Faça tudo o que quiser: pecado Deus perdoa!
Fumar, beber, transar antes do casamento, casar-se com quem não teme ao Senhor e sair na balada com a galera no sábado à noite não são coisas necessariamente erradas. Podem ser erradas para você, mas não ser para outros. Afinal de contas, cada um sabe de sua própria vida e tudo é relativo.
Tenho quase certeza que você já ouviu isso de alguém. Escandalosamente, o cristianismo está cheio de gente que pensa assim. Pessoas que não aceitam a autoridade de quem as governa, de quem as preside, a autoridade de seus pais e a de quem as pastoreia. Aliás, até mesmo a autoridade da Bíblia é questionada. Vivemos em um tempo quando, muito mais do que o relativismo cultural e moral, tem crescido a ideia de que a autoridade sobre sua vida é você mesmo. Isso é um absurdo. Se algo não acontecer, em breve viveremos um tempo insuportável, quando seremos todos engolidos pela nossa própria arrogância.
Vivemos em uma época vazia em muitos sentidos. Os buracos na moral, na ética, na honestidade intelectual, na profundidade teológica, são visíveis. Há muito tempo não se vê preocupação com a profundidade e o valor absoluto das coisas. Alguns resumem, de modo infantil, o nosso tempo como um período em que “tudo é relativo”.
O absurdo dos que pensam que ‘cada um tem sua verdade, cada um interpreta a Bíblia como melhor a entende’, nasce do pressuposto de que a verdade é relativa. Muitos já têm satisfatoriamente demonstrado a imbecilidade de tal afirmação. Se a verdade é relativa, o próprio fato de eu dizer isso torna o que eu digo algo relativo. Logo, você não pode acreditar no que eu digo, tornando minha afirmação em algo que você não sabe se pode confiar ou não. Isso, qualquer criança pensante é capaz de perceber: afirmar que os absolutos não existem já é um absoluto.
O que muitos não são capazes de perceber é que, em nossa relação com o mundo, a Bíblia diz que somos livres em Cristo para fazer tudo o que quisermos, mas que nem tudo nos convém fazer. Por quê? Seria tão bom desfrutarmos das coisas boas do mundo sem termos nossas consciências queimando por conta dos versos proibitivos. Seria tão bom se fizéssemos tudo e não tivéssemos que nos preocupar com o fato delas serem pecado. Mas, são pecado? Se somos livres em Cristo e a Bíblia não proíbe, por que as chamamos de pecado?
Pois bem, amigos. A Bíblia é muito clara quanto a descrever os detalhes de nossa relação com o mundo. Se, por um lado, ela não proíbe a ingestão alcoólica, a utilização de drogas ilícitas, fumar cigarros, sair para a balada, etc., isso não significa que ela autoriza você a fazer todas essas coisas. Onde está o seu bom senso? Onde está seu zelo em fugir da aparência do mal? Onde está sua preocupação com seu próximo? Enfim, para onde você está levando a sua vida, vivendo de modo totalmente relax?
Quero apenas destacar os quatro pontos que desenvolverei no próximo artigo desta série:
1) Entre nós e o mundo, está Deus;
2) Entre nós e o mundo, está o próximo;
3) Entre nós e o mundo, estão as leis;
4) Entre nós e o mundo, está o bom-senso.
Enquanto não nos encontramos no próximo artigo para continuarmos a refletir sobre isso, medite nestes quatro pontos. Tenho certeza que, em devoção e meditação perante o Senhor, você será guiado para fora de muita coisa que hoje faz parte de sua vida. Deixe que Deus continue a libertar você das amarras que, talvez, ainda estejam te impedindo de crescer em santidade.