quinta-feira, 12 de dezembro
Home / Artigos / A mensagem do cristianismo

A mensagem do cristianismo

A palavra “evangelho” descreve a mensagem do cristianismo. Na epístola de Paulo aos crentes de Roma, encontramos uma proclamação detalhada das doutrinas do cristianismo. As grandes verdades da Bíblia estão ali condensadas pelo Espírito Santo em uma das mais profundas obras literárias existentes. Na primeira sentença dessa obra-prima, encontramos a expressão “o evangelho de Deus”. A mensagem do cristianismo é uma mensagem de Deus, visto que Ele é o seu Autor, seu mais importante Assunto e seuIntérprete.

1. O autor do evangelho — Deus, o Pai

Sua Pessoa: O autor do evangelho é incompreensível (Is 40). Ele é o Senhor Deus Todo-Poderoso, que os céus e a terra não podem conter, para quem a terra é menor do que uma pequena poeira na balança. Ele não precisa de nada, e sua imaculada felicidade não pode, de maneira alguma, ser afetada. Aquilo que chamamos de espaço infinito é apenas uma mancha pequena no horizonte do olhar divino. Aquilo que chamamos tempo infinito é, aos olhos de Deus, como o dia de ontem que passou. Ele é sublime em sua glória inatingível, a sua vontade é a lei irresistível de toda a existência, e com essa lei todos os acontecimentos se conformam. Deus é incomparável em majestade e está revestido de poder; a justiça e a retidão são os fundamentos do seu trono. Ele se assenta nos céus e faz o que Lhe agrada (Sl 115.3). Este é o Deus a respeito de Quem dizer que é o Senhor de toda a terra significa falar tão pouco sobre Ele, que equivale a dizer nada.”1 Este é o Autor do evangelho.

Seu plano: O evangelho é boas-novas para o homem caído. Deus poderia ter destruído todo este mundo pecaminoso. Mas o santo Criador decidiu enviar seu Filho unigênito para salvar pecadores. Ele ordenou o evangelho antes da fundação do mundo (1 Pe 1.20). Deus não resolveu salvar o homem por causa de qualquer coisa que havia nele, visto que elaborou o plano de salvação antes mesmo que o homem existisse (Ef 1). A mensagem do cristianismo não é nova, mas se originou na mente eterna de Deus. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, seu companheiro de trabalho, afirmou que a grande origem do evangelho é o propósito e a graça de Deus, “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2 Tm 1.9-10). O Autor do evangelho não é o homem, e sim o Rei santíssimo de todo o universo. O homem não pode entender corretamente o evangelho de Deus, a menos que aceite essa verdade.

2. O assunto do evangelho – Deus, o Filho

Jesus Cristo é a síntese e o conteúdo do evangelho de Deus. Surge, porém, aquela profunda pergunta: quem é Jesus Cristo? Historicamente, Ele era um homem que viveu há cerca de dois mil anos. Ele possuía um corpo físico como qualquer outro ser humano. Nós podemos contemplá-Lo quando seu corpo foi esmurrado, lacerado com o chicote, coroado com espinhos e pregado na cruz do Gólgota. Em seguida, descobrimos que centenas de pessoas O viram, depois que ressurgiu dos mortos (1 Co 15.6). Sim, Jesus Cristo é mais do que um homem da História. Ele é o Filho de Deus — Deus manifestado em carne (Jo 1).

Por que o Deus todo-poderoso se humilhou e tomou sobre Si mesmo a semelhança de carne pecaminosa?

Primeiro: Somos espiritualmente ignorantes e necessitamos de um mestre divino. “Disse, na verdade, Moisés: O Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser” (At 3.22). Cristo é o mestre que precisamos para conhecer a Deus.

Segundo: Sem Cristo, você é culpado e está condenado, necessitando de um Salvador, um Substituto para remover os seus pecados, um grande Sumo Sacerdote para oferecer um sacrifício de expiação suficiente para satisfazer a justiça de Deus. “Este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto de uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu” (Hb 7.24-27). Jesus é o único que pode remover a sua culpa e torná-lo limpo.

Terceiro: Estamos em escravidão e necessitamos de um Rei para nos libertar. Somos governados pelas concupiscências da carne, pelas concupiscências dos olhos e pela soberba da vida; precisamos de um Rei justo que nos liberte e nos governe. Jesus Cristo é esse Rei, que reinará até colocar todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15.25). O evangelho diz: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo” (At 16.31). Creia em Jesus como seu MestreSacerdote eRei. Se você confia em qualquer outra pessoa, e não em Cristo, você tem um falso Cristo, que não é o Cristo da Bíblia.

3. O intérprete do evangelho — Deus, o Espírito Santo

Por que alguns homens inteligentes não crêem em Jesus, conforme Ele é revelado nas Escrituras? Pela mesma razão por que, embora o sol proporcione luz a todos os homens, para que vejam com clareza, alguns não podem ver. O homem é espiritualmente cego e necessita de um intérprete. Você precisa do auxílio divino para ver Cristo. Não é culpa do sol que alguns homens não vêem. O problema está na própria cegueira de tais homens. Espiritualmente, o homem é cego e precisa que os olhos de seu entendimento sejam iluminados (Ef 1.18). Deus tem de resplandecer no coração do homem. “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2 Co 4.6).

Temos de renunciar nossa auto-suficiência como a medida de todas as coisas. Um conhecimento salvífico de Deus não é uma realização humana, e sim um dom de Deus. Ninguém pode vir a Cristo, se o Pai não o trouxer (Jo 6.44). Um erudito contemporâneo disse que o homem “não tem qualquer poder para agradar a Deus. O homem não é capaz de fazer outra coisa, além de permanecer no pecado. Por conseguinte, a salvação do homem tem de ser uma obra que resulta totalmente da graça de Deus, visto que o homem nada pode contribuir para a sua salvação. E qualquer apresentação do evangelho que afirme que Deus manifesta a sua graça para com o homem, não salvando o homem e sim tornando-o potencialmente capaz de salvar a si mesmo, tal apresentação do evangelho precisa ser rejeitada como uma mentira. Toda a obra de salvação do homem, desde o começo até ao final, é uma realização de Deus. E toda a glória da salvação tem de ser tributada a Ele”.2 Você precisa olhar para o Senhor Jesus, e não para si mesmo, a fim de obter a salvação.

O Senhor Jesus disse: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.27-28). Você nunca poderá ter alívio, enquanto não descansar no Senhor Jesus Cristo.

Se você ainda não está descansando em Cristo, recomendo que recorra à misericórdia de Deus, pedindo que o seu Filho revele-se a Si mesmo para você, reconhecendo isto: todo o que o Pai dá a Cristo virá a Ele, e aquele que vem a Cristo jamais será lançado fora (Jo 6.37). Lembre-se de que Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).


Autor: Jim Adams

Ministério: Ministério Fiel

Ministério Fiel
Ministério Fiel: Apoiando a Igreja de Deus.

Veja Também

pregação expositiva

A idolatria à pregação expositiva e a falta de oração

Veja neste trecho do Episódio #023 do Ensino Fiel os perigos da frieza espiritual e idolatria a conceitos, como por exemplo, à pregação expositiva.