domingo, 17 de novembro
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pão com velho fermento

Remova o velho fermento

Amados,

Recentemente temos ficado muito preocupados com a disseminação do coronavírus, mas devemos ficar ainda mais preocupados com a disseminação do pecado. A Bíblia compara o pecado ao fermento que se espalha (Lc 12.1). Uma pequena quantidade de fermento tem o potencial para estragar uma massa de pão inteira.

Por esse motivo, o apóstolo Paulo escreve à igreja em Corinto: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1Co 5.7). Consideremos essa verdade eterna para que possamos aplicá-la tanto coletiva quanto individualmente.

Coletivamente

Como se sabe, tivemos que “lançar fora o velho fermento” algumas vezes quando foi necessário remover alguns membros de nossa igreja que continuavam em pecado sem arrependimento. Foram momentos dolorosos para nós, cheios de dor e lágrimas. Mas precisamos reconhecer que alguém que fazia parte do corpo da nossa igreja já não demonstrava evidências claras de ser cristão. Conforme Paulo escreve, a igreja de fato é ázima — sem fermento. Se algum fermento é encontrado na igreja, este deve ser removido antes que comece a permear a “massa inteira”, a igreja. Sou grato porque tivemos a coragem de fazer o que a Palavra de Deus ordena.

Em última análise, remover o fermento velho é um ato de amor para todas as partes envolvidas.

É um ato de amor para os incrédulos que observam a igreja. Quando não aceitamos pecado sem arrependimento em nosso meio, nós nos mostramos como aqueles que de fato foram chamados deste mundo e feitos novos em Cristo.

Foi um ato de amor a Deus, pois demonstramos a disposição de obedecer à sua Palavra mesmo quando é doloroso. Nós representamos a Cristo como seu corpo, então aceitar pecados sem arrependimento seria mentir sobre sua santidade.

Foi também um ato de amor à igreja no todo. Outro tipo de ação — a não ser a disciplina — teria permitido que o pecado se espalhasse. Talvez isso teria tentado cristãos mais novos que podem estar suscetíveis a serem enganados sobre o pecado e seus efeitos destrutivos.

Finalmente, foi uma demonstração de amor pelo membro que disciplinamos. Por quê? Porque nos recusamos que ele ou ela fosse enganado sobre seu estado espiritual. Todo ato de disciplina deve ser feito com a esperança de que levará ao arrependimento e restauração: “a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].” (1Co 5.5). De fato, enquanto escrevo este artigo, lembro-me de como nosso Bom Pastor tem usado esse instrumento para trazer de volta ao nosso rebanho dois membros que passaram pela disciplina.

Nisso tudo entendemos que o “fermento” que estamos removendo não é necessariamente uma pessoa, mas sim o pecado em si. Isso nos ajuda a ver como a ordem de “remover o fermento velho” também pode ser aplicada a cada um de nós individualmente.

Individualmente

Queridos irmãos e irmãs, se estamos comprometidos em arrancar o pecado pela raiz coletivamente, também devemos nos comprometer a fazer isso pessoalmente. A Bíblia nos chama para buscar a santidade e lutar contra o pecado (1Ts 4.7); e para sermos santos, pois nosso Deus é santo (1Pe 1.15). Sim, cristãos são santos. Então, sejamos o que devemos ser. É para isso que Paulo nos chama quando escreve: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento.”

Nunca devemos achar que podemos abrigar um pecado em particular sem que ele se espalhe — vai se espalhar, sim! Vejamos alguns exemplos. Para alguns homens, a pornografia parece ser um pecado pequeno e inofensivo. Mas não vai demorar até que leve a mentiras e promova pensamentos luxuriosos que podem resultar em ação. Ou considere a fofoca. Pode parecer um comentário pequeno sobre outra pessoa. Mas uma vez que se espalha, prejudica relacionamentos, promove falta de confiança e leva a divisões dentro da igreja.

Sendo assim, devemos estar comprometidos em remover o fermento de nossas vidas. Por fim, fazemos isso para honrar nosso Senhor que se entregou por nós. É esse o ponto de Paulo: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.”

Embora isso deva nos motivar a buscar santidade, também nos encoraja quando falhamos. Porque Cristo, o nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado, podemos ter certeza da graça de Deus. Somente Cristo não teve fermento nenhum — ele era puro, sem culpa e santo. E ele tomou nosso pecado para que possamos estar diante de Deus mesmo que ainda sejamos impuros. E nele temos o poder de batalhar contra o pecado até o dia em que seremos transformados à sua semelhança.

Irmão e irmãs, vamos nos livrar do fermento velho do pecado coletivamente através da disciplina corretiva da igreja e individualmente conforme lutamos contra o pecado em nossas vidas pela graça.

Publicado originalmente em 9 Marks.

Tradução: Natalia Molina. Revisão: Vinicius Musselman Pimentel.


Autor: Matthias Lohmann

Matthias Lohmann é pastor de uma igreja evangélica no centro de Munique, Alemanha. É um dos líderes da aliança alemã evangélica Evangelium21.

Parceiro: 9Marks

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O ministério 9Marks tem como objetivo equipar a igreja e seus líderes com conteúdo bíblico que apoie seu ministério.

Ministério: Ministério Fiel

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Ministério Fiel: Apoiando a Igreja de Deus.

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