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Deísmo terapêutico e moralista
No início dos anos 2000, vimos surgir o movimento identificado por filósofos sociais como deísmo terapêutico e moralista. Eles perguntaram a 3 mil adolescentes sobre a crença deles em Deus.
Em essência, descobriu-se que os adolescentes creem que há um Deus e ele deseja que sejamos felizes e legais. Ou seja, você não precisa de Deus, a menos que algo impeça esses dois objetivos. Logo, enquanto todos buscarem ser felizes e legais, todos irão para o céu. Caso contrário, não precisamos de Deus.
Essa filosofia, o deísmo terapêutico, evoluiu para o “acredite em si mesmo”. “Você só precisa de si. Enquanto Deus te ajudar a ser feliz e gentil, ótimo.” É claro que todos podem produzir certa felicidade e gentileza, então deixamos Deus de lado. Não precisamos dele, mas apenas acreditar e ditar quem somos, o que queremos e ir rumo a isso.
Prosperidade
É um pouco similar ao evangelho da prosperidade. Quando falamos em evangelho da prosperidade, pensamos naqueles pregadores malucos expulsando demônios na TV. Eles são muito ricos e ostentadores, e a fé deles parece falsa. Não parece em nada com nossa concepção de uma igreja.
Mas, no fundo, eles são bem próximos, pois enxergam Deus como uma espécie de utopia: “Só me faça feliz e rico, pois, por ser cristão, tudo tem de dar certo para mim. Não espero muita dificuldade nem suporto muito sofrimento, pois Deus quer que eu seja feliz e legal, quer que eu acredite em mim”.
Um falso evangelho
Esse evangelho não é o Evangelho. Este é um falso evangelho que se infiltrou em nossas igrejas, principalmente – é o que eu mais vejo e com que mais me preocupo – o ministério feminino e materiais que dizem para crerem em si mesmas, em vez de olharem para o Deus Todo-Poderoso.
É um movimento em que olhamos para dentro, sempre refletindo sobre nossos dons, habilidades e capacidades, pensando: “O que posso fazer? Que impacto posso gerar?”, em vez de perguntar “Quem é Deus? Quem é o nosso bom, belo e verdadeiro Deus? Como é o seu caráter?”.
Estamos sempre preocupados com nosso comportamento. É quase um legalismo: “O que eu posso fazer? Ao fazer isso produzirei aquilo?”, em vez de contemplar o Senhor, nosso Deus.
O Deus de todo o universo criou você e eu, e ele nos fez com um propósito, por ele e para ele, com e para um propósito. Então, quando negligenciamos isso a fim de sermos cristãos felizes e legais, ignoramos a maior verdade de todas, a maior, mais bela e mais profunda verdade disponível para você e eu como mulheres de Deus.