terça-feira, 22 de outubro
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O contexto congregacional da liderança da igreja

O papel dos membros

O primeiro tema que precisamos considerar, quando discutimos a liderança bíblica na igreja, é o papel dos membros, a congregação. O que a Bíblia descreve sobre a liderança da igreja sempre pressupõe o contexto congregacional. Décadas e séculos da vida da igreja já foram gastos em controvérsias sobre exatamente quem Deus tencionava que tivesse a palavra final a respeito do que é ensinado e realizado na igreja. Alguns têm dito que devem ser os bispos; outros, que deve ser um bispo, em especial. E outros têm dito que devem ser os pastores ou um corpo que os representa. Ainda outros têm afirmado que deve ser o pastor local e alguns líderes especialmente dotados que Deus levanta na igreja.

Podemos entender a confusão. Se você começar a examinar o Novo Testamento, para saber como organizar uma igreja, não encontrará um manual de organização da igreja; não há uma constituição ideal para uma igreja. Mas isso não significa que a Bíblia não tem nada a dizer a respeito de como nos organizarmos. Uma das passagens mais importantes sobre a vida da igreja é Mateus 18.15-17, onde Jesus disse:

Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.

Observe a quem uma pessoa recorre nessas situações. Que tribunal tem a palavra final? Não é um bispo, um papa ou um presbitério; não é uma assembleia, um sínodo, uma convenção ou uma conferência. Tampouco é um pastor, ou um grupo de presbíteros, uma junta de diáconos ou uma comissão da igreja. É bem simples, é a igreja — ou seja, a assembleia dos crentes individuais que formam a igreja.

Em Atos 6.2-5, lemos sobre um acontecimento da vida da igreja primitiva que é importante para esta discussão. Houve um problema a respeito da distribuição dos recursos da igreja; e esse problema exigia, evidentemente, boa parte da atenção dos apóstolos:

Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a comunidade.

Lucas prossegue citando os nomes daqueles que foram escolhidos para este ministério.

Uma das complexidades de usar o Novo Testamento como guia para estruturar a vida de nossa igreja é a presença dos apóstolos nestas igrejas. Até que ponto nós, presbíteros e pastores da era pós-apostólica, podemos assumir a prática apostólica sendo guias por nós mesmos? Podemos definir a doutrina, descrever o erro ou recordar as palavras de Cristo como os apóstolos podiam, como os que estiveram com Jesus em todo o seu ministério terreno, e que foram ensinados e instruídos por ele e que foram especialmente comissionados por Ele para serem o alicerce da sua igreja? Os nomes daqueles que são hoje presbíteros serão inscritos nos fundamentos da Nova Jerusalém, como estão inscritos os nomes dos apóstolos (Ap 21.14)? A resposta óbvia a todas estas perguntas é não.

Nosso problema com o modelo dos apóstolos é que, se o seguirmos, nós, os líderes de igrejas de nossos dias, atribuiremos muita autoridade a nós mesmos, sem merecermos essa autoridade. Em Atos 6, vemos estes mesmos apóstolos delegando autoridade à congregação. Parece que estavam reconhecendo na assembleia da igreja o mesmo tipo de autoridade final, abaiXo da autoridade de Deus, que Jesus reconheceu em sua afirmação, em Mateus 18.15-17.

Finalmente, para aprender mais sobre a vida da igreja, no Novo Testamento, vejamos as cartas de Paulo. Nestas, encontramos uma continuação do ensino de Cristo e da prática dos apóstolos. Nas epístolas de Paulo, vemos que a disciplina e a doutrina de uma igreja local são confiadas, sob a autoridade de Deus, à responsabilidade da igreja. A disciplina e a doutrina são responsabilidade final da igreja, sob a autoridade de Deus.

No que concerne à responsabilidade pela disciplina, veja como Paulo exortou toda a igreja de Corinto:

Seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus (1Co 3.3-5).

Paulo instruiu toda a igreja — não apenas os líderes — a tomar uma atitude. De fato, ele ficou desnorteado com toda a igreja — não apenas com os líderes — pelo fato de que ainda não havia tomado uma atitude e tolerava aquele pecado.

