sexta-feira, 29 de março

Quanto ao vir a Cristo – parte 2

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No estudo anterior, comecei a falar sobre a expressão “vir a Cristo”. O que um pregador tem em mente quando ele diz “vir a Cristo”?

Salientei quatro coisas que “vir a Cristo” não significa:

Não é um ato físico.

Não é um ato puramente mental.

Não é um ato místico não alicerçado na verdade bíblica.

Não é meramente um ato volitivo, tal como votar em alguém.

Jesus não precisa de quaisquer votos, Ele já está no trono.
O Que Significa “vir a Cristo”?

Então, o que significa “vir a Cristo”? A melhor maneira de responder a essa pergunta é afirmar o que está envolvido no “vir a Cristo”.

A primeira coisa envolvida é o reconhecimento da necessidade espiritual. Isso é claramente visto em alguns dos convites graciosos contidos na Bíblia:

Mateus 11.28-29: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”.

Observe: o convite é feito àqueles que estão cansados e sobrecarregados, indicando que eles têm uma necessidade. Jesus não está oferecendo um jugo no sentido literal; está oferecendo descanso para a alma. E achareis descanso para a vossa alma – uma necessidade espiritual.

Isaías 55.1: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”.

Nesta passagem, Ele oferece um convite a almas sedentas – o que indica o reconhecimento de uma necessidade espiritual.

Apocalipse 22.17: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida”.

O último convite da Bíblia é feito àqueles que desejam água, ou seja, pessoas sedentas . pessoas que reconhecem sua necessidade espiritual.

Uma segunda coisa presente no “vir a Cristo” é a revelação de Cristo ao coração, como sendo o Único adequado para suprir a necessidade. Ele precisa ser revelado ao coração, pelo Espírito Santo.

Diversas vezes me perguntaram: “Qual o maior problema no cristianismo dominical?” Minha resposta é a seguinte: “Uma multidão de pessoas que se reúne na igreja tentando adorar um Cristo não revelado”. Cristo precisa ser revelado ao coração, por intermédio da Palavra e do Espírito.

Deixe-me salientar essa verdade com alguns textos bíblicos:

Mateus 16.13-17: “Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”. Cristo teve de ser revelado de maneira sobrenatural a Pedro.

Gálatas 1.15-16: “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue”. Cristo foi revelado a Paulo.

Mateus 2.11: .Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram.. Aquele bebê, aos olhos humanos, tinha a aparência de Deus, para ser adorado? Cristo precisou ser revelado ao coração dos sábios, pelo Espírito.

Então, uma segunda coisa presente no “vir a Cristo” é: Ele precisa ser revelado pelo Espírito Santo. Uma revelação sobrenatural: o cristianismo é uma religião sobrenatural.

Uma terceira coisa envolvida no “vir a Cristo” é um compromisso com Ele, sem reservas, como o Único que pode satisfazer essa necessidade da alma. Qualquer coisa menos do que isso torna uma pessoa estranha a Cristo e à verdadeira religião salvadora.

Ah! Quando alguém reconhece sua necessidade espiritual, e Cristo é revelado ao coração como o Único que pode satisfazer essa necessidade, resultando em um irrestrito compromisso com Ele, tal pessoa terá (1) algo a confessar, (2) um desejo de confessá-Lo e (3) alegria ao confessá-Lo. Essa verdade deveria explicar porque não equiparamos o “vir à frente” em um culto de domingo à noite com o “vir a Cristo”.

Perigos e Erros do Sistema de Apelo

O .Sistema de Apelo. está cheio de erros e perigos. A ênfase desta expressão se encontra na palavra .sistema.. Não falei .convite.. Se os pregadores não convidam os pecadores a virem a Cristo, deveriam abandonar o ministério. Existe uma tremenda diferença entre o convite bíblico e o .Sistema de Apelo..

1. Por não esclarecerem o convite, os pregadores inadvertidamente instituíram um sistema ou uma condição para a salvação que, além de não ser encontrada na Bíblia, jamais foi praticada ou aprovada por Cristo e seus apóstolos. A confissão pública não é uma condição para a salvação; pelo contrário, é um resultado da salvação.

