sexta-feira, 13 de dezembro
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7 temores mortais: desemprego

Às vezes me preocupo com perder meu emprego. Quer dizer, eu trabalho duro, mas nunca se sabe, não é mesmo? Talvez nossa organização não consiga recursos o suficiente. Ou talvez as necessidades da organização venham a mudar.

Ou até mesmo — e fico até envergonhado de admitir — enfrentemos um colapso social, como naqueles filmes apocalípticos em que aquele projeto de herói tem que defender a si mesmo e seus dois preciosos filhos com nada mais do que sua perspicácia e uma espingarda, enquanto saqueadores patrulham as ruas incendiadas em picapes cheias de arruaceiros na caçamba. Não, não é uma grande preocupação, mas às vezes me passa pela cabeça.

De maneira mais realista, os governos internacionais poderiam cobrar as nossas dívidas, enfraquecendo o dólar e ruindo a economia. Depois um enorme desastre natural poderia acontecer. Você acha que isso jamais aconteceria?

Não é difícil se preocupar com a perda do emprego quando você está lutando para esticar o contracheque até o fim do mês ou vendo os azulejos do seu banheiro velho caírem um a um. Será que devíamos reformar o banheiro ou economizar o dinheiro? Pergunto-me se ouro é o investimento mais seguro. Mas espera aí, o ouro perdeu valor recentemente. Talvez eu devesse investir em proteção pessoal.

Nossa, que bom que eu vou à igreja, porque a minha mente às vezes voa em direções absurdas. Todo domingo meu pastor abre o Bom Livro e me ajuda a ter pensamentos melhores.

Deixe-me mostrar. Nos últimos meses, meu pastor tem pregado no evangelho de João. Eu faço algumas boas anotações. Sabe o que tem me encorajado quando penso na perda do emprego?

Jesus veio para nos salvar do pecado

Ao ensinar em João 4, meu pastor nos disse que Jesus veio para nos salvar do pecado. Assim como a mulher samaritana que queria água, nós também temos necessidades físicas que devem ser satisfeitas. Jesus se preocupa com essas necessidades, mas o objetivo dele é que todos os sintomas da queda — incluindo sede, doença e até mesmo perda de emprego — nos aponte para a verdadeira doença: o pecado.

Deus permite que coisas ruins aconteçam aos seus filhos – alguém perdendo o emprego, por exemplo. A Bíblia não promete que nunca perderemos nossos empregos. Nós podemos perder. Mas se somos cristãos, sabemos que as coisas que realmente nos devem causar temor — o pecado e a punição de Deus — já foram resolvidas. Nosso futuro está garantido.

Deus demonstra a sua glória através das provações

Quando chegamos a João 9, meu pastor nos ajudou a pensar mais sobre os momentos difíceis na vida. “Coloque-se no lugar dos pais do homem cego”, ele disse. “Imagine viver naquela época e ter um bebê que nasceu cego. Você poderia se perguntar se ele seria capaz de prover por si mesmo, se experimentaria a pobreza, se seria socialmente excluído”.

Como foi reconfortante, então, ouvir as palavras de Jesus: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (v. 3).

Assim como com o homem cego, a Bíblia não promete que não enfrentaremos provações. Mas ela promete sim que Deus manifestará a sua glória através das provações dos seus santos.

Jesus nos preservará

Meu pastor, então, nos levou a uma grande promessa em João 10: ninguém pode tomar das mãos de Jesus as suas ovelhas. Depois ele disse algo interessante: “A Escritura nos apresenta como ovelhas necessitadas. Você pensa em si mesmo como uma ovelha necessitada? Ou você vive de acordo com a fórmula ‘saúde + riqueza = felicidade’?” Essa equação é uma mentira, ele exclamou.

Vou repetir: nós podemos perder nossos empregos. O cristianismo não nos promete o melhor da vida agora, então abandone a falsa religião. Ao invés disso, confie que Jesus nos preservará para si mesmo e pela eternidade.

Tempo e amor perfeitos

Logo na semana seguinte, meu pastor nos ensinou a partir de João 11 que o amor de Deus nem sempre se parece como esperamos que se pareça. Lembra quando Jesus descobriu que Lázaro estava doente? João nos diz: “Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Assim, quando soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”. Como é? Jesus o amava, então o deixou morrer? Bom, pense naquilo que Jesus orou antes de ressuscitar Lázaro; ele fez tudo isso para que as pessoas cressem.

“Veja”, disse meu pastor, “coisas ruins vão acontecer. E quando acontecerem, não tente forçar uma explicação. Reconheça que a vida pode ser difícil, mas depois se levante. Lembre a si mesmo o que você conhece de Deus, e confie que o tempo e o amor dele são perfeitos”.

 

Tradução: Alan Cristie
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel


Autor: Jonathan Leeman

Jonathan Leeman é graduado em Jornalismo, possui mestrado em Divindade pelo Southern Baptist Seminary (EUA) e Ph.D. em Eclesiologia. É diretor de comunicação do Ministério 9Marks.

Parceiro: Ministério Ligonier

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Ministério do pastor R.C. Sproul que procura apresentar a verdade das Escrituras, através diversos recursos multimídia.

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