Em 2 Coríntios 2.6, encontramos algo a respeito de como esta igreja respondeu às orientações de Paulo. Aparentemente, um homem que cometera um pecado horrível (talvez seja o mesmo homem ao qual Paulo se referiu em 1 Coríntios) se arrependeu. Mas observe como Paulo descreveu a decisão que eles haviam tomado: “Basta-lhe a punição pela maioria” (2 Co 2.6). A palavra grega parece presumir, literalmente, que deve ter havido certo número de pessoas e que a maior parte deste grupo de pessoas tomou a decisão. Talvez você já ouviu alguém dizer que o Novo Testamento não contém nenhum registro de votos. No entanto, eis aqui uma passagem em que parece ter havido votos (uma “maioria”). Paulo sabia que esta congregação de Corinto era capaz de disciplinar a si mesma.

Paulo acreditava que as igrejas locais tinham a responsabilidade final até sobre o ensino que ouviam. Em Gálatas, Paulo saúda os crentes e apresenta uma oração em favor deles (vv. 1-5) e diz:

Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema (Gl 1.6-9).

Em toda esta carta aos crentes da Galácia, Paulo estava lhes dizendo que tinham a responsabilidade de corrigir a mensagem que lhes era apresentada por outros. Paulo disse que a mensagem que eles estavam ouvindo não era o evangelho. Portanto, Paulo disse que eles tinham de assumir a responsabilidade de rejeitar a mensagem e aqueles que a pregavam.

É importante que, ao combater este falso evangelho, Paulo não escreveu somente aos pastores ou presbíteros, ou ao presbitério, ao bispo, ao sínodo, à convenção ou ao seminário. Não, Paulo escreveu às igrejas. Ele escreveu aos cristãos que formavam as igrejas e conheciam, em sua vida, o poder do evangelho. É por isso que os membros da congregação devem ser aqueles que nasceram de novo. O Espírito de Cristo é necessário para habitar no corpo de Cristo. O Espírito guia a igreja, mas somente quando a igreja é composta daqueles em quem o Espírito habita.

Paulo lhes dirigiu um apelo e deixou bem claro não somente que eles eram capazes de julgar uma mensagem apresentada como evangelho, mas também que eles tinham de fazer isso. Se em algum tempo, alguém foi àquela igreja e pregou algo que chamou de “evangelho”, a congregação tinha uma decisão a tomar. Tinham o dever irrevogável de julgar até aqueles que se declaravam apóstolos.

Paulo deixa isto bem claro em 2 Timóteo, onde aconselhou a Timóteo, o pastor da igreja de Éfeso, a respeito de como lidar com os falsos mestres. Quando Paulo descreveu a chegada de uma onda de falsos mestres à igreja, ele não fez menção apenas dos próprios mestres. Paulo culpou particularmente aqueles que se cercam “de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2Tm 4.3). Se você está em uma igreja em que o evangelho não está sendo pregado, espero que você receba novamente deste versículo um forte senso de sua responsabilidade.

Quer em escolher os pastores, quer em orar por eles, ou aprovar seu ensino ou somente em ouvi-los repetidas vezes, com alegria, a congregação que Paulo visualizou neste versículo era culpada por tolerar e patrocinar o falso ensino. Eles deviam ser considerados tão culpados como aqueles que ministravam a falsa doutrina. Vemos novamente que a responsabilidade final pertencia à congregação.

Você já ouviu um sermão que era tão ruim, que você desejou ir embora? Uma vez deixei um sermão, e sai fazendo barulho, porque acreditava que a mensagem era terrivelmente destrutiva ao evangelho e, por isso, não devia ser tolerada. Eu não queria que minha presença física, assentado e de lábios fechados, encorajasse alguém a ouvir aquele pregador (Ele estava contradizendo de modo direto a doutrina do pecado original).

Se você ouvir lixo sendo apresentado como a Palavra de Deus, você será considerado responsável por isso. De fato, se você se assenta e ouve meu ensino, você terá alguma responsabilidade por isso.

Toda igreja local, na cristandade — desde a Igreja Ortodoxa Grega à igreja pentecostal, desde o catolicismo ao movimento batista, desde os episcopais aos luteranos, desde os presbiterianos aos metodistas — é congregacional por natureza. Existem somente enquanto as pessoas continuam a frequentar suas atividades. Quando as pessoas votam — quer em uma assembleia da igreja ou (onde isso não é permitido) com seu dinheiro — os líderes da congregação têm de ouvir. Não têm de concordar, mas têm de ouvir. A congregação tem a sua palavra de decisão. Isto é um fato simples; é como a lei da gravidade. É a maneira como acontece.