2. A chamada para .vir à frente. (ou “levantar uma das mãos”) não é um mandamento divino, e sim um mandamento criado pelo homem. Muitas vezes, aqueles que vão à frente são levados a crer que fizeram algo recomendável diante de Deus. Vir à frente não é algo que Deus ordenou. Já ouvi pessoas sendo agradecidas por virem à frente, enquanto falsamente imagina-se estarem desobedecendo a Deus aqueles que não vieram à frente. Contudo, Ele jamais ordenou tal coisa; tampouco existe qualquer relato disso em toda a Bíblia – ou na igreja, em seus primórdios.

O sistema produz falsa segurança. “Agora que eu fui à frente, estou salvo”. Quantas vezes já ouvi isso! Mas esta não é a base bíblica da segurança. Esse sistema também produz, freqüentemente, uma culpa falsa naqueles que não vão à frente.

3. Existe o terceiro perigo de igualar o “vir a Cristo” com o “vir à frente” da igreja. Isso tende a enganar as pessoas. É comum ouvirmos expressões do tipo .ele foi à frente para ser salvo., ou “se eles tivessem cantado mais uma estrofe, eu teria respondido ao apelo”, ou “eu não pude esperar até o próximo culto, na noite seguinte, para ser salvo”. Já ouvi isso inúmeras vezes. É um comentário acerca daquilo que está sendo ensinado às pessoas.

Em certa ocasião, um diácono me disse que os pecadores viriam a Cristo, se eu escolhesse outro hino na hora do apelo.

O Espírito Santo ausenta-se do culto quando a última estrofe do hino é cantada? Espero que não! Se for, desisto de pregar e do próprio cristianismo.

1 João 2.23 assevera: Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai.. Isso não é um ato físico. Você pode fazê-lo em seu lugar, não movendo sequer os olhos.

4. O quarto perigo do sistema de apelo é a inevitável confusão na consciência daqueles que não foram à frente, quando convidados pelo pregador. Em geral, eles ficam com a impressão de que se rebelaram contra Deus, quando a verdade é que não se rebelaram de maneira alguma. Esta falsa idéia de igualar o .vir a frente. com o .vir a Cristo. tem produzido o maior recorde de estatísticas já computado na igreja ou nos negócios! O sistema é responsável por estatísticas enganosas. Falsifica o papel do pregador ou do evangelista. .Ele tem conseguido decisões?. .Quantas foram as decisões naquela reunião?.

5. Outro erro produzido por esse sistema é uma errônea apresentação da fé. A fé é representada como algo a ser feito, para se obter salvação. Sou zeloso pela expressão .somente pela graça., e não por um ato físico. Quero cantar .Maravilhosa Graça., e não .Maravilhosa Decisão. (ir à frente)!

Em que consiste a fé? Explicá-la não é a tarefa do pregador. O alvo do pregador é deixar claro o objeto da fé, Jesus Cristo. O pregador não é chamado por Deus para explicar o ato da fé. 

O Exemplo de Jesus Cristo

Consideremos o primeiro convite feito por nosso Senhor (suplico a Deus que todos os pregadores evangelistas sigam o exemplo dEle).

Mateus 11.28-30 .Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve..

Preciso destacar o contexto desse convite em particular. Jesus estava dirigindo estas palavras a pessoas de Cafarnaum, onde Ele havia pregado com freqüência e realizado poderosas obras – onde havia proferido os pesarosos “ais” da lei, assim como em Mateus 11.23: “Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje”. Jesus estava falando claramente de um lugar em que Ele e sua pregação haviam sido rejeitados (Mt 11.22, ss.). O que Ele fez neste lugar, sob essas circunstâncias? Observe três coisas:

1. Ele orou (v. 25): “Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas cousas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos”. Veja novamente a ênfase sobre a Palavra revelada. O relato de Lucas afirma: “Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo”.

2. Ele fez uma tremenda reivindicação a respeito da soberania de Deus (v. 27): .Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar..

3. Ele fez um convite (vv. 28-30): .Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.. Ele não estava procurando uma decisão física. Por favor, observe as palavras .aprendei de mim..

