teológica “O Nascimento Virginal de Jesus”.

Maria sente-se humilhada e perplexa pelo fato de o anjo lhe dizer que ela é “favorecida” (uma tradução correta da palavra algumas vezes equivocadamente traduzida por “cheia de graça”). A palavra indica que Maria recebeu graça, e não que ela seja a fonte de graça para outros. De modo que o “favor” que Maria encontrou junto a Deus (v. 30) é novamente graça — bondade imerecida. 

O nome Jesus significa “Javé é salvação”.

Jesus será chamado por seu Pai “o Filho do Altíssimo” (1.35; 3.22; 9.35) e também pelos demônios, que bem conhecem sua verdadeira identidade (8.28).

Lucas aponta para o Messias como descendente de Davi (2Sm 7.12-16; Sl 89.29; Ver At 2.28-36).

O reino que não tem fim é o reino de Deus, sobre o qual o Messias (Is 9.6, 7), que é o Filho do Homem, reina eternamente (Dn 7.14).

Lucas 2.10–11

O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

Títulos surpreendentemente gloriosos são aplicados a esse menino recém-nascido. Jesus é chamado “Salvador” somente duas vezes nos evangelhos (também Jo 4.42; cf. At 5.31; 13.23). Os imperadores romanos comumente atribuíam a si mesmos o título de “salvador”, mas o Deus de Israel insiste em que ele é o único Salvador (Is 43.3, 11; 45.21; cf. At 4.12).

“Cristo” significa “Messias”, enquanto “Senhor” é regularmente usado na Septuaginta para o nome do Deus da aliança. “Senhor” já havia sido aplicado implicitamente a Jesus na descrição que Gabriel faz do ministério preparatório de João (Lc 1.16, 17).

Lucas 1.50–52

A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem. Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos. Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes. 

Esses atos de Deus não estão necessariamente ou somente no passado. O fato de Deus tê-la escolhido, na insignificante Nazaré da Galileia (v. 26), para gerar e levantar seu Filho mostra que o sistema do mundo exemplificado no impiedoso governo de Herodes está dando lugar ao infindável reino de Deus (vv. 32, 33). Maria rejeita as ideias aceitas de privilégio para os ricos quando fala do que Deus fará em prol dos pobres (Sl 9.18, nota).

João 1.4–5

A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. 

Outra afirmação da deidade: o Filho, justamente como o Pai, tem “vida em si mesmo” (5.26).

É típico do estilo desse evangelho enfatizar conceitos contrastantes (ver Introdução). Aqui, o plano pode ser visto em termos de uma luta entre as forças da fé e a incredulidade, a luz e as trevas. O tema “trevas prevalecendo” reaparece em 12.35, 36, em que Jesus se identifica como a fonte da luz que dispersa as trevas (ver 3.19; 8.12; 12.35-36a).

Lucas 2.7

E ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.

O nascimento da criança é descrito com simplicidade. “Faixas” eram tiras de pano usadas para enfaixar uma criança. O fato de o menino ter sido deitado numa manjedoura (uma gamela na qual se depositava o alimento para animais domésticos) pode significar que o nascimento se deu em um estábulo. Existe uma tradição que reza que Jesus nasceu em uma caverna, a qual podia ser usada como estábulo. As manjedouras costumavam ficar do lado de fora das portas, sendo possível, assim, que Jesus tenha nascido ao ar livre. Outra possibilidade é que o lugar fosse o lar de uma família pobre, onde, com frequência, animais e humanos habitavam juntos.

primogênito. Os irmãos e irmãs de Jesus nasceram a Maria mais tarde; lemos seus nomes em Marcos 6.3, mas esse título, na cultura judaica, também identifica Jesus como o herdeiro preeminente (Dt 21.15-17; 1Cr 5.1,2; Sl 89.27).

Não haver mais lugar para eles na hospedaria pode significar que o hospedeiro não quis tê-los ali ou que as hospedarias estavam cheias daqueles que voltavam a Belém para o censo. Todavia, o detalhe prefigura a rejeição que o Filho de Maria teria de suportar (ver 9.58; Jo 1.11).

Mateus 2.11

Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.

Jesus já não se encontra mais na estrebaria (cf. Lc 2.7). Essa visita se dá certo tempo depois do nascimento (v. 1), talvez um ano ou mais (cf. v. 16). Embora provavelmente os sábios não compreendessem o pleno valor simbólico de suas dádivas, Mateus as registra para mostrar o cumprimento de algumas passagens do AT em que os gentios trazem suas riquezas ao rei de Israel (Sl 72.10; Is 60.6).

Lucas 2.14

Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.

“A quem ele quer bem” quer dizer literalmente, “povo de bom prazer”, referindo-se ao bom prazer e ao favor misericordioso de Deus. Como Deus recebe glória nos mais elevados céus, onde ele reside, assim os objetos de sua graça recebem paz sobre a terra. Compare os louvores da multidão na “entrada triunfal” de Jesus (19.38).

Este artigo faz parte da série Versículos-chave.

Todas as seções de comentários adaptadas da Bíblia de Estudo da Fé Reformada com Concordância, Editora Fiel.


Autor: Editorial online do Ministério Fiel

Ministério: Editora Fiel

Editora Fiel
A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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