Além da simples inevitabilidade do congregacionalismo, a congregação tem uma poderosa responsabilidade que deve ser reconhecida, estimulada e cultivada. Como uma congregação, somos responsáveis por cuidar para que tenhamos ensino correto. Em nosso pacto da igreja, em Capitol Hill, prometemos que trabalharemos para nos assegurar de que manteremos um ministério fiel e evangélico. Temos a responsabilidade de nos assegurar de que Deus será honrado entre nós, ao mantermos a correta pregação de sua Palavra entre nós. Seus mandamentos são obedecidos, e seu caráter é refletido em nossas vidas, em conjunto. Esta é a responsabilidade de nossa igreja e de toda igreja local ao redor do mundo.

Visto que somos igrejas congregacionais, temos de tomar decisões juntos, como o fizeram os primeiros discípulos, a respeito da disciplina e da doutrina. Isto significa que o congregacionalismo é o mesmo que democracia? Em alguns aspectos, sim, uma vez que o demos, ou seja, o povo, toma as decisões. Mas uma igreja não é uma democracia no sentido estrito da palavra, porque existe nas igrejas um reconhecimento comum de nosso estado caído, de nossa tendência para o erro e, por outro lado, da inerrância da Palavra de Deus.

Não creio, com certeza, na inerrância dos votos da congregação. Antes de vir a ser o pastor da igreja em que agora sirvo, falei abertamente com seus membros, dizendo-lhes que, se viesse a assumir aquele pastorado, precisava saber que não estava trabalhando para eles, e sim para Deus. Eles poderiam dizer ao pastor que fizesse isto ou aquilo, mas o pastor não se enganaria tomando essas sugestões da igreja como, necessariamente, a orientação de Deus.

Como líderes e congregação, nos esforçamos pela unidade do Espírito, no vínculo da paz; trabalhamos juntos em favor do que cremos ser o melhor para a igreja. E trabalhamos juntos, enquanto nossa compreensão da Palavra e da vontade de Deus estão em harmonia — “em sintonia” uma com a outra — para fazermos aquilo.

O congregacionalismo é o mesmo que democracia? Embora congregacionalismo e democracia tenham similaridades importantes e princípios comuns, a resposta simples tem de ser não, não completamente. Talvez a Declaração de Cambridge, de 1648, contenha a melhor afirmação sobre isso:

O governo da igreja é uma combinação de governos (e assim tem sido reconhecido muito antes de ouvirmos falar do termo Independência). No que diz respeito a Cristo, o Rei e Cabeça da igreja, ao Soberano Poder que reside nele e é exercido por ele, o governo da igreja é uma monarquia. No que diz respeito ao corpo, à irmandade da igreja, e ao poder de Cristo outorgado a eles, o governo da igreja parece uma democracia. No que concerne aos presbíteros e ao poder confiado a eles, o governo da igreja é uma aristocracia.[i]

Como indivíduo, isto significa que você tem de assumir a sua parte ativa na igreja, não somente frequentando-a, orando por ela e contribuindo financeiramente (embora deva fazer tudo isso), mas também, acima de tudo, conhecendo ativamente os membros de sua igreja. Deve orar pela lista daqueles que não entraram em um pacto para servir a Deus. Deve ouvir os outros membros do corpo testemunhando o que Deus tem feito por eles ou conhecer suas preocupações — e orar por eles. Você tem de compreender que parte de sua obrigação e privilégio como membro da igreja é conhecer os outros crentes e tornar-se conhecido por eles. Estudem juntos a Palavra de Deus. Aprendam a pensar como igreja na Palavra de Deus. Você mesmo deve estar crescendo na graça e no conhecimento da Palavra de Deus, no conhecimento de seu próprio coração e do coração de seus irmãos e irmãs em Cristo, bem como na conscientização das oportunidades que Deus está colocando diante de sua igreja.