O evangelho é freqüentemente retratado como algo a ser aprendido. Portanto, os pecadores precisam ser ensinados. Em seu convite, Jesus Cristo (Mt 11.28-29), nosso grande Senhor-Mestre, disse: .Aprendei de mim..

Nosso Senhor deixou isso muito claro na Grande Comissão. Aprendemos a mesma coisa de seu exemplo, encontrado no evangelho e nas instruções dEle . Ide, portanto fazei discípulos de todas as nações. (Mt 28.19); e, novamente: “Ensinando-os”… (Mt 28.20). Ele não afirmou: “Ajudando-os a fazerem decisões”, mas: “Ensinando-os”. Jesus .percorria as aldeias circunvizinhas, a ensinar. (Mc 6.6). .Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. (Mc 6.34). O que Ele fez? Apelou por decisões? Não! De forma alguma! Começou a ensiná-los. “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando” (Mt 4.23).

Pense em nosso Senhor, depois da ressurreição, no caminho de Emaús (Lc 24). O que Ele fez? Abriu as Escrituras (Lc 24.25-27) e o entendimento dos discípulos (Lc 24.16,31,45). Desde o primeiro versículo do livro de Atos, aprendemos o método de evangelização de nosso Senhor . .Todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar. (At 1.1).

Ele jamais fez um apelo direto às emoções ou à vontade das pessoas, sem antes haver instruído as suas mentes.

Esta é uma lição que muitos pregadores e evangelistas precisam aprender. Antes de qualquer outra coisa, um apelo direto precisa ser feito à mente e à compreensão. Então, através destas, apelamos às afeições e à vontade. O evangelho é uma mensagem que contém informação; portanto, precisa ser comunicado por palavras definíveis. O evangelho contém informação e tem de ser explanado e aplicado pela Palavra, com poder. “Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1 Ts 1.5).

O Manual Sagrado de Evangelismo

Consideremos agora o livro de Atos, o manual sagrado de evangelismo, onde encontramos os apóstolos utilizando o mesmo método. .Logo ao romper do dia, entraram no templo e ensinavam. (5.21).

Nós os encontramos no templo evangelizando. Qual foi o método deles? .Ensinando o povo. (5.25).

De que maneira evangelizavam em Jerusalém? “Enchestes Jerusalém de vossa doutrina” (5.28).

Paulo e Barnabé estiveram evangelizando em Antioquia durante um ano todo. Qual o método que utilizaram? .E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. (11.26). Por favor, observe: não há uma menção sequer de pessoas se decidindo aqui ou em qualquer outra parte do livro de Atos.

Em Derbe, eles usaram o mesmo método – pregando e ensinando (14.21) . fazer discípulos. Fazemos discípulos, ao ensiná-los.

Em 15.35, novamente eles utilizaram o mesmo método: ensinando e pregando.

Paulo trabalhou em Corinto durante um ano e seis meses, evangelizando. Como? “E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus” (18.11).

Em Atos 8, temos um exemplo de evangelismo pessoal. Felipe estava evangelizando o tesoureiro etíope. Observe, por favor, o método de Felipe e a total ausência de “decisionismo”. Sim, houve uma decisão, mas não “decisionismo”. Felipe explicou as Escrituras! Esse foi o método que nosso Senhor, Pedro e Paulo utilizaram – ensinando, instruindo a mente. Em seguida, veio a decisão de confessar através do batismo o que havia acontecido no coração. A mente do tesoureiro etíope fora instruída, suas afeições moveram-se em direção a Cristo, e sua vontade respondeu à verdade que lhe veio à mente e ao coração.

O grande apóstolo disse ao jovem Timóteo: Faze o trabalho de um evangelista. (2 Tm 4.5). De que maneira Paulo instruiu que ele o fizesse? Não saindo por aí e levando pessoas a decidirem algo que não entendem bem. Sim, existe uma decisão envolvida no processo de fazer discípulos. Mas Paulo ensinou Timóteo a utilizar o método centralizado em Deus. E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. (2 Tm 2.2).

Timóteo sabia como ele mesmo havia chegado à salvação: E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. (2 Tm 3.15). Ele recebeu o ensino das Sagradas Escrituras.

