sexta-feira, 22 de novembro
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Natal: Profecia e Cumprimento

A Bíblia tem um carinho pelo número sete. Por exemplo, há sete dias na criação, Josué e seus homens marcharam ao redor de Jericó sete vezes, o livro de Apocalipse apresenta sete cartas escritas por Jesus às sete igrejas, bem como, sete selos, sete taças e sete trombetas. Frequentemente se refere ao “sete” como o “número da perfeição”. Até mesmo o infame número 666 está aludindo ao fato de que ele não é 777.

Mateus emprega o número sete na primeira seção do seu evangelho (Mt 1.17- 4.17). Ao descrever o nascimento de Jesus e o período antes de Jesus começar a pregar, ele cita sete cumprimentos de profecias do Velho Testamento: a criança, Jesus, nasce de uma virgem (1.22-23); seu nascimento é na cidade de Belém (2.5-6); a fuga para o Egito e o consequente retorno (2.15); o massacre dos inocentes em Belém (2.17-18); a residência em Nazaré (2.23); o ministério do precursor, João Batista (3.1-3); e o começo do ministério de Jesus nas regiões do norte, onde as pessoas que andavam em trevas viram uma grande luz (4.13-14). A verificação cuidadosa de cada um desses sete eventos revelará o cumprimento das profecias do Antigo Testamento.

O Natal, e o que se segue a ele, está profundamente fundamentado no Antigo Testamento. Em cada movimento, Jesus estava cumprindo um papel que havia sido previsto por mais de um milênio de profecias. Nenhum aspecto do ministério de redenção do Messias aconteceu sem que tivesse sido antecipadamente considerado. No momento do nascimento de Jesus, todo o escopo e foco do Antigo Testamento foram evidenciados: “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,” (Gl 4. 4).

Nossa salvação é algo que Deus tem planejado por um longo tempo –  fora do tempo, para ser exato: nos conselhos da eternidade, em um pacto que foi feito entre as três pessoas da Trindade, a saber, o chamado “pacto de redenção”. As Escrituras falam do Cordeiro como “morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). O segundo salmo parece descrever um relato pré-temporal dos termos da aliança estabelecida entre Pai, Filho e Espírito Santo:

Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. (Sl. 2.7–9).

Desde a eternidade, o Senhor tem amado seu povo. O Natal é a demonstração visível disso; o Calvário, o custo disso; a ressurreição e ascensão, o triunfo e eficácia desse amor. Não é de admirar, então, que as criaturas que cercam o trono do Cordeiro, no céu, proclamem: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5.12) – sete bendições.

 


 

© Ligonier Ministries. Original: Christmas: Prophecy and Fulfillment. Traduzido com permissão.

© Ministério Fiel. Website: ministeriofiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Paulo Reiss Junior. Revisão: Vinicius Musselman Pimentel.


Autor: Derek W. H. Thomas

Dr. Derek W.H. Thomas é ministro sênior na “First Presbyterian Church” em Columbia, S.C. e Professor Chanceler de Teologia Sistemática e Pastoral no “Reformed Theological Seminary”. Também é professor na “Ligonier Ministries” e autor de muitos livros.

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