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Nossos fazedores de imagens conjuram fantasias dentro de nós — algo que não é mau em si, mas que certamente tem um poder viciante e mais atraente do que a vida comum.

“Deus é glorioso” significa que a santidade de Deus se tornou pública. A glória de Deus é a revelação clara do segredo de sua santidade.

À medida que segue a Cristo, a igreja tem o véu retirado, é transformada e, progressivamente, fica mais bela. E ela se torna um espetáculo para o mundo.

O fato de toda miséria ser resultado da queda — resultado da entrada do pecado desdenhoso no mundo — não significa que todo sofrimento individual seja um julgamento específico de pecados pessoais.

O grande espetáculo de Cristo crucificado é um espetáculo para os ouvidos, não um espetáculo para os olhos. Pois a fé vem não pelo ver, mas pelo ouvir.

O homem encontra sua justificação única e exclusivamente na misericórdia de Deus, em Cristo, ao ser ela oferecida no evangelho e recebida pela fé.

A Escritura nos chama a aplicar diferentemente a verdade de Deus a pessoas em condições espirituais diferentes, mas sempre com amor.

Cristãos são atingidos por tsunamis. Cristãos são mortos em ataques terroristas. Cristãos pegam o coronavírus.

Tornamo-nos atores diante dos nossos próprios celulares e os de nossos amigos. Modificamos nossa imagem e aplicamos filtros em nossa aparência. Então, tornamo-nos espectadores de nós mesmos, pois “cada selfie é a encenação de um indivíduo tal como ele espera ser visto pelos outros”.

Por que buscamos espetáculos? Porque somos humanos — configurados com um insaciável apetite para ver a glória. Nosso coração busca esplendor ao mesmo tempo em que nossos olhos vasculham por grandiosidade. Não podemos evitar.