Aprendemos nossos métodos a partir da Grande Comissão: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações. (Mt 28.19). A expressão fazer discípulos é mais uma referência ao produto do que ao método de produzir. Entretanto, o método de produzir discípulos é ensinar.

Apelo continuamente ao método do Senhor e dos apóstolos, conforme o encontramos nos evangelhos e no livro de Atos. Seria maravilhoso para todos os que se engajam no evangelismo, se abrissem suas Bíblias no livro de Atos e o estudassem tendo em mente algumas das questões importantes a respeito de seu conteúdo.

1. Qual foi a mensagem dos apóstolos? (Estude os sermões e as conversas que eles tiveram com os não-convertidos para obter a resposta.)

2. Que método eles utilizaram ao lidar com o não-convertido?

Um homem sincero, com sua Bíblia aberta, descobrirá algumas coisas referentes ao modo como os apóstolos apresentaram Jesus Cristo aos homens pecaminosos. Eles anunciavam a Cristo de tal maneira que, através do poder do Espírito Santo, os pecadores eram reconciliados com Deus, por intermédio de Cristo. Os apóstolos ensinavam o evangelho de modo que os pecadores recebessem a Cristo como seu Salvador – libertando-os do pecado e suas conseqüências – e servi-Lo na comunhão da igreja.

Os Convites do Evangelho são Estendidos a Todos

Os convites do evangelho, embora dirigidos a todos, são variados:

1. Homens que são inimigos de Deus são convidados: “Rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2 Co 5.20).

2. Homens de corações empedernidos são convidados – Deus haverá de lhes tirar “o coração de pedra” e lhes dar um “coração de carne” (Ez 36.26).

3. Homens que vivem deleitando-se alegremente ou correndo loucamente para o caminho que conduz à morte são convidados – Deus os chama a converterem-se: “Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer?” (Ez 33.11)

4. Homens que estão dormindo o sono da morte são convidados. Deus os chama: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará” (Ef 5.14).

5. Homens que estão famintos são convidados. Deus lhes fala acerca do pão que veio do céu. “Vinde” e comei. (Is 55.1).

6. Homens que estão sedentos também são convidados. Deus os chama à água da vida, para que jamais tenham sede. “Vinde a mim” – onde Ele está? Não em algum lugar geográfico. Onde Ele está? Mais próximo de você do que o púlpito à frente de uma igreja. Mais próximo do que a ponta de seus dedos. Ele está à porta de seu coração . seu ser mais interior. Ele está onde quer que haja uma lágrima de arrependimento, um soluço de tristeza produzido por Deus. Ali Ele se encontra.

Onde quer que exista uma oração sincera – ali Ele está. Onde houver um desejo sincero de orar – ali estará Jesus. Ele está onde você está – pronto, capaz e disposto a dizer: “Perdoados são os teus pecados”.

A Necessidade de Vir a Cristo Agora

Venham, como a pobre mulher siro-fenícia – em humildade. Tudo que ela desejava eram as migalhas que caíam da mesa – um quadro de humildade. Ele está ali.

Venham clamando como o pobre cego Bartimeu – “Jesus, filho de Davi tem compaixão de mim!” A multidão lhe disse: “Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama”. Bartimeu lançou fora a sua capa, para que nada pudesse impedi-lo – tudo que ele queria era receber a visão. E ele ouviu Jesus dizer: “Vai, tua fé te salvou”.

Desejo convidar todos que ouvem essas palavras a virem. Sim, se você está fora do caminho – convido-o a vir. Venha a Cristo.

Gosto muito da palavra “vinde”. Para mim, ela parece cheia de graça, misericórdia e encorajamento. “Vinde, pois, agora”, diz o Senhor através do profeta, “e arrazoemos” ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve. (Is 1.18).

“Vem” é a última palavra da Bíblia dirigida aos pecadores . “O Espírito e a noiva dizem: Vem!” Vem é a palavra de convite misericordioso. Ela parece dizer: “Eu quero que você escape da ira vindoura. Estou disposto a ajudar, para que ninguém pereça. Não tenho prazer na morte do ímpio. Então, venha a Mim”.

