Transcrição do vídeo
Privatizando Jesus
O que temos visto na igreja das últimas décadas – talvez das últimas gerações – é a priorização do aspecto pessoal da fé. Isso não é errado. Nós devemos ter um momento em que nos rendemos ao Senhor pessoalmente, em que nós mesmos recebemos o doce dom gratuito da salvação. Mas acontece que, quando priorizamos esse relacionamento pessoal, também o privatizamos.
Afirmamos: “Seu relacionamento com o Senhor é seu; é privado, não há nada de comunitário. É cada um por si, mesmo no relacionamento com Jesus”. Isso fez com que tivéssemos nosso próprio momento particular, fez com que buscássemos “porções exclusivas” da Palavra de Deus para nós mesmos.
Servindo a quem?
Nós transformamos a Escritura em um livro que tem algo a me dizer. O que a Bíblia tem para me dizer hoje? Também tornamos a igreja um local em que somos clientes que consomem o que querem.
Em vez de perguntar ao Senhor como podemos servi-lo, perguntamos como ele pode nos servir. “Como a igreja e a Bíblia me servirão? Como meu grupo de estudo bíblico me servirá? O que vou ganhar nessa relação com o Senhor?”.
Para Ele
Mas nem a Bíblia nem a igreja funcionam dessa maneira. Somos dele, por meio dele e para ele. Todas as coisas são dele e para ele.
Portanto, quando lemos a palavra de Deus ou estudamos a Bíblia procurando como podemos ser servidos, estamos nos enganando.
Mesmo que seja bom a igreja dar prioridade ao aspecto pessoal da fé, ela parece ter perdido o rumo, tornando-se prejudicial. Nós transformamos em privado o que deveria ser pessoal, o que nunca deveria ser privado.