No entanto, Deus não permite à igreja funcionar em todo o tempo apenas como uma “comissão conjunta”. Precisamos crer que Deus nos dará pessoas dotadas para ministrar como líderes da igreja. Portanto, devemos ter o desejo de ver em nossas igrejas o equilíbrio correto de autoridade e confiança. Há uma grave deficiência espiritual quando uma igreja tem líderes indignos de confiança ou membros que são incapazes de confiar. Como membros individuais, temos de ser capazes de agradecer a Deus pelos líderes que ele coloca entre nós, de reconhecer aqueles que foram dotados para tal função e de confiar neles. Em Efésios 4, Paulo nos fala desses líderes como dons de Deus à sua igreja. Devemos cultivar uma tradição eclesiástica em que esses líderes são honrados e estimados.

No final da epístola aos Hebreus, há uma passagem que soa muito estranha aos ouvidos modernos. Supliquemos a Deus que nos ajude a entender essa passagem e aplicá-la bem aos nossos ouvintes:

Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros (Hb 13.17).

Pense nos pastores que você teve em sua igreja. Você agiu de tal modo que a liderança e a responsabilidade deles sobre você se tornou uma alegria para eles? Ou você a tornou um fardo para eles?[ii]

Esta passagem de Hebreus contém algumas palavras que não são usadas em referência ao ouvir em nossos dias — “Obedecei… sede submissos”. Estas são palavras que não ouvimos com frequência, mas fazem parte da Palavra de Deus. E exigem de nós certa dose de confiança.

Frequentemente se diz que a confiança deve ser conquistada; entendo o que isso significa. Quando se instala uma nova administração governamental, quando temos um novo gerente em nosso trabalho ou mesmo quando começamos uma amizade, queremos ver, por experiência, como as pessoas superarão as dificuldades, como elas perseverarão e se contribuirão para o bem-estar de todas as questões. Por isso, dizemos que a confiança é conquistada. “Mostre-me sua competência em liderar e lhe darei minha confiança, seguindo-o.”

Mas esta atitude é, no máximo, meia verdade. É claro que, ao reconhecermos os líderes na igreja, assim como em outras esferas da vida, queremos que os líderes sejam pessoas que pareçam capazes de manter suas responsabilidades. Paulo mesmo estabeleceu algumas qualificações para os presbíteros e os diáconos, quando escreveu a Timóteo e a Tito.

Ao mesmo tempo, o tipo de confiança que somos chamados a demonstrar aos nossos companheiros humanos e imperfeitos, nesta vida, sejam eles de nossa família ou amigos, empregados ou funcionários públicos, ou mesmo líderes eclesiásticos, nunca pode ser conquistada. Tem de ser demonstrada como um dom — um dom de fé, confiando mais no Deus que dá os líderes do que nos líderes que ele nos tem dado (Ef 4.11-13).[iii]

Este é o contexto da liderança bíblica na igreja.[iv] Consideremos agora os próprios líderes.


O artigo acima é um trecho adaptado com permissão do livro Nome Marcas de uma igreja saudável, 2ª Edição, por Mark Dever, Editora Fiel.

CLIQUE AQUI para ler outros artigo que são trechos deste livro.


[i]  Williston Walker, The Creeds and Platforms of Congregationalism (Nova York: Pilgrim, 1991), p. 217-18.

[ii] Para uma defesa completa do congregacionalismo e uma explicação de como a autoridade da congregação pode coexistir com a submissão aos presbíteros, veja Jonathan Leeman, Don’t Fire Your Church Members: The Case for Congregationalism (Nashville: B & H Academic, 2018).

[iii] Veja Jonathan Leeman, Entendendo a Autoridade da Congregação (São José dos Campos: Fiel, 2019).

[iv] Veja Mark Dever, Igreja: o Evangelho Visível (São José dos Campos: Fiel, 2018)


Autor: Mark Dever

Mark Dever é diretor do Ministério 9 Marcas, nos Estados Unidos, e pastor da Igreja Batista de Capitol Hill, em Washington D.C. Graduado na Universidade de Duke, obteve mestrado em Divindade no Gordon Conwell Theological Seminary e Ph.D. em História Eclesiástica na Universidade de Cambridge.

Ministério: Editora Fiel

Editora Fiel
A Editora Fiel tem como missão publicar livros comprometidos com a sã doutrina bíblica, visando a edificação da igreja de fala portuguesa ao redor do mundo. Atualmente, o catálogo da Fiel possui títulos de autores clássicos da literatura reformada, como João Calvino, Charles Spurgeon, Martyn Lloyd-Jones, bem como escritores contemporâneos, como John MacArthur, R.C. Sproul e John Piper.

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