“Vem” é uma palavra de expectativa graciosa. Parece afirmar: .Estou esperando por você. Eu me assento no trono de misericórdia, esperando que você venha. Espero para ser gracioso. Portanto, venha a mim..

“Vem” é uma palavra de encorajamento bondoso. Ela parece dizer: “Tenho tesouros para dar-lhe, se você simplesmente quiser recebê- los. Então, venha a mim”.

Meu querido amigo, peço-lhe que ouça essas palavras e guardeas em seu coração. Imploro em nome do Mestre. Estou escrevendo como um embaixador. Rogo-lhe que venha e seja reconciliado com Deus. Peço-lhe que venha com todos os seus pecados, não importa quantos sejam. Se vier a Jesus, Ele os removerá. Se esperar, a oportunidade passará, a porta de misericórdia será fechada, e você morrerá em seus pecados. Venha agora. Venha a Jesus Cristo agora.

Você pode freqüentar à igreja, participar da ceia do Senhor, dirigir-se ao pastor e, assim mesmo, não estar salvo. Vir ao Salvador é realmente necessário . vir à Fonte e lavar-se no sangue da expiação. A menos que você faça isto, morrerá em seus pecados. E, como Joseph Hart o afirmou corretamente em seu hino:

Vem, pecador pobre e infeliz,
Fraco e machucado, doente e entristecido;
Para te salvar, Jesus espera, amoroso,
Cheio de misericórdia, bondade e perdão;
Para te salvar, Ele é todo-poderoso.
Vem, necessitado, e sê bem recebido.
Com verdadeira fé e arrependimento,
glorifica o dom gratuito de Deus;
Sem dinheiro, vem a Jesus e compra
as graças dEle para aproximar-Se dos seus.
Vem, cansado e sobrecarregado,
pela Queda ferido e arruinado.
Se demoras, até que melhor te tornes,
a Jesus nunca virás.
Não aos justos, não aos justos,
E sim aos pecadores veio Jesus chamar.
Não te faça retardar a consciência,
nem os teus sonhos sem fundamentos.
Ele exige que percebas: dEle tu precisas tanto.
E para isto Ele provê o meio:
O brilho esclarecedor do Espírito Santo.
Oh! O Deus encarnado, que subiu aos céus,
pleiteia os méritos de seu sangue.
Entrega-te totalmente a Ele e a nenhum outro Senhor
Pois somente Jesus e tão-somente Ele
pode tornar bom o mau e pobre pecador.


Autor: Ernest Reisinger

Ernest Reisinger (1919 - 2004), um pastor batista reformado, ajudou a lançar o fundamento do que se tornou o Founders Ministries, ministério que busca trazer os Batistas do Sul de volta a seus princípios reformados. Ele deu início ao Jornal Founders, em 1990, do qual permaneceu como Editor Associado até a morte. Foi convertido aos vinte e poucos anos, fez sua profissão pública de fé em uma reunião do Salvation Army e, em 1943, foi batizado na Southern Baptist Church, em Havre de Grace, Maryland. Apesar de ser um batista, Reisinger teve uma estreita associação com os pedo-batistas, participou de uma Escola Dominical Presbiteriana e tornou-se membro de uma igreja pedo-batista em Carlisle, Pensilvânia, antes de ser batizado. Mais tarde, em 1946, Reisinger foi comissionado pelo Presbitério de Carlisle como um “pregador leigo”. Apesar de sua precoce filiação com o presbiterianismo, na década de 1950, ele ajudou a estabelecer a Grace Baptist Church, em Carlisle, Pensilvânia. Com o passar do tempo, a igreja de Carlisle decidiu que Reisinger deveria ser ordenado a pastor. Em 1971, Reisinger foi ordenado em um culto ministrado pelo popular Dr. Cornelius Van Til, do Seminário Westminster. Reisinger serviu como pastor em Islamorada e Pompano Norte, na Flórida. Estas eram Igrejas Batistas do Sul e, na década de 80, aproximadamente, Reisinger trabalhou na recuperação das doutrinas da graça desta denominação.

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