quinta-feira, 19 de dezembro
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Quebrando o Ciclo de Masturbação

Considere o que isso significa para a masturbação. Na mitologia popular, a masturbação é o menor dos dois males: é melhor masturbar-se do que encontrar alívio no sexo extraconjugal.

A Bíblia não fala explicitamente sobre masturbação. No passado, os cristãos costumavam condená-la, mas tornou-se mais comum nos últimos anos sugerir que essa prática pode ser legítima. Talvez os cristãos do passado tenham sido influenciados por visões negativas da sexualidade; por outro lado, talvez hoje sejamos influenciados por psicologias seculares sub-bíblicas. Como a Bíblia não se refere explicitamente à masturbação, devemos ser cautelosos em fazer uma condenação geral. Mas, ao pensar em masturbação, considere o seguinte.

Primeiro, é um pecado fazer sexo com alguém que não seja seu cônjuge, mesmo que esse sexo ocorra apenas em sua mente. O fato é que a masturbação é praticamente impossível sem que se recorra a fantasias sexuais, e você precisa confiar que essas fantasias honram a Deus.

Segundo, a masturbação não alivia a tensão sexual, exceto em uma perspectiva, prioritariamente, de curto prazo. Ela a abastece. Ela reforça pensamentos sexuais e, geralmente, faz com que a tentação volte com mais rapidez e intensidade. Essa é uma das razões pelas quais as pessoas pensam que não conseguem parar de se masturbar. Estão aprisionadas em um ciclo vicioso de desejo, que, na verdade, é reforçado cada vez mais pela liberação temporária da masturbação. Todo ato de masturbação ímpia aumenta o poder da lascívia sobre sua vida. Não resolve nada. De fato, só agrava o problema.

Terceiro, a masturbação não envolve a abnegação, que é parte integrante da relação sexual. Trata-se de uma expressão egoísta do sexo fora da aliança do casamento. Existem exceções a essa regra. A mais óbvia é a masturbação mútua dentro do casamento; outra é quando faz parte de algum tratamento de fertilidade. Mas, na maioria das vezes, é um ato de amor a si próprio.

Na melhor das hipóteses, então, a masturbação é repleta de perigos. Para usar a linguagem bíblica: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1Co 6.12).

Então, faça a si mesmo as seguintes perguntas:

• Minha prática de masturbação envolve fantasias sexuais inapropriadas?
• Estou no controle dessa prática ou estou sendo dominado por ela?
• A prática de me masturbar é benéfica? Fortalece meu casamento? Melhora meu serviço a Deus?
• A prática de me masturbar é algo que eu posso fazer para a glória de Deus?

O fato de você usar pornografia é um sinal claro de que sua masturbação é ímpia e doentia! Evidentemente, está fora de controle e produz frutos nocivos em sua vida.

Você pode estar se masturbando há anos. Pode ter-se tornado a maneira normal de aliviar a tensão, o tédio ou o estresse. A vida sem ela parece inconcebível; seu domínio sobre sua vida parece completo. Mas descobri que muitos homens conseguem parar com a prática da masturbação habitual mais rapidamente do que imaginam. Quando se convencem de que a vida sem masturbação é melhor do que a vida com masturbação, o ciclo virtuoso entra em ação.

Todo ato de resistência fortalece sua determinação para a próxima vez. A santidade vai sendo reforçada. Não há soluções rápidas, mas os hábitos de pensamento podem ser realinhados tanto quanto os hábitos de ação.

Artigo adaptado do livro Com Toda Pureza: Livres da pornografia e da masturbação, de Tim Chester. Publicado pela Editora Fiel.


Autor: Tim Chester

TIM CHESTER é pastor da Igreja Grace in Boroughbridge, North Yorkshire, Inglaterra. É plantador de igrejas, faz parte do ministério Atos 29, fundador e um dos diretores do Seminário Porterbrook e é autor de mais de 20 livros. Tim é casado com Helen com quem tem duas filhas.

Ministério: Editora Fiel

Editora Fiel
A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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