Transcrição do vídeo
É como perguntar por que alguém que se separou de sua família agora está em perigo; ou por que a ovelha que se separou do rebanho corre perigo; ou por que uma parte do corpo corre perigo ao ser desconectada dele? Ou seja, ser parte da igreja é o que somos; não é apenas algo prático como: “Ei, cristão, junte-se a uma igreja pois será bom para seu crescimento espiritual”.
Embora seja verdade, antes disso, a igreja é algo ontológico; alguns filósofos diriam que é algo identitário, que é o que somos. Não diga que pertence à família se você não está na mesa de jantar com ela. Logo, o perigo do cristão separado da igreja é duplo: primeiro, não fazer parte de uma igreja pode fazer com que nosso discipulado esteja deformado. Esse é o primeiro perigo. O crescimento cristão ocorre na igreja. Nosso discipulado a Cristo deve ser moldado pela igreja.
Considere algum membro conectado ao corpo. Todo o significado de ser um braço existe em conexão com o corpo, e isso vale para o cristão e a igreja. Se, como cristão, você tenta crescer longe da igreja, ficará deformado. O segundo perigo é ainda mais grave, e até mais assustador. Trata-se do perigo da autodecepção. É possível achar que é parte do corpo de Cristo quando, na verdade, não é.
É possível achar que conhece Jesus, que o segue… Mas o apóstolo João diz que não vale dizer que ama Jesus, mas odeia seu irmão; não vale dizer que ama Jesus mas nada tem a ver com os santos, nem quer estar perto deles, deixando que incomodem você, mesmo que você compartilhe a vida com eles. Então, primeiro, o discipulado pode ser deformado, e podemos nos enganar. O cristão carece do corpo de Cristo.
Vídeo do livro Igreja É Essencial, de Collin Hansen e Jonathan Leeman, publicado pela Editora